Dessa vez, o alvo é a Companhia Brasileira de Trens Urbanos
O Tribunal de Contas da União (TCU) provocou um novo atraso na agenda de privatizações do governo federal. Dessa vez, o alvo é a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) — a empresa de trens que administra redes de passageiros em cinco capitais brasileiras.
O ministro Vital do Rêgo,
relator do processo no órgão, contrariou a área técnica do tribunal e colocou
empecilhos à publicação do edital definitivo de venda da CBTU Minas, na capital
mineira.
De acordo com o relatório técnico da Secretaria de Infraestrutura Urbana do TCU, “não foram constatadas irregularidades ou impropriedades que desaconselhem o regular prosseguimento do referido processo de desestatização”.
No entanto, na semana passada,
o ministro assinou um despacho com dezenas de questionamentos. Ao todo, Vital
fez mais de 50 pedidos adicionais de informação. Os ministérios da Economia e
do Desenvolvimento Regional, responsáveis pela privatização, ficaram surpresos
com a iniciativa e acreditam que isso deverá atrasar em pelo menos um mês o
encaminhamento do processo ao plenário do TCU. O ministro também foi o autor de
dois pedidos de vista que prolongaram a análise da privatização da Eletrobras.
A privatização da CBTU Minas
prevê investimentos de quase R$ 3,5 bilhões na modernização da linha 1 e na
implantação da linha 2 do metrô de Belo Horizonte.
A União está colocando R$ 2,8 bilhões — já aprovados pelo Congresso em projeto de lei complementar — de imediato, o governo Romeu Zema (MG) se comprometeu com outros R$ 428 milhões e o futuro operador terá de injetar mais R$ 227 milhões. A ideia é que, sob gestão privada, a operação será mais eficiente e poderá virar lucrativa. Atualmente, a CBTU Minas opera no vermelho.
A empresa de trens urbanos
administra as redes de passageiros em cinco capitais: Belo Horizonte, Recife, Natal,
João Pessoa e Maceió e é altamente deficitária. A solução encontrada pelo
governo foi “fatiar” as operações e privatizar as menos problemáticas
financeiramente, começando pela CBTU Minas.
Título e Texto: Redação,
Revista Oeste, 25-7-2022, 7h56
Carreira Política de Vital do
Rêgo:
1988: Eleito o vereador mais
votado de Campina Grande pelo PSB, com 2.496 votos.
1992: Reeleito vereador de
Campina Grande pelo PST, com 1.368 votos.
1994: Eleito deputado estadual
pelo PDT, com 13.008 votos.
1996: Candidato a
vice-prefeito de Campina Grande na chapa de Enivaldo Ribeiro, obtendo 64.074
votos (42,88%) contra 72.185 votos (48,3%) do outro candidato, Cássio Cunha
Lima do PMDB.
1998: Reeleito deputado
estadual da Paraíba pelo PDT, com 19.921 votos.
2000: Candidato a prefeito de
Campina Grande pelo PDT. Obteve 12.538 votos (7,29%), contra os 36.727 votos
(21,36%) do candidato do PP Enivaldo Ribeiro, e contra os 122.718 votos
(71,35%) do candidato do PMDB Cássio Cunha Lima.
2002: Eleito pela terceira vez
deputado estadual da Paraíba pelo PDT. Atinge a marca de 27.473 votos.
2006: Eleito o deputado
federal mais votado da Paraíba, pelo PMDB. Obtém 168.301 votos.[4]
2010: Eleito senador da
Paraíba pelo PMDB. Foi o segundo eleito, com 869.501 votos.[5]
2014: Candidato a governador
da Paraíba pelo PMDB. O candidato escolhido como seu vice-governador foi o
ex-governador Roberto Paulino. Obteve 106.162 votos (5,22%), atrás dos
candidatos Cássio Cunha Lima do PSDB e Ricardo Coutinho do PSB.[6]
2014: Assume a vaga de
ministro do Tribunal de Contas da União, renunciando ao cargo de senador,
assumindo a vaga o suplente e ex-senador Raimundo Lira.
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