Telmo Azevedo Fernandes
O desfile de candidatos e proto-candidatos à presidência da república é útil para encher chouriços e desviar as atenções do estado calamitoso das nossas liberdades e democracia, assim como para escamotear a degradação contínua das nossas condições de vida resultantes de um estado cada vez mais omnipresente nas nossas vias.
Além disso, tanto à direita
como à esquerda, as figuras que nos apresentam como possíveis presidenciáveis
são de bradar aos céus.
À Direita, Paulo Portas durante demonstrou anos não ser politicamente confiável, tendo protagonizado o episódio surreal da sua “demissão irrevogável”. Nos últimos tempos notabilizou-se por ser a voz dos confinamentos, da apologia da segregação de pessoas saudáveis não inoculadas com injeções de profilaxia genética contra a covid e da contemporização com grotescas restrições às mais básicas liberdades das pessoas. Marques Mendes, por muito que se coloque em bicos dos pés jamais alcançará a estatura de um estadista. Quem ainda siga as suas homilias dominicais na televisão, facilmente chega à conclusão de que o homem se especializou em ser a alcoviteira do regime.
Santana Lopes é um exemplo clássico do princípio de Peter, ou não fosse ele Pedro de nome. Por muita empatia que consiga ter junto do eleitorado, a competência e consistência na gestão da causa pública não são características que associemos facilmente ao homem. Já Durão Barroso fugiu do governo do país para se deleitar nas mordomias e notoriedade de cargos internacionais, sendo hoje um peão da holigarquia mundial, nomeadamente e agora à frente da sinistra Aliança Global para as Vacinas.
À esquerda, Augusto Santos
Silva tem revelado a sua indisfarçável ultra insuflada autoestima, assim como
se tem comportado como um presidente faccioso do parlamento e um dos arautos da
introdução de limites à discussão e comentário político no espaço público, ou
seja, e na prática, da reintrodução da censura prévia – quando possível -, ou à
posteriori – sempre que necessário fôr. António Guterres deixou Portugal num
pântano e está há muito tempo com sinais evidentes de descontrolo emocional e
de razão, tomado por ansiedades infantis a pretexto das alterações climáticas,
de tal forma que um fanático fundamentalista do apocalipse parece ser à sua
beira uma pessoa sensata e razoável.
Se estas ou outras
candidaturas do mesmo baixo nível forem as opções que se venham a apresentar a
eleições, bem farão os portugueses em não sair de casa para votar.
No entretanto, António Costa
vai-se mantendo no poder sem demasiado alarido contestatário, beneficiando de
uma oposição mansa e desorientada que, a crer nas sondagens, perece ser
situação do agrado da maioria da sociedade. Não restam, pois, grandes
esperanças de que além de o próximo Presidente da República seja capaz de
atribuir de novo alguma dignidade ao cargo que Marcelo Rebelo de Sousa
abandalhou e perverteu.
Mas podemos ter uma certeza:
será eleito o mais alto magistrado de uma nação apática, empobrecida, subsídio-dependente
e pouco interessada na sua liberdade.
Texto e Vídeo: Telmo Azevedo Fernandes, Blasfémias, 30-8-2023
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