Segundo o diretor do jornal Brasil Sem Medo, as autoridades do país promovem o silenciamento de vozes dissidentes
Edilson Salgueiro
O jornalista e diretor do jornal Brasil Sem Medo, Bernardo Küster [foto], disse nesta segunda-feira, 23, durante entrevista ao programa Os Pingos nos Is, da rádio Jovem Pan, que o Brasil vive uma ditadura disfarçada. “As autoridades dizem defender a vida e a ciência; na prática, porém, esse discurso promove a censura de debates e o silenciamento de vozes dissidentes, impossibilitando os meios de vida de certas pessoas, como os da Bárbara Destefani”, afirmou.
Conforme noticiou Oeste,
o corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Luis Felipe Salomão,
determinou que as plataformas Facebook, Instagram, Twitch, Twitter e YouTube
suspendam o repasse de dinheiro oriundo de monetização a canais conservadores,
investigados por suposta disseminação de notícias falsas sobre as eleições no
Brasil. Segundo Bárbara, do canal Te
Atualizei, o objetivo do TSE é sufocá-la financeiramente.
Küster, alvo de censura do
Facebook, Instagram e Twitter, alega que o YouTube também passou a aderir a
práticas de silenciamento. “Hoje, o jornal Brasil Sem Medo foi
bloqueado pelo YouTube”, revelou. “Fomos proibidos de postar vídeos por uma
semana, porque disponibilizamos em nosso canal um material informando que, após
a saída das tropas norte-americanas, a capital do Afeganistão foi tomada pelo
Talibã. Disseram que isso era fake news.”
Recentemente, a CPI da Covid quebrou o sigilo bancário de Küster, alegando que o jornalista é favorecido pelo governo federal para defender o tratamento precoce contra o novo coronavírus. “Dizem que recebo dinheiro para defender a cloroquina. Além disso, sou investigado por ser crítico do isolamento horizontal, que não achatou a curva de mortes nem a de contaminação”, observou. “Mas é verdade, não achatou — basta olhar as estatísticas.”
O diretor do Brasil
Sem Medo questiona o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo
Tribunal Federal (STF), que recentemente afirmou não haver espaço, em uma
democracia, para aqueles que discordam da ciência. “Em qual parte das leis
brasileiras está escrito algo assim?”, perguntou. “No momento em que Barroso
defende o maravilhoso e ‘transcendental’ João de Deus, não há problema em
discordar da ciência, fomentar o negacionismo.”
Segundo Küster, não é
coincidência que a maioria dos países esteja adotando medidas restritivas
similares, a fim de tolher a liberdade da população. “Não dá para acreditar que
Brasil, Japão, Zâmbia, Portugal e Alemanha estejam impondo às pessoas medidas
semelhantes por mera coincidência. Não é possível imaginar a probabilidade de
isso ser verdade”, disse. “Penso que há intenções de certas pessoas em adotar
medidas similares.”
Título e Texto: Edilson
Salgueiro, revista OESTE, 23-8-2021, 22h
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