Desejamos a você, caríssimo Amigo, generoso Leitor e valioso Colaborador que o próximo ano de 2016 seja, simplesmente, melhor do que o ano passado, trazendo-lhe também a concretização de sonhos e aspirações.
quarta-feira, 30 de dezembro de 2015
Cabe a quem governa escolher o caminho
Pedro Passos Coelho
O ano de 2016 será
importante para mostrar se o resultado alcançado pelo nosso país nos últimos
anos foi uma mera consequência da imposição da vontade dos credores ou se
correspondeu também a uma vontade inequívoca dos portugueses.
Não é, obviamente, indiferente uma hipótese ou outra.
No primeiro caso, dir-se-á que as autoridades nacionais, na ausência do
controlo exigente dos credores, não farão o que é necessário para continuar as
reformas estruturais já iniciadas e que encontrarão todas as desculpas para
interromper os esforços de consolidação orçamental, minando a confiança e pondo
em causa as condições mais adequadas ao crescimento económico e à criação de
emprego. Por outro lado, com isto tenderão a ressurgir dúvidas sobre a nossa
capacidade para sustentar a dívida e saldar responsabilidades, o que penaliza a
nossa capacidade de financiamento e as condições mais elementares de
crescimento.
No segundo caso, que é o que mais desejamos, dir-se-á que a saída limpa
do programa de assistência não foi um acaso e que Portugal decidiu marcar um
tempo de reforma estrutural que não quer reverter e que, pelo contrário, fará
até por aprofundar, incutindo confiança e garantindo uma recuperação económica
e social reforçada.
É evidente que o resultado final depende sobretudo da vontade política do
Governo. E é assim, felizmente, porque hoje a margem de escolha é, apesar das
restrições reais e conhecidas, muito maior do que nos anos precedentes, em que
cumpríamos o Memorando deixado pelo resgate. É também muito visível,
infelizmente, que as primeiras impressões que se podem recolher da vontade da
nova maioria socialista e comunista que suportam o Governo são negativas e
apontam mais para a hipótese que desejávamos rejeitar.
Cabe-me sobretudo, nesta ocasião, explicitar melhor as razões que, no meu
ponto de vista, recomendam uma estratégia diferente daquela que parece estar a
ser seguida, deixando os leitores julgar a pertinência das opções em aberto.
O país tem hoje uma economia a crescer e a gerar emprego, apesar do
elevado nível de endividamento público e privado acumulado durante muitos anos.
O mais importante é que tem conseguido suportar este crescimento com excedente
das suas contas externas, financiando o crescimento sem recurso ao
endividamento externo. Tem também algum espaço orçamental para remover
progressivamente medidas ditas de austeridade, que restringem o rendimento
disponível das famílias. O grande desafio aqui é conseguir um ritmo de
recuperação desse rendimento, tanto na vertente orçamental como fiscal, que
seja compatível com o caminho de redução do seu défice público e sem deteriorar
o equilíbrio externo. Ou seja, saber como aumentar o ritmo do crescimento da
economia e do emprego, bem como a recuperação do rendimento sem suscitar
dúvidas sobre a sustentabilidade da dívida pública, e sem gerar novos
desequilíbrios, tanto no plano das contas externas como no plano orçamental.
Thomaz Raposo alerta para não se adormecer em sonhos
Thomaz Raposo
Ano novo chegando e um
novo alerta sou obrigado por bom senso a fazer: não devemos nos entusiasmar
com o que recebemos, pois, de certa forma, tivemos durante os últimos anos
a oportunidade infeliz de viver com valores bem abaixo do nível de vida
que tínhamos antes.
Os valores recebidos nos
permitem eliminar algumas dívidas, mas jamais recuperar aquilo que perdemos
durante todos estes anos, e assim espero que embora com sofrimento, tenhamos
aprendido a viver de forma diferente.
Já não posso falar o mesmo
para os do plano I que recebiam valores irrisórios e tiveram um comprometimento
da forma de vida muito maior. A maioria inclusive sem planos de saúde, vivendo
uma vida de enormes sacrifícios, perdas e certamente outras formas de sustento
ou auxílio da família.
Ontem, dia 29 de dezembro, foram
feitos comunicados de planejamento de rateios de crédito para 2016 baseados (atenção
para o mês em que foi baseado o levantamento, OUTUBRO/2015) e por
isto, de forma correta, os planos I da TRANSBRASIL não teriam recursos a
distribuir em 2016 e os planos I da VARIG recursos somente para janeiro e
fevereiro de 2016.
Lembrem-se que os rateios de
crédito descontados de cada tutela voltaram às contas do AERUS referentes aos
meses de abril a dezembro de 2015, mas tal fato ocorreu somente em final de
dezembro de 2015 e por isto não constam do trabalho feito pelo AERUS,
que acredito deverá emitir uma comunicação a respeito.
Aproveito para lembrar que em
cada comunicado existe uma mensagem sobre a tutela, isto por não estar
ainda estabelecido um procedimento para tratar deste assunto entre Previdência
Social, Judiciário e finalmente AERUS, mas constar como aprovado no
orçamento da UNIÃO.
Observem também que a tutela
somente existe até uma decisão final sobre a ação civil pública, e que poderá
ser a nosso favor como tudo indica, mas também poderá ser contra e assim não devemos
sonhar (aliás como nossa vida já provou, não temos este direito), temos
assim que continuar lutando pelos nossos direitos e não adormecer em sonhos até
o final de 2016.
QUE VENHA UM
PRÓSPERO E FELIZ ANO NOVO!
Título e Texto: Thomaz
Raposo, APRUS, 30-12-2015
Relacionados:
Déficit fiscal e ministério do Planejamento; receitas ilimitadas e outros artifícios; emissões antes, pedaladas depois
Cesar Maia
1. Os EUA não têm ministério (secretaria) de Planejamento. Reino Unido
também não tem. Alemanha também não. E por aí vai. Nesses países há unidade de
gestão financeira de receitas e despesas. Os ministérios do Planejamento surgem
como um instrumento de centralização das decisões nos governos de influência
soviética. Planos de longo prazo - quinquenais, decenais, etc. - serviram como
justificativa.
2. Durante o ciclo de regimes autoritários latino-americanos, a
partir dos anos 60, os países adotaram este modelo e criaram seus ministérios
do Planejamento. Na medida em que eram instrumentos de centralização, passaram
a ter o poder de decidir sobre os investimentos. Progressivamente passaram a
decidir sobre os gastos e a execução orçamentária, autorizando desde os
empenhos das despesas, incorporando os "controles" formais.
3. O processo inflacionário e hiperinflacionário na América Latina
e, claro, no Brasil, construiu um sistema que qualquer despesa era possível,
pois às receitas orgânicas, como as tributárias, se acresciam, sem limite, a
emissão de moeda e a rolagem da dívida interna. É um sistema que sempre fecha,
pois para qualquer nível de despesa se tem qualquer nível de receitas de todos
os tipos.
4. Os Estados brasileiros tinham um "banco central"
próprio que eram as dívidas em títulos, roladas automaticamente e autorizadas
por suas secretarias de planejamento e acrescidas -se necessário- por aprovação
federal. Este mecanismo terminou quando do refinanciamento das dívidas em
títulos através de dívidas por contrato com o governo federal nos anos 1998-1999.
5. Mesmo com a superação do processo hiperinflacionário,
permaneceram o ministério e as secretarias de planejamento, mantendo assim a
duplicidade com receitas orgânicas de um lado geridas através do ministério e
secretarias de fazenda e do outro com despesas de todo tipo e receitas
monetárias, regidas pelo ministério de planejamento.
Cunha enquadra Janot e fala politicamente pela segunda vez ao dia. Finalmente, finalmente…
Luciano Henrique
Ainda hoje publiquei
um exemplo de fala política de Eduardo Cunha [foto]. E, no mesmo dia, sabemos de outro
momento de comunicação adulta, na qual ele enquadrou o PGR (também conhecido como Passador
Geral de Régua) de Dilma, Rodrigo Janot.
Sobre o pedido de afastamento
de Janot contra ele, Cunha disse: “É uma peça teatral, tanto que ela é feita em
atos.
Segundo o UOL, Cunha disse que
no fim de semana leu a peça de 190 páginas e escreveu pessoalmente dez páginas
para integrar sua defesa. “Eu tenho conhecimento integral das 190 páginas da
peça para dizer que é uma peça teatral. Ali não tem fatos, só atos teatrais”.
O truque governista de dizer
que Cunha tinha culpa no cartório por estar de posse do boletim de ocorrência
relacionado ao deputado Fausto Pinato, ex-relator do processo instaurado no
Conselho de Ética, foi refutado, pois os documentos são públicos: “Sim, tinha
várias cópias, várias pessoas me entregaram na véspera”, afirmou.
Ele concluiu: “É processo de
natureza política que tem que ser enfrentado”, afirmou. Quando foi questionado
se perdia o sono, rebateu: “nada me tira o sono, mas a mentira me tira a
tranquilidade”.
Hoje temos 22 deputados
federais e 12 senadores investigados pela Lava Jato. Vários são do PT. Mas
somente o processo contra Cunha caminha rápido. É evidentemente um caso de uso
do aparelho estatal para uso tirânico por parte do PT.
Censura pró-islamismo pune Miss Porto Rico 2015
Luciano Henrique
É isto aí. No Ocidente, você pode criticar um cristão ou
um secular, mas jamais um islâmico. Truque do politicamente correto
útil para estimular opressão e barbarismo – especialmente por blindar um
único grupo de críticas, enquanto os outros podem ser criticados -, vemos mais
uma baixeza da esquerda ao punir a Miss Porto Rico 2015.
A Miss Porto Rico 2015, Destiny
Velez, ficará suspensa indefinitivamente de participar de concursos de beleza
em seu país por ter criticado muçulmanos nas redes sociais.
Segundo a TV CNN, a jovem de 20 anos escreveu em seu Twitter que os
“mulçumanos usam a nossa constituição para aterrorizar os EUA”, ela apagou o
tuite, mas o canal de TV conseguiu ter
acesso às mensagens.
Além dessa, Destiny escreveu que
“não há nenhuma comparação entre judeus, cristãos e muçulmanos. Nem judeus nem
cristãos têm agendas de terror em seus livros sagrados”.
As frases serviram de resposta ao
cineasta Michael Moore que na semana passada lançou uma campanha encorajando os
muçulmanos a se declararem fiéis de Maomé nas redes sociais usando a frase “somos
todos muçulmanos”.
Por conta de suas frases, Destiny
Velez, foi suspensa pela organização do Miss Porto Rico que emitiu um
comunicado declarando que não aprovam as palavras da jovem.
“As ações da senhorita Velez são
contrárias às da organização, e como consequência de seus atos, ela foi
suspensa indefinidamente. Não toleraremos nenhuma capo ou comportamento
contrário.”
No mesmo comunicado a instituição
pediu desculpas aos muçulmanos que se sentiram ofendidos com o que a Miss Porto
Rico 2015 falou. “Eu peço perdão às pessoas que ofendi com minhas palavras.
Para piorar, ela arregou. Não
deveria. Deveria lutar para se tornar uma mártir do direito de falar.
Mas, enfim, está aí mais um
estímulo ao terrorismo em pleno Ocidente. De novo, vindo da esquerda. Não se
esqueçam de cobrar a fatura após o próximo atentado terrorista, pois respeitar
ocidentais depois de canalhice e duplo padrão deste tipo é que eles não vão
mais.
Em tempo: o objetivo aqui não
é defender qualquer crítica que ela tenha feito, mas definir claramente que o
mesmo direito que alguém tem de criticar o cristianismo e o ateísmo também tem
de criticar o islamismo, e qualquer negação a isso é favorecimento de um grupo
em detrimento do outro. Este é o problema em questão.
Título, Imagem e Texto: Luciano Henrique, Ceticismo Político, 29-12-2015
Relacionados:
Onda azul em 2015 no mundo político latino
Cesar Maia
1. As principais eleições gerais no mundo latino ocorreram na
Argentina, na Venezuela, em Portugal e na Espanha. Em todas elas a vitória
coube às forças de centro/centro-direita ou de outra forma às forças políticas
liberais e conservadoras.
2. A vitória mais contundente ocorreu na Venezuela para o
parlamento/câmara de deputados. A constituição bolivariana imposta por Hugo
Chávez deu ao parlamento um enorme poder. Chávez não contava que a oposição
pudesse, em algum momento, ter maioria na Assembleia e menos ainda que contasse
com maioria de 2/3, como ocorreu na eleição de dezembro.
3. As leis, emendas constitucionais e nomeações aprovadas pela
Assembleia dariam legitimidade ao arremedo de democracia implantado por Chávez.
E assim, foi levando com o apoio das forças populistas e de esquerda da América
Latina, reprimindo, prendendo opositores e cassando mandatos de opositores pela
Assembleia. A vitória acachapante da oposição mudou essas regras do jogo. Sem a
legitimação pelo legislativo o governo chavista autoritário mostrará as suas
entranhas.
4. Na Argentina, mesmo com o uso e abuso dos instrumentos do
governo, dos gastos de publicidade, tentando controlar a mídia nacional
relevante, manipulando estatísticas e contando com uma surpreendente
recuperação da popularidade da presidente Cristina Kirchner, a oposição coligada,
liderada por Macri, prefeito de Buenos Aires de centro-direita/liberal, obteve
no segundo turno uma vitória mais apertada que as pesquisas indicavam.
5. Mesmo sem maioria no Senado e tendo que negociar maioria na
câmara de deputados, os instrumentos de governo dados por um presidencialismo
vertical darão a Macri as condições administrativas para governar. O problema
estará no confronto político que peronistas de diversas linhagens oferecerão
através de sindicatos, associações de distintos tipos e perfis e resistência no
Senado a qualquer mudança que exija lei qualificada.
Sugestão a Israel: rompa com o Brasil
O Antagonista
O Estadão apoia, em editorial,
a decisão de Dilma Rousseff de engavetar a aceitação das credenciais do novo
embaixador de Israel, Dani Dayan. O Estadão diz que os responsáveis pela
diplomacia israelense foram grosseiros com o Brasil e não se ativeram ao protocolo
de submeter com antecedência ao governo brasileiro o nome de Dani Dayan, que
presidia a entidade de colonos israelenses na Cisjordânia.
O Antagonista sugere a Israel
que rompa relações com o Brasil. Somos mesmo um "anão diplomático" e
um "parceiro diplomático irrelevante".
Assim todo mundo fica contente
e não se fala mais nisso.
Truques
Airline releases list of 10 "bizarre" things fliers have done to avoid bag fees https://t.co/aKj3rh98Gx pic.twitter.com/XER6pcEEuP
— USA TODAY Travel (@usatodaytravel) 30 dezembro 2015
The fall
This week's cover preview
Brazil's fall
January 2nd - 8th 2016
Read free via: https://t.co/Y13jfQL7Dl pic.twitter.com/ru6lCtNLOG
— The Economist (@TheEconomist) 30 dezembro 2015
A porta sem fechadura
Nelson Teixeira
Um homem havia pintado um
lindo quadro. No dia de apresentá-lo ao público, convidou todo mundo para
vê-lo. Compareceram as autoridades locais, fotógrafos, jornalistas e muita
gente, pois o pintor era muito famoso e um grande artista.
Chegando o momento, o pano que
encobria o quadro foi retirado.
Houve calorosos aplausos. Era
uma impressionante figura de JESUS batendo suavemente à porta de uma casa.
O Cristo parecia vivo. Com o
ouvido junto à porta, Ele parecia querer ouvir se lá dentro alguém respondia.
Houve palmas e elogios. Todos
admiravam aquela obra de arte.
Um observador curioso, porém,
achou uma falha no quadro: A porta não tinha fechadura.
E foi conversar com o artista:
-Sua porta não tem fechadura!
Como se fará para abri-la?
E o pintor, com bastante
naturalidade, respondeu:
- É assim mesmo, esta é a
porta do coração humano. Só se abre do lado de dentro.
PARA PENSAR!
Título e Texto: Nelson Teixeira, Gotas de Paz,
30-12-2015
terça-feira, 29 de dezembro de 2015
“Ideologia de Gênero”, negação da verdade conhecida como tal
Leo Daniele
Um caso chocante e
sangrento que beira à demência aconteceu na famosa galeria Art Basel,
em Miami Beach. Os visitantes, ao terem contato com uma mulher esfaqueada — que
não teve sua identidade revelada — achavam que se tratava de sangue falso e,
por isso, ignoraram inteiramente os pedidos de socorro. Estes só chegaram
quando funcionários da galeria se depararam com a cena sangrenta. Cientes de
que não se tratava de uma representação sobre o ataque que sofreu enquanto
observava obras de Naomi Fisher e Agatha Wara (Cfr. Yahoo Brasil, 7-12-15).
Que tem esse caso a ver com a
“Ideologia de Gênero”? Tudo e nada ao mesmo tempo. É seu caráter
disparatado, e dita teoria é o disparate dos disparates pretendendo negar o
óbvio, ou seja, a existência e a complementaridade do gênero masculino e do
feminino, e a beleza da diferença entre os sexos.“Não é à toa que se
repete como um mantra que o homem e a mulher não existem” (Luiz Felipe
Pondé, “Folha de S. Paulo”, 30-11-15, ‘Meninx’ é histeria de gênero).
O assunto tem óbvios e
gravíssimos aspectos morais, mas tem também um lado de agressão ao bom senso.
Como negar que um menino seja menino? Que uma menina seja tal? Ou que não deva
ser assim? É a negação da sabedoria e da razoabilidade. Tem algo de
teratológico, de psiquiátrico, e seria o mesmo que negar a aproximação dos
carros ao atravessar uma rua. Trata-se de, como dizia Nelson Rodrigues, do
óbvio ululante. Mas, por razões outras que não cumpre aqui enumerar, esse
assunto é tido como sério, e objeto de livros, leis e tratados. Triste sintoma
da insanidade de nossa época.
A teoria do gênero desafia o
que veem nossos olhos, a própria evidencia que o bom senso dita. E nega uma
realidade celebrada na Sagrada Escritura. Com efeito, no capítulo 7 de
Jeremias, encontramos:“Eu farei cessar nas cidades de Judá e nas vias de
Jerusalém os gritos de alegria e a voz do regozijo, a voz do esposo e da
esposa, porque o país será reduzido a um deserto“. É o que desejam os
adeptos de tal teoria?
Os resultados dessa insânia
não se fazem esperar. É o que lemos no jornal parisiense “Le Figaro”:
Nos anos 60, um médico
neozelandês experimentou em dois gêmeos a “teoria de gênero”, convencendo os
pais a transformarem um deles em menina. Uma experiência de consequências
dramáticas.
Ainda que a polêmica sobre a
teoria de gênero não cesse de crescer, a experiência trágica conduzida na
metade dos anos 60 pelo seu criador, o sexólogo e psicólogo neozelandês John
Money, volta à superfície, como relatou na quarta-feira o “Le Point”. Uma
experiência frequentemente ocultada por seus discípulos atuais nos estudos “de
gênero”, pois, se o fosse (tendo sido conduzida em dois gêmeos canadenses
nascidos meninos, sendo que um deles foi educado como menina) não seria bem
vista.
segunda-feira, 28 de dezembro de 2015
2016 vai ser bem pior do que 2015, o ano do golpe
Bem
podem os golpistas de esquerda andarem a distribuir dinheiro que não há pelos
portugueses mais pobres. O filme é velho e o fim é sempre o mesmo: a
bancarrota.
António Ribeiro Ferreira
O ano de 2015 está a acabar e
verdadeiramente não deixa saudades. Passaram-se meses em campanha eleitoral,
com o PS de Costa obrigado a ganhar as eleições e mesmo alcançar a maioria
absoluta. Acabou por perder estrondosamente as legislativas de 4 de Outubro e
só à custa da maior fraude da democracia portuguesa conseguiu assaltar o poder,
com o apoio dos golpistas Jerónimo e Catarina.
O governo chefiado pelo mais
do que relativo presidente do Conselho entrou a fazer a única coisa que a
esquerda sabe fazer bem: aumentar desvairadamente a despesa do Estado com o
dinheiro esmifrado aos portugueses que pagam impostos. Em nome de um Estado
social com despesas brutais que nem uma brutal carga fiscal consegue pagar, a
esquerda do costume com as ideologias do costume atira-se como gato a bofe à
iniciativa privada, assalta empresas, como o golpista Costa pretende fazer à
TAP, impõe salários mínimos que milhares e milhares de micro e pequenas
empresas não podem pagar, atira trabalhadores para o desemprego e o país para a
miséria e a bancarrota.
A esquerda que assaltou o
poder e entra em 2016 no governo não entendeu em quarenta anos de democracia e
não entende agora que o Estado não cria riqueza nem empregos.
A esquerda que assaltou o
poder e entra em 2016 no governo não entendeu em quarenta anos de democracia e
não entende agora que Portugal não tem uma economia capaz de criar a riqueza
necessária e suficiente para pagar um Estado monstruoso e um Estado social
universal para ricos e pobres.
Socorro, Desembargadora Salete Maccalóz!
Almir Papalardo
Aonde andas, magnânima jurista
Salete Maccalóz? Os aposentados e pensionistas agora totalmente desprotegidos porque oitenta e um senadores e quinhentos e treze deputados mostram-se incompetentes para acabar
com a deslealdade e sacanagem imposta aos segurados do INSS, clamam pelo seu
retorno urgente nas decisões jurídicas, envolvendo o sistema previdenciário.
Os aposentados saudosos da sua
oportuna intervenção no passado, estão desesperados, sucumbindo ante uma
política social satânica contra os aposentados do RGPS, aqueles que recebem um
pouco acima do SM, os quais são perseguidos, injustiçados e jogados cruelmente
na lixeira! Nossas aposentadorias já foram degradadas em mais de 80%!
A senhora nos salvou uma vez
no episódio dos 147%, quando o governo federal pretendia nos dar somente 54% de
reajuste, enquanto corrigia o SM em 147%. Com seu aguçado sentido de justiça
peitou o governo, não permitindo que tal insensatez vingasse, evitando que hoje
já estivéssemos recebendo somente UM SM, intenção sórdida dos governos federais
de nivelarem todas as aposentadorias do setor privado, ao piso mínimo!
Nunca mais apareceu uma outra
Autoridade da sua estirpe, capaz de libertar o aposentado da sanha de governos
insensíveis, acomodados e sem criatividade, motivo pelo qual rogamos aos céus
que surjam novas oportunidades para termos o nosso destino novamente entregue
as suas sábias e justíssimas decisões.
Mulher de bombista do Bataclan: “Estou tão orgulhosa do meu marido, ó se estou!”
E-mails enviados pela mulher de um dos bombistas do Bataclan foram
divulgados. Além do orgulho no marido, a jovem de 18 anos está feliz por viver
numa casa "mobilada com cozinha equipada" no Iraque.
Morreram 130 pessoas nos atentados de Paris, a 13 de novembro. A maioria,
um total de 89, estava num concerto no Bataclan. Foto: Lionel
Bonaventure/AFP/Getty Images
|
João de Almeida Dias
O diário Le Parisien divulgou na sua edição de segunda-feira uma série
de e-mails escritos pela mulher de Samy Amimour, um dos três bombistas-suicidas
que atacaram a sala de espetáculos parisiense Bataclan a 13 de novembro.
Kahina, uma francesa de 18 anos, está agora a viver numa
zona do Iraque controlada pelo auto-proclamado Estado Islâmico.
“Estou orgulhosa do meu
marido e gabo-lhe tanto o seu mérito, ó se gabo!”, lê-se num dos e-mails enviados a uma pessoa conhecida, que
presumivelmente ainda vive em França. Noutra mensagem, Kahina volta a tocar no
tema dos atentados de 13 de novembro: “Eu encorajei o meu marido a aterrorizar
o povo francês, que tem tanto sangue nas mãos”. E deixou uma ameaça
geral: “Enquanto vocês continuarem a ofender o Islão e os muçulmanos,
serão vítimas potenciais, não só os polícias e os judeus mas o mundo inteiro”.
Estado do Rio: crise na saúde, crise financeira, o presente e o futuro
Cesar Maia
1. Meses atrás, o governador do Estado do Rio reuniu os
ex-secretários de fazenda estaduais para avaliarem em conjunto a grave situação
financeira do Estado. O diagnóstico era basicamente a perda dos royalties do
petróleo e a queda da arrecadação. Todas as sugestões apresentadas, a partir do
próprio secretário estadual atual, apontaram no sentido de buscar receitas
extraordinárias, como acesso aos depósitos judiciais, negociação com devedores
em dívida ativa ou não, anistias, socorro federal...
2. No final da reunião, foi lembrado por um ex-secretário estadual
de fazenda que o fundamental seria equilibrar receitas e despesas orgânicas,
pois as sugestões apresentadas gerariam receitas por uma vez e o desequilíbrio
permaneceria após esses aportes serem gastos. Lembre-se que no ano de 2014 esse
desequilíbrio já estava flagrante, com forte déficit primário. Foi coberto
vendendo 5 bilhões de reais de patrimônio e com operações de crédito de 9
bilhões de reais.
3. A política de “receitas por uma vez” se repete agora com aporte
extraordinário para a Saúde do Estado (parcialmente na forma de dívida como o
da prefeitura do Rio e da União) de cerca de 255 milhões de reais. O governador
fala que precisa de 1 bilhão de Reais. Levantando os débitos descobertos na
Saúde, este bilhão aportaria cerca da metade daqui para frente. O Governo
Federal aporta via SUS cerca de 1 bilhão de Reais por ano. Parte são
procedimentos. Com a paralização da rede estadual, estas receitas por
procedimentos desmonta. A transferência para leitos federais e municipais
aumenta as receitas do SUS, por procedimentos, para estes.
4. O Estado tem obrigação constitucional de transferir para a Saúde
12% das receitas orgânicas. Até outubro, as despesas liquidadas do Estado com
Saúde Pública (DO, 24/11) somaram 3,8 bilhões de reais. Os 12% das receitas
orgânicas atingiram 3,5 bilhões de reais, informando um desequilíbrio dentro da
própria Saúde e exigindo transferências orçamentárias internas ou redução de
despesas.
Não, não foi o sistema, o ministro ou o Darth Vader, foram pessoas
Vitor Cunha
O SNS pode ter
falta de médicos. O SNS pode ter carências de organização, pode originar
horários esquisitos ou pode nem permitir uma formação adequada
a internos em lufa-lufa de preenchimento de equipas de urgência. O SNS pode ter
médicos a mais. O SNS pode ter médicos a menos.
Nada disso está em discussão e trazer questões salariais para um problema organizacional é, nesta altura, um atentado à família que perdeu um ente querido, para não falar do próprio, que pagou com a vida as discussões oportunistas subsequentes.
O rapaz de 29 anos morreu na urgência do São José porque foi transferido para um hospital que não providenciou a assistência que necessitava. Daí decorrem duas possibilidades:
O SNS pode estar subdimensionado, pode
estar sobredimensionado, pode ter
péssimos profissionais, pode ter
excelentes profissionais, pode resolver
problemas de forma extremamente eficaz como também pode criar problemas onde eles não existem.
Nada disso está em discussão e trazer questões salariais para um problema organizacional é, nesta altura, um atentado à família que perdeu um ente querido, para não falar do próprio, que pagou com a vida as discussões oportunistas subsequentes.
O rapaz de 29 anos morreu na urgência do São José porque foi transferido para um hospital que não providenciou a assistência que necessitava. Daí decorrem duas possibilidades:
O chefe da equipa de urgência
aceitou a transferência após consultar com o director de serviço de
neurocirurgia (ou seu substituto), que assentiu a transferência, tornando o
neurocirurgião no agente responsável pela não assistência ao doente;
O chefe da equipa de urgência
aceitou a transferência sem consultar com o director de serviço de
neurocirurgia (ou seu substituto), tornando-o no responsável pela não
assistência ao doente.
Espanha: “via italiana” e fragmentação mental
Gonzalo Guimaraens
1. Os resultados
das recentes eleições parlamentares espanholas deixaram em evidência — talvez
pela primeira vez desde a democratização da Espanha — uma fragmentação política
na qual nem o atual governo PP (Partido Popular), de centro-direita, nem o PSOE
(Partido Socialista Operário Espanhol) conseguiram entrar e sair do pleito
eleitoral com força suficiente para obter maioria absoluta e, assim, formar
governo por si mesmos, como vinham fazendo alternadamente até o momento.
2. O jornal “El
País”, de Madrid, diante desse novo panorama, publicou um inteligente artigo
sobre a “via italiana” eventualmente contaminando a política espanhola, em
alusão ao instável e caótico sistema partidário peninsular, que incluiu
fórmulas enganosas como o “compromesso histórico”, mediante o qual
os democrata-cristãos baixaram a guarda e abriram seus braços aos comunistas. (Bem-vindos
à Itália, “El País”, Madrid, 21 de dezembro de 2015).
3. Para complicar
a presente situação espanhola, dois novos partidos — Podemos e Ciudadanos —
que são tidos como representantes de uma espécie de “antipolítica”, talvez
tenham se transformados no “fiel da balança”: os frágeis controles de governo
que o PP e do PSOE conseguem formar ficaram dependendo de alianças (e concessões),
compactuando com Podemos, partido de esquerda libertária que
alcançou o terceiro lugar, e com o partido centrista Ciudadanos,
que obteve o quarto lugar.
4. Resumidamente,
são os seguintes os resultados das eleições parlamentares, nas quais se disputaram
350 cadeiras:
PP: 28,72% dos
votos e 122 deputados (perdeu 61 representantes); PSOE:
22,1% dos votos e 91 deputados (perdeu 20); Podemos: 20,66%
dos votos e 61 deputados; Ciudadanos: 13,9% dos votos e 40
deputados.
Charada (155)
Escolha três
das seguintes palavras:
falhados, fortes, nobres, perdão,
fFracos, pena, vencedores,
e complete esta citação
de
Ghandi:
Ghandi:
“Os___ nunca podem perdoar.
O___ é um atributo dos _____.”
domingo, 27 de dezembro de 2015
FC Porto assina maior contrato da história do desporto português
Dragões cederam à PT o direito
de transmissão dos jogos em casa do campeonato nacional a partir de 2018
O FC Porto cedeu à PT o
direito de transmissão dos jogos em casa do campeonato nacional durante dez
épocas, a partir da época 2018, por 457,5 milhões de euros, no que é o maior
contrato da história do desporto em Portugal.
Paralelamente, o contrato prevê a cedência da publicidade nas camisolas já a partir de Janeiro, ao mesmo tempo que garante à PT durante 12 épocas e meia, com início a 1 de Janeiro próximo, do direito de transmissão do Porto Canal.
Até ao Verão de 2018 mantém-se em vigor o contrato de cedência dos direitos de transmissão dos jogos em casa do campeonato, anteriormente assinado.
Pode consultar o comunicado na íntegra aqui.
Paralelamente, o contrato prevê a cedência da publicidade nas camisolas já a partir de Janeiro, ao mesmo tempo que garante à PT durante 12 épocas e meia, com início a 1 de Janeiro próximo, do direito de transmissão do Porto Canal.
Até ao Verão de 2018 mantém-se em vigor o contrato de cedência dos direitos de transmissão dos jogos em casa do campeonato, anteriormente assinado.
Pode consultar o comunicado na íntegra aqui.
Os saudáveis populistas
Helena Matos
Por que não havia equipa de
neurocirurgia em São José? Por que são interrompidos tratamentos rigorosos nos
feriados? Porque o SNS se organizou em função não dos doentes mas sim das
corporações do sector
Marcelo Rebelo de Sousa: “Pode-se
poupar em muita coisa, mas poupar na saúde dos portugueses não é um bom
princípio para quem quer afirmar a justiça social e construir um Estado
democrático mais justo”, declarou aos jornalistas, no início de uma visita ao
Hospital de São José, em Lisboa.
Maria de Belém: “Tesouraria”
não pode estar à frente “da defesa do valor da vida”.
Marisa Matias, considera
que a morte de um homem no São José é uma consequência da austeridade imposta
pelo anterior Governo.“Foi uma política que matou gente. Foi denunciado em
devido tempo que esta política de austeridade e este ciclo de empobrecimento
que estava a ser posta em prática pelo Governo de direita levaria mesmo a
muitas vidas que se perderam”.
Perante este tipo de
considerandos, sobretudo os provenientes de Marcelo Rebelo de Sousa e de Maria
de Belém, apetece perguntar: pensam estes candidatos à Presidência da República
recorrer ao SNS quando tiverem problemas de saúde? Caso respondam afirmativamente,
estimam viver quantos anos mais? É que para falar deste modo, como se não
houvesse amanhã, tem de se estar dotado da forte convicção (eu diria antes fé)
de que se vai gozar de uma saúde de ferro até àquele derradeiro momento em que
a bondade de uma morte súbita porá fim a vida tão saudável. (De caminho também
é indispensável estar disposto a descer moralmente muito para subir um pouco
mais nas sondagens, mas esse é outro assunto.) Afinal a quem não sabe que morte
o espera e de que doenças vai sofrer restas apenas uma pragmática certeza:
todos podemos acabar num hospital. Que este se organize em função dos doentes
ou das questões contratuais do seu pessoal não é a mesma coisa.
Mas vamos ao que suscitou esta
sucessão de declarações dos candidatos à Presidência da República: a morte a 14
de Dezembro de um homem de 29 anos, no Hospital de São José, depois de ter sido
internado no dia 11. No momento do internamento foi-lhe diagnosticada uma
hemorragia cerebral provocada por um aneurisma o que obrigava a uma intervenção
cirúrgica rápida. A intervenção nunca aconteceu porque dia 11 era sexta-feira e
no Hospital de São José ao fim-de-semana (a sexta-feira à tarde já entra no
conceito de fim-de-semana?), não se encontravam equipas de neurocirurgia. E
porque não se encontravam equipas de neurocirurgia em São José? Pela mesma
razão porque os tratamentos mais rigorosos são interrompidos com a maior das
naturalidades ao fim-de-semana e feriados: porque no país em que oficialmente a
saúde não tem preço nem se discute quanto nos custa e como funciona o que não
tem preço, florescem os mais fantásticos negócios e crescem destravados
privilégios à conta desses dogmas.
O figurão do ano
Se
nunca experimentei irreprimível orgulho em ser português, hoje o sentimento é a
pura vergonha. Ao contrário do que cheguei a pensar, o dr. Costa não é apenas
péssimo para o País: será provavelmente o seu coveiro
Alberto Gonçalves
Venho aqui, de corda simbólica
ao pescoço, confessar o meu erro. Durante semanas, acreditei que António Costa
era uma nulidade disléxica e perigosa, que em prol da sobrevivência política
imediata estaria disposta a dar ligeiras abébias a ambos os partidos comunistas
e, no essencial, a aplicar as habituais e infalíveis receitas do PS a caminho
da bancarrota. Alguns, os que confiam ou fingem confiar na ponderação, no
“europeísmo” e na habilidade ecuménica da criatura, alertaram-me para o
excessivo pessimismo. Mas o meu defeito foi ser demasiado otimista.
Bem sei que, conforme garantem
tantas almas dóceis, não estamos em 1975. O problema é que PCP e BE gostariam
que estivéssemos, e o problema maior é que é o próprio dr. Costa a liderar,
cantando e rindo, a viagem de regresso. Em vez de chamar os extremistas à razão,
destapou a careca da irracionalidade do PS, apesar de tudo uma inovação.
Nem vale a pena referir a
eventual suspensão das concessões dos transportes terrestres, que já preocupam
diplomatas de Espanha, França, Reino Unido e México. As aéreas declarações
sobre a TAP, que prometeu resgatar à força da posse dos acionistas privados,
são evidentemente o momento mais alucinado em 40 anos de sucessivos governos,
eleitos ou impostos como o atual. Nunca, desde o distante 25 de novembro e o
degredo do Companheiro Vasco, um primeiro-ministro exibira, sequer remotamente,
tamanho empenho em remover-nos do “quadro” europeu e democrático a que, por
conveniência geográfica, tolerância alemã e uns pozinhos de mérito intrínseco,
temos pertencido.
Ainda que, na melhor das
hipóteses, a ameaça não passe disso, desenhou-se a linha: de agora em diante,
somos oficialmente, e descontada a redundância, um exotismo terceiro-mundista
onde nenhum estrangeiro sem distúrbios investirá 10 cêntimos sem antes se
despedir deles para sempre. Esqueça-se a felizarda Grécia e repita-se, ao jeito
da “Espanha” de Sócrates: “Venezuela, Venezuela, Venezuela”, que pelo menos
dispõe da atenunate da vizinhança igualmente folclórica. Se nunca experimentei
irreprimível orgulho em ser português, hoje o sentimento é a pura vergonha. Ao
contrário do que cheguei a pensar, o dr. Costa não é apenas péssimo para o
País: será provavelmente o seu coveiro.
2015 = Um ano só de lágrimas
Almir Papalardo
Adeus Ano Velho... Adeus
2015... Vá embora, na certeza de que no decorrer de todo o período fez um
estrago incomensurável aos indefesos velhinhos, desamparados aposentados, já na
reta final da existência, quando, por pura crueldade e sadismo, lhes foram
tirados mais um grande pedaço da sua já quase extinta dignidade.
Foi um ano que certamente não
deixará saudades para aposentados e pensionistas do RGPS. Sem dúvida, foi um
dos piores, talvez o mais perverso entre todos, em duas décadas de menosprezo,
quando, mais intensamente, tripudiaram sobre estes segurados, trucidando aqueles
que ganham mais de um salário mínimo.
Além dos já habituais cortes
anuais no nosso poder aquisitivo, aplicaram-nos uma cruel tortura mental,
psicológica, uma perversa lavagem cerebral, discriminação considerada em
qualquer país que tenha um pouquinho de justiça social voltada para o povo,
principalmente para as pessoas idosas, como um crime passível de punição.
Brincaram com o nosso projeto 01/07 (mesmo percentual do SM) durante todo o
decorrer de 2015, como se fossem peças de xadrez, que pode-se mudar a todo
momento, inesperadamente e a qualquer hora, de posição!
Preconceito é crime em
qualquer lugar do mundo como também o é aqui no Brasil! E o aposentado
brasileiro é muito discriminado, talvez o segmento mais descartado, injustiçado
e punido da sociedade. Preconceito, maus tratos e discriminação escancarada,
não se preocupa mais o governo e aliados, por questão de decência ou
moralidade, pelo menos, de disfarçar e esconder tal massacre! Não precisaria
ser assim se no Brasil realmente existissem governantes equilibrados, capazes,
sensatos, coerentes, humanos e justos!
Um governo confuso e perverso
da presidente Dilma que em cinco anos de gestão teve a frieza e coragem de
tirar dos aposentados mais 15,07%, que somado ao surrupio dos outros dois
presidentes anteriores, alcança o absurdo percentual superior a 80% de
defasagem nos nossos proventos! É como tirar doce da mão de uma criança...
Causa-nos revolta e repúdio ao ver que vaquinhas de presépio do governo,
desvergonhosamente, pegar num microfone para falar somente contra os sagrados
direitos dos aposentados! Passam panos quentes na má gestão governista.
A esquerda, os médicos e os jornalistas que temos
João Távora
É infame o julgamento popular
de Paulo Macedo promovido pelos "donos disto tudo" que se assiste há
dias em directo pelas TVs: condenado como primeiro e último responsável pelas
mortes nos bancos de urgência dos hospitais não tem direito a defesa ou contraditório
nesta nossa pseudo-democracia.
Os médicos esses, claro,
continuarão por muitos anos uma casta de inimputáveis. Deus nos livre de nos
vermos nas mãos desta gente.
Título e Texto: João Távora, Corta-fitas, 26-12-2015
Título e Texto: João Távora, Corta-fitas, 26-12-2015
Sempre escutando
Nelson Teixeira
Normalmente, durante a vida somos convidados a vários aprendizados e experiências que nos fazem crescer e evoluir, todos somos capazes de desenvolver virtudes e aplicá-las em nosso dia a dia, mas esta tarefa requer de nós esforço, dedicação e, é claro, mudanças.
Normalmente, durante a vida somos convidados a vários aprendizados e experiências que nos fazem crescer e evoluir, todos somos capazes de desenvolver virtudes e aplicá-las em nosso dia a dia, mas esta tarefa requer de nós esforço, dedicação e, é claro, mudanças.
Muitas vezes falamos demais e
escutamos de menos, o escutar também é uma virtude, porque não ouvir o outro
também nos faz impacientes e muitas vezes intransigentes diante do outro.
Quando escutamos mais temos a
oportunidade de amadurecer pensamentos e consequentemente de melhorar nossas
ações.
Quantas vezes tomamos atitudes
intempestivas porque não escutamos o outro e se não escutamos, certamente não
utilizamos a compreensão, e não compreendendo, fatalmente falamos algo que
magoou alguém? Pois bem, escutar
exercita a paciência e nos faz compreender melhor o outro ou a situação.
Sempre escutando temos a
oportunidade de não falarmos o que não queríamos falar e desta forma podemos
evitar muitas decepções e magoas.
Lembremos que temos dois
ouvidos e apenas uma boca, desta forma podemos entender que escutar mais é
melhor que falar demais.
Título e Texto: Nelson Teixeira, Gotas de Paz, 27-12-2015
sábado, 26 de dezembro de 2015
Eleições presidenciais em Portugal: enquete rolando na barra lateral
O prazo para a entrega de
candidaturas às presidenciais terminou na quinta-feira, 24 de dezembro, um mês
antes das eleições, mantendo-se os DEZ candidatos que tinham formalizado o
processo junto do Tribunal Constitucional (TC) até terça-feira, disse à Lusa
fonte oficial. Fonte oficial do TC confirmou que durante o dia de hoje, não deu
entrada nenhuma outra candidatura às eleições presidenciais de 24 de janeiro.
De acordo com o
mapa-calendário publicado pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), “a
apresentação de candidaturas faz-se perante o Tribunal Constitucional até
trinta dias antes da data prevista para a eleição”. Até agora já entregaram o
processo de candidatura junto do TC dez candidatos:
Paulo de Morais foi o primeiro, a 1 de
dezembro, seguindo-se o candidato apoiado pelo PCP, Edgar Silva, depois Henrique
Neto e a candidata apoiada pelo Bloco de Esquerda, Marisa Matias. Mais perto do final do prazo, Maria de Belém, Sampaio da
Nóvoa e Jorge Sequeira fizeram a
entrega do processo na terça-feira e, na quarta-feira, formalizaram o processo Tino de Rans, Cândido Sequeira e Marcelo
Rebelo de Sousa, candidato que tem recomendação de voto por parte de PSD e
do CDS-PP.
Ainda segundo o mapa da CNE,
no dia útil seguinte ao termo do prazo para a apresentação das candidaturas –
neste caso, segunda-feira, dia 28 de dezembro – o presidente do TC procede, na
presença dos candidatos ou seus mandatários, ao sorteio da ordem a atribuir às
candidaturas nos boletins de voto, que serão afixados em edital à porta do
Tribunal.
Este sorteio – marcado para as
16h00 – decorre ainda antes de o TC decidir sobre a regularidade dos processos,
a autenticidade dos documentos e a elegibilidade dos candidatos. De acordo com
o mapa da CNE, o TC dispõe de um prazo entre 2 e 11 de janeiro para afixar à
porta do Tribunal as candidaturas definitivamente admitidas.
Detalhes
João Bosco Leal
A cada fim de ano e início de
um novo, milhares são os votos desejando felicidades, um ano novo maravilhoso,
promessas de mudanças, recomeços e diversas outras formas de alterações são
autopropostas.
Mas, na realidade, a única
mudança real que ocorre entre o dia 31 de dezembro de um a no e o primeiro dia
de janeiro de outro, é de uma mudança na data do calendário, como qualquer
outra de todos os 365 dias do ano que passou ou do que se inicia.
Assim, nada mais lógico do que
imaginar que todas essas felicitações e promessas poderiam ter sido feitas em
qualquer um desses dias, mas, normalmente, não o fazemos. Todos os dias, de
todos os anos, deixamos de fazer declarações de bem-querer, amizade, amor a
pessoas próximas, parentes, ascendentes ou descendentes e essas declarações
poderiam ter mudado algo na vida delas ou nas nossas, em nosso relacionamento
com as mesmas.
Na viagem da vida de cada um,
existe a opção de ser o passageiro ou o maquinista do trem, que parará em
muitas estações. Pessoas descerão, outras subirão, mas o maquinista continuará
sendo o mesmo.
Em cada uma destas estações,
teremos a oportunidade de conhecer novas pessoas e de nos despedirmos de
outras, mas o maquinista provavelmente nem será visto, continuará sendo um
desconhecido.
Entretanto, é este
desconhecido que conduz todos os viajantes daquele trem. Ele pode acelerar mais
ou menos, passar lentamente por locais onde existem belas paisagens, permitindo
que sejam mais bem admiradas ou passar neste local em uma velocidade que
praticamente nada poderá ser visto.
Segredos e inconfidências
Jacinto Flecha
Para não dar a nenhum eventual
leitor malévolo desta crônica o pretexto para acusar-me de machista, deixo
claro desde já que a Inconfidência Mineira não foi praticada por uma mulher, e
sim pelo delator Joaquim Silvério dos Reis. Se Tiradentes não foi o que dizem,
e os outros inconfidentes não foram o que disseram, não é assunto das minhas
atuais cogitações, restritas à probabilidade de alguém guardar ou revelar um
segredo. Adianto também que não me lembro de nenhuma ocasião em que eu tenha
sido vitimado por uma inconfidência feminina.
Erguido bem no início este
escudo defensivo, passo a considerar a voz corrente, quase um dogma da crença
popular – as mulheres não sabem guardar segredos. Essa tal de voz corrente pode
também dar margem a explorações anti-Jacinto, pois nenhum tribunal a aceitaria
como prova da defesa. Portanto, acho melhor acrescentar mais argamassa na minha
muralha defensiva, compilando frases de escritores famosos sobre essa característica
atribuída ao sexo feminino. Para não indispor as leitoras contra esses
escritores, omito os seus nomes.
• A mulher é capaz de guardar
um segredo, desde que não se diga a ela que é segredo. O único segredo que uma
mulher pode guardar é aquele que não sabe.
• As mulheres têm necessidade
de confiar seus segredos mais íntimos ao primeiro que se apresente. Para ajudar
a conservar um segredo, a mulher recorre a todas as suas amigas. Quando pede a
uma amiga para guardar um segredo, é porque precisa divulgá-lo.
• O único segredo que uma
mulher guarda tenazmente é a sua idade. Nunca confie numa mulher que revela sua
verdadeira idade; se ela faz isso, é capaz de qualquer coisa.
• Se você realmente quer
guardar um segredo, não precisa de ajuda. Ninguém guarda melhor um segredo do
que quem o ignora. Só guarda segredo quem não o sabe.
Falsa guerra
Visão global: A falsa guerra ao
terror da Arábia Saudita https://t.co/qPa0uLGKCX
pic.twitter.com/dyH8HKTHaW
—
Estadão (@Estadao) 26
dezembro 2015
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sexta-feira, 25 de dezembro de 2015
Charada (154)
Por ordem do médico, Afonso tinha de tomar,
diariamente, dois medicamentos: Vivalex
e Normavite.
O médico disse-lhe que ele devia ter muito
cuidado, pois apenas podia tomar um comprimido de Vivalex e um de Normavite por
dia. Além disso, os dois comprimidos teriam de ser tomados em conjunto; nunca
um sem o outro e nunca excedendo a dose certa, sob pena de provocarem efeitos
colaterais muito graves.
Em suma, Afonso devia tomar, diariamente e em
simultâneo, apenas um Vivalex e um Normavite.
Porém, certo dia, ele abriu o frasco do Vivalex,
tirou um comprimido e colocou-o num pires, mas, quando abriu o frasco de
Normavite, acidentalmente, deixou cair no pires dois comprimidos desse
medicamento.
E, como os três comprimidos eram exatamente
iguais no formato, cor, textura, peso, etc., ele ficou sem saber qual era o
Vivalex e quais eram os dois Normavite.
Ora, porque Afonso não podia interromper a
medicação, nem desperdiçar aqueles três comprimidos caríssimos, teve de
encontrar uma solução, totalmente segura, para resolver o problema.
Então, o
que fez Afonso para garantir a sua dose diária dos dois medicamentos?
quinta-feira, 24 de dezembro de 2015
Mas, afinal de contas, Chico Buarque é ou não é um merda?
Este texto vai responder à questão
lembrando a obra de seu pai.
Fernando Holiday, do Movimento
Brasil Livre, também se pronuncia.
Atenção! Quem primeiro chama o
interlocutor de "merda" é o cantor; pior: fidalgo desde sempre, o filho de
Sérgio Buarque exige credenciais de quem fala com ele. O pai diria que o
comportamento de seu rebento é a cloaca moral do "homem cordial" de "Raízes do
Brasil"
Reinaldo Azevedo
Essa gente não quer mesmo que
eu tire férias, né? Eita ano que não termina! E que não vai terminar. Só em
2016, com o impeachment de Dilma Rousseff. Que virá! Vamos seguir. Será que
Chico Buarque é um merda? Eu vou responder neste texto. Fernando Holiday, do
Movimento Brasil Livre, se pronuncia num vídeo.
Está a maior onda na Internet
por causa de um pequeno bate-boca — muito menos grave do que gritaram os
coelhinhos do Bambi — entre Chico Buarque, acompanhado de alguns amigos
bêbados, e um grupo de rapazes que decidiu lhe fazer algumas cobranças
políticas. Creio que todo mundo saiba já do que falo. Se não souber, segue
aqui.
Volto
Será que Chico Buarque é um
merda?
Em primeiro lugar, todos
sabem, e o arquivo está aí, não endosso que pessoas sejam abordadas em
restaurantes, bares ou lojas em razão de sua posição política — a menos que
seja uma manifestação de simpatia, como vive acontecendo comigo, o que me deixa
muito feliz. Mais de uma vez, já escrevi aqui e disse na rádio Jovem Pan que
quem pretende cassar o direito de o adversário se manifestar é o PT.
Em segundo lugar, o tal
“merda” que tanto barulho fez precisa ser devidamente qualificado. Chico trata
seus interlocutores com evidente menoscabo e, num dado momento, a exemplo de
alguns outros pinguços que estão com ele, manda ver: “Você é um merda!”. Ao que
o outro responde: “Eu queria ouvir da sua boca: ‘Você é um merda’ E quem apoia
o PT o que é que é?”. E Chico responde: “Um petista!”. E ouve: “É um merda!”.
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