domingo, 13 de agosto de 2023

Justiça no futebol: uma treta

Vítor Ilharco

O futebol, como se sabe, há muito deixou de ser um desporto-espectáculo para passar a uma das mais lucrativas indústrias a nível global.

Os contratos feitos diariamente, em todo o mundo, só terão paralelo com as áreas onde o dinheiro se conta pelos biliões (armas, petróleo, drogas lícitas e ilícitas).

Pensar que um clube pode oferecer, pela contratação de um jogador, para o período de um ano, mil milhões de euros, sendo trezentos milhões para o seu clube e setecentos milhões para o atleta, é algo que soa a irreal.

E esse foi o valor que um clube (um país, na realidade) ofereceu a Kylian Mbappé para, durante um ano, envergar a camisola de uma equipa de futebol.

Para percebermos bem, o atleta receberia cerca de dois milhões de euros… por dia!

Estes exageros escandalosos poderão resultar na morte de uma galinha de ovos de ouro se os responsáveis máximos da FIFA e UEFA não colocarem um travão a estes absurdos.

O problema maior é que a justiça desportiva consegue, por incrível que parece, ser ainda pior do que a que rege a vida na sociedade civil.

Os negócios das contratações, principalmente, com milhões de euros a serem distribuídos por empresários e dirigentes, sem um controle apertado das autoridades desportivas, são de todos conhecidos, mas ficam, sempre, impunes.

A “justiça desportiva”, e em especial no futebol, é uma treta aceitando sem o mais pequeno sinal de desagrado, as maiores vergonhas que se possam imaginar.

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