Em O Mistério do Capital,
o economista Hernando de Soto revoluciona o conceito do que é o capital,
mostrando como o capitalismo continua ineficiente na maior parte do mundo,
mesmo depois da queda do comunismo. A resposta do economista para o problema é
clara e original.
O autor e sua equipe de pesquisadores
decidiram sair às ruas dos países em desenvolvimento e dos que deixaram o
comunismo, para descobrir o porquê das crises econômicas. Suas descobertas são
dramáticas. Esses países acumularam ativos suficientes para um capitalismo
bem-sucedido, e o valor dessas economias é muitas vezes equivalente aos
investimentos estrangeiros recebidos desde 1945. Qual é, então, o motivo da
pobreza e do subdesenvolvimento? Eis o mistério do capital - não conhecer os
processos de conversão de ativos em capital líquido é o grande obstáculo para o
desenvolvimento. Para o economista peruano, possuir propriedade é uma das
chaves para dar fim à pobreza - porém, esta premissa só se torna verdadeira se
a mesma propriedade for utilizada para gerar sucessivas riquezas. O capitalismo
não fracassou no mundo em desenvolvimento devido a diferenças culturais,
religião ou ao ócio. Ao contrário, estes países vivem do trabalho duro de
pessoas sagazes de espírito e de iniciativas empreendedoras. Onde está o
problema, afinal?
Segundo De Soto, os ativos da população oprimida e trabalhadora - casas, terras e propriedades - são parte de uma economia negra. Estão fora dos padrões legais estabelecidos nos direitos de propriedade e, portanto, são ativos inúteis para gerar riqueza adicional. Nos países desenvolvidos, uma casa não é apenas um lugar para se viver com quatro paredes e um teto, possui também uma existência paralela como produtora de capital.
No mundo em desenvolvimento, onde os direitos de propriedade não estão devidamente documentados, os ativos não podem ser negociados fora dos círculos pessoais e familiares, não podem ser usados como garantia para um empréstimo, nem oferecidos como participação em um investimento. Para ter uma ideia desta riqueza oculta, basta visualizar a estimativa feita pelo jornalista Élio Gaspari: suponhamos que sejam sete milhões as casas construídas em terrenos sem titulação no Brasil, e que cada uma delas valha, em média, US$ 3 mil. Temos um total é de US$ 21 bilhões, ou até mais.
Em poucas palavras, De Soto explica em O
Mistério do Capital por que e como o capital é a essência do capitalismo e
mostra que apenas 25 dos 200 países do mundo produzem capital em quantidade
suficiente, beneficiando-se da divisão de trabalho em amplos mercados globais.
O Mistério do Capital é um livro de relevância internacional, que oferece uma proposta construtiva para levarmos os benefícios do capitalismo àqueles até hoje considerados suas vítimas.
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