Aparecido Raimundo de Souza
AS PESSOAS QUE PENSAM que a Mulher Melancia, nome artístico de Andressa
Soares, a Mulher Melão, disfarçada na pele da estrepitosa Renata Frissom, a
Mulher Jaca, carcaceada pela Dayane Cristina Soares, a Mulher Moranguinho,
personagem de Ellen Cardoso, a Mulher Maçã, na face oculta da estonteante Gracy
Kelly, a Mulher Pera, na vida real a Suélem Aline Mendes Silva Cury e a Mulher
Cereja, escondida nas curvas pecaminosas da Fabiana Stella Braga foram
invenções de brasileiros criativos, estão redondamente enganados. Todas estas
frutas apetitosas foram copiadas de fora.
Dito de forma mais abrangente. Nada mais são que reproduções esdruxulas
vindas de além mar e, por aqui refeitas por gringos pés-de chinelo e suas
máquinas de fotocópias fundeadas em quintais periféricos, cujos Toners, por sua
vez, não estavam adequados para realizarem trabalhos com acúmulos de esmeradas
perfeições. As boas imitações, como é do saber geral, não se traduzem como as
que ficam, porém as que os Manés e Otários levam com eles, guardadas à sete
chaves. Já que se trouxe à baila a palavra cópia, nós brasileiros, temos esta
mania tresloucada de imitar, ou plagiar as imbecilidades de outros países, em
especial dos Estados Unidos.
Não foi diferente com a Mulher Chimpanzé, vivida por Carina da Conceição
Santos, da Mulher Caveira, a impetuosa e cadavérica Ana Cristina Salomão e a
Sirlene Oliveira, a Mulher Perereca, que se ferrou com a perereca e tudo mais,
na paradisíaca Piscina de Ramos, grosso modo, Piscinão de Ramos. Sem tocarmos
na vidinha da até então ingênua Mulher Banana, a Eliézia Mota França, que, aos
dezoito anos, acabou literalmente descascada em Copacabana, por um espertalhão
vindo dos cafundós de Japeri. Disseram, as más línguas, na época, que além da
Mulher Banana ter levado uns tabefes para aprender a ser uma fruta legal,
colhida diretamente do pé, igualmente foi “papada”, ou “devorada”, juntamente
com a criatura que estava dentro da casca, estuprada impiedosamente num
apartamento na Rua Tonelero, mesma via onde tentaram assassinar o jornalista
Carlos Lacerda.
Voltando ao foco e, de lambuja, é legal que se diga, o suposto Homem
Tarado, descoberto “a depois”, como sendo um tal de Pichurim Cavalheiro da
Silva terminou preso e, logo depois, posto de volta às ruas. Verdade, ou não,
de palpável o sujeito caiu nos ralos da omissão anunciada. Falaram, na época,
que o fulano, além de mastigar a banana, ainda palitou os dentes com o cacho de
onde a coitadinha da Eliézia teve o desprazer de sair. Pois bem! Em seguida, no
mesmo desvão, tivemos a Ellem Roche, que viveu esplendorosos dias de glória
como a Mulher Mangaba, protagonizando nada mais, nada menos que uma Mangaba na
novela “Sangue Bom”, da Rede Globo. Para quem não sabe, a Mangaba é o fruto da
mangabeira.