Castro Alves
Teus olhos são negros, negros,
Como as noites sem luar... 
São ardentes, são profundos,
Como o negrume do mar; 
Da vida boiando à flor,
Douram teus olhos a fronte
Do Gondoleiro do amor.
Tua voz é cavatina 
Dos palácios de Sorrento, 
Quando a praia beija a vaga, 
Quando a vaga beija o vento. 
E como em noites de Itália 
Ama um canto o pescador, 
Bebe a harmonia em teus cantos 
O Gondoleiro do amor. 
Título e Texto: Castro Alves 
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