Henrique Pereira dos Santos
Os governos, e os partidos que os apoiam,
devem ser avaliados mais pelo que fazem que pelo que dizem
O padrão destes últimos
governos do PS, os de António Costa, são muito consistentes: perante um
problema concreto, de pessoas concretas - pôr o filho da creche, escolher uma
escola, resolver um problema de saúde, melhorar a mobilidade, morar em algum
lado, etc. - ter sempre soluções de Estado e não soluções sociais, isto é, o
Estado inventa soluções para que o Estado se substitua à sociedade na resolução
dos problemas das pessoas.
Os resultados são os que
conhecemos, no acesso às creches, na dualidade de acesso ao ensino e saúde, nos
problemas de mobilidade, na habitação, etc., e, por consequência, nas finanças
do Estado e na carga fiscal sobre as pessoas: soluções ineficientes e com perda
de valor não geram sociedades mais ricas.
A questão central é que para este governo, este PS e os satélites que intermitentemente o apoiam (PC e BE), ganhar dinheiro é uma coisa boa, no caso dos trabalhadores, mas é uma coisa muito má, no caso dos donos das empresas que criam os postos de trabalho que geram a coisa boa de os trabalhadores ganharem dinheiro.