quinta-feira, 31 de agosto de 2023

Desfile de candidatos à presidência útil para encher chouriços

Telmo Azevedo Fernandes

O desfile de candidatos e proto-candidatos à presidência da república é útil para encher chouriços e desviar as atenções do estado calamitoso das nossas liberdades e democracia, assim como para escamotear a degradação contínua das nossas condições de vida resultantes de um estado cada vez mais omnipresente nas nossas vias.

Além disso, tanto à direita como à esquerda, as figuras que nos apresentam como possíveis presidenciáveis são de bradar aos céus.

À Direita, Paulo Portas durante demonstrou anos não ser politicamente confiável, tendo protagonizado o episódio surreal da sua “demissão irrevogável”. Nos últimos tempos notabilizou-se por ser a voz dos confinamentos, da apologia da segregação de pessoas saudáveis não inoculadas com injeções de profilaxia genética contra a covid e da contemporização com grotescas restrições às mais básicas liberdades das pessoas. Marques Mendes, por muito que se coloque em bicos dos pés jamais alcançará a estatura de um estadista. Quem ainda siga as suas homilias dominicais na televisão, facilmente chega à conclusão de que o homem se especializou em ser a alcoviteira do regime. 

Santana Lopes é um exemplo clássico do princípio de Peter, ou não fosse ele Pedro de nome. Por muita empatia que consiga ter junto do eleitorado, a competência e consistência na gestão da causa pública não são características que associemos facilmente ao homem. Já Durão Barroso fugiu do governo do país para se deleitar nas mordomias e notoriedade de cargos internacionais, sendo hoje um peão da holigarquia mundial, nomeadamente e agora à frente da sinistra Aliança Global para as Vacinas.

À esquerda, Augusto Santos Silva tem revelado a sua indisfarçável ultra insuflada autoestima, assim como se tem comportado como um presidente faccioso do parlamento e um dos arautos da introdução de limites à discussão e comentário político no espaço público, ou seja, e na prática, da reintrodução da censura prévia – quando possível -, ou à posteriori – sempre que necessário fôr. António Guterres deixou Portugal num pântano e está há muito tempo com sinais evidentes de descontrolo emocional e de razão, tomado por ansiedades infantis a pretexto das alterações climáticas, de tal forma que um fanático fundamentalista do apocalipse parece ser à sua beira uma pessoa sensata e razoável.

Se estas ou outras candidaturas do mesmo baixo nível forem as opções que se venham a apresentar a eleições, bem farão os portugueses em não sair de casa para votar.

No entretanto, António Costa vai-se mantendo no poder sem demasiado alarido contestatário, beneficiando de uma oposição mansa e desorientada que, a crer nas sondagens, perece ser situação do agrado da maioria da sociedade. Não restam, pois, grandes esperanças de que além de o próximo Presidente da República seja capaz de atribuir de novo alguma dignidade ao cargo que Marcelo Rebelo de Sousa abandalhou e perverteu.

Mas podemos ter uma certeza: será eleito o mais alto magistrado de uma nação apática, empobrecida, subsídio-dependente e pouco interessada na sua liberdade.

Texto e Vídeo: Telmo Azevedo Fernandes, Blasfémias, 30-8-2023 

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