Rodrigo Constantino
Bolsonaro lançou sua
candidatura à reeleição neste domingo, num Maracanãzinho lotado. Descobrimos
que Tabata Amaral é melhor como promoter do que deputada. O evento contrasta
com o lançamento inexistente da campanha do ex-presidiário Lula, que não contou
nem com sua própria presença. Mas as pesquisas insistem em colocá-lo como
grande favorito, com chances de levar quase no primeiro turno!
No evento bolsonarista, o
destaque ficou para a primeira-dama, que fez um comovente discurso patriota e
cristão. Levou o marido às lágrimas. O presidente aproveitou para comunicar
alguns feitos de seu governo, e essa deverá ser a tônica daqui até a eleição:
usar a máquina de campanha para desfazer narrativas falsas da imprensa de
oposição, e acenar mais para o público feminino.
Enquanto isso, o filho do
presidente, deputado Eduardo Bolsonaro, participava de um evento em Miami, do
qual fui palestrante. Aproveitei a ocasião para reconhecer que errei ao subir
demais as críticas quando ele foi apontado para a embaixada americana. Não
tenho compromisso com o erro e hoje admito que Eduardo seria um bom embaixador,
pela costura de acordos importantes que tem feito ao redor do mundo entre
conservadores.
Antes disso, assisti ao documentário "Investigações Paralelas", produção do Brasil Paralelo, sobre o caso Mariana Ferrer. O filme é simplesmente imperdível. E fico lisonjeado de ambas das principais entrevistadas ostentarem meu livro na estante, em destaque. Isso não passou despercebido. O tempo é amigo da razão e inimigo, portanto, da esquerda.
Na Argentina dos amigos de
Lula, onde as empresas não conseguem ter acesso a dólares e uma hiperinflação
se aproxima, mais duas multinacionais deixaram o país nesta semana. Pesquisa
nova revela que menos de 20% dos argentinos querem que o peronismo continue
governando em um país em que a miséria dispara e a hiperinflação se aproxima. E
tem gente que quer ver o Brasil neste caminho ao votar em Lula…
É que esquerdista não aprende
nem quando parece ter concluído o óbvio. É o caso do ambientalista disfarçado
de jornalista André Trigueiro, da Globo. Ele constatou que a Cedae só foi capaz
de fazer o que tinha de ser feito após sua privatização, mas em vez de concluir
a favor da privatização, ele insiste no modelo estatizante e diz que agora sabemos
o que precisa ser feito: "é só não jogar esgoto no lugar errado que a
natureza cuida do resto". Por que a empresa não fez antes, quando era
estatal? Eis a pergunta que não quer calar, segundo o militante. Os
esquerdistas realmente não conseguem entender os mecanismos de incentivos! Na
pergunta dele já temos a resposta: privatize já!
Que piada. O esquerdista reconhece que a empresa privada resolveu um problema que a empresa pública nunca tinha conseguido resolver.
— Leandro Ruschel 🇧🇷🇺🇸🇮🇹🇩🇪 (@leandroruschel) July 25, 2022
Aí o que ele faz? Ao invés de incentivar privatização, sugere que a empresa pública poderia ser melhor...🤯 pic.twitter.com/OF1pil7b5n
Mas a lacração, tal como o
show, precisa continuar. É por isso que Nando Reis tentou lacrar e atacar
Bolsonaro num show; e foi "lacrado" com gritos de “mito” pela
plateia. Que coisa chata, não? Já Bebel, filha de João Gilberto, achou adequado
pisotear a bandeira brasileira no exterior. As imagens circularam o mundo,
mostrando como nossos "artistas" - ou filhos de artistas - desprezam
o patriotismo. Depois precisam que juízas desocupadas tentem impedir o uso da
bandeira durante as eleições, pois está muito associada a um dos lados. Claro!
O outro quer trocar nosso verde e amarelo pelo vermelho comunista...
E quem tenta acenar para
comunista sempre se dá mal. O ex-presidente Temer foi elogiar Dilma, insinuando
que ela é honesta - apesar de só andar com bandido - e a ex-guerrilheira partiu
para o ataque, acusando Temer de golpista. Mas os isentões nunca aprendem. Eles
tentam ficar bem na foto com petistas, ignorando que petistas são uma tribo -
ou quadrilha - totalitária, arrogante e egoísta. Quanto tempo até Geraldo
Alckmin, que sabe que Lula só quer voltar à cena do crime, mas agora parece
desejar ser seu cúmplice no butim, ser novamente defenestrado pelos novos
companheiros?
Quem nasce para tucano nunca
chega a bolsonarista. Perguntem ao Sergio Moro! Parece que viram o ex-juiz por
aí, meio perdido, sem rumo. O povo paranaense tem alternativas melhores para o
Senado, como o deputado federal Paulo Eduardo Martins. É preciso ser firme na
defesa dos valores conservadores, coisa que Moro nunca foi. O recado virá nas
urnas. Para todos eles!
Título e Texto: Rodrigo
Constantino, Gazeta do Povo, 25-7-2022, 11h38
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