Robert R. Reilly trabalhou na seção de Segurança Internacional para o Oriente Médio da Secretaria de Defesa dos EUA, além de ter entrevistado diversos estudantes muçulmanos quando lecionou na National Defense University. Com base nessas experiências e em uma ampla variedade de fontes literárias o autor explora, em A Mentalidade Muçulmana, as origens históricas e filosóficas da atual crise islâmica.
O relato de Reilly sobre as raízes dos
problemas atuais que envolvem os muçulmanos no Oriente Médio – e as ameaças que
representam para o Ocidente – abrangem um relato desde o período da sociedade
anárquica na época de Maomé (570-632) até os nossos dias, com a erupção do
islamismo como uma ideologia totalitária muçulmana. Ao discutir o modo como uma
espécie de suicídio intelectual criou a moderna crise islâmica, o ponto central
do livro é demonstrar a relação de causa e efeito entre ideias antigas e a
situação atual.
O livro A Mentalidade Muçulmana é um relato substancial, devido às profundas análises históricas e filosóficas da natureza do islã. A escrita de Robert R. Reilly é clara e bem organizada. A sondagem das profundezas intelectuais de um dos maiores problemas do mundo contemporâneo é fascinante. Burgess Laughlin - The Objective Standards
⭐⭐⭐⭐⭐ Um livro urgente!
Eu havia comprado este livro há algum tempo e estava esperando a oportunidade de começar. A volta do Talibã ao Afeganistão mês passado (agosto/2021) fez com que eu pausasse a última leitura e devorasse este “A Mentalidade Muçulmana” em uma semana. Robert R. Reilly, o autor, não é profético, mas ao virar a última triste página constatamos que o livro acerta em cheio em suas previsões, infelizmente.
E, para corroborar estas previsões,
cada página do livro tem ao menos uma fonte, muçulmana ou não, tanto daqueles
que estudam o Islã como daqueles que querem a Jihad. Na primeira parte da obra,
o autor se debruça sobre os primórdios do Islã quando, após o surgimento de
Maomé, os Asharitas (Voluntarismo) vencem os Mutazalitas (Razão), por isso as
consequências terríveis até os dias de hoje. Principalmente nos dias de hoje.
Você compreende do porquê do “Triunfo da Vontade” dos islamistas sobre o
conceito de racionalidade e do pensamento crítico, conceito este que imperava
na idade de ouro do Islã com Al-Mámum nos anos 800 da era cristã, e também
saberá por que a contribuição científica dos séculos IX ao XIII não continuou.
Pelo contrário, infelizmente estagnou.
Por falar em “Triunfo da Vontade”, ou a
Vontade de Poder de Nietzsche, você ficará pasmo ao saber dos paralelos entre
as ideologias nazista e comunista com o fundamentalismo islâmico. Frisemos:
fundamentalismo islâmico! Aliás, o autor deixa muito bem claro as diferenças
gritantes dentro do sistema religioso muçulmano, e como aqueles que acreditam
na racionalidade ficaram reféns, literalmente, da doutrina hambalista. Leia e
se espante!
Muito bom também os estudos que o autor
faz, com dezenas de fontes, como frisei, dos problemas sociais e humanitários
nos países muçulmanos. 24, de pelo menos 44 destes países, não utilizam as leis
do Islã, mas o cerco está se apertando...
Enfim, uma obra urgente, afinal, com as
tropas americanas saindo do Afeganistão (cortesia de Mr Biden), o Talibã voltou
de onde tinha parado.
Este livro faz você entender como,
quais os motivos e, principalmente, os desdobramentos que podem acontecer não
só no Oriente Médio, mas na Civilização Ocidental inteira.
Texto: Sérgio, Amazon, 5-9-2021
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