quarta-feira, 30 de junho de 2021

Justiça dá 48 horas para CBF explicar por que seleção brasileira não usa o número 24

Ação foi movida pelo Grupo Arco Íris de Cidadania LGBT, associação que atua em defesa dos direitos da comunidade LGBTQIA+

Edilson Salgueiro

O juiz Ricardo Cyfer, da 10ª Vara Cível do Rio de Janeiro, concedeu liminar para obrigar a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) a manifestar-se, em 48 horas, sobre o porquê de a seleção brasileira ser a única que disputa a Copa América a não usar o número 24 para identificar os jogadores. Caso não responda à determinação, a CBF está sujeita a multa diária de R$ 800.

A ação foi apresentada pelo Grupo Arco Íris de Cidadania LGBT, associação sem fins lucrativos que atua em defesa dos direitos da chamada comunidade LGBTQIA+. O grupo é representado pelo advogado Carlos Nicodemos e o escritório NN Advogados Associados.

Na petição, a associação argumenta que “o fato de a numeração da seleção brasileira pular o número 24, considerando a conotação histórico-cultural que envolta esse número, de associação aos gays, deve ser entendido como uma clara ofensa à comunidade LGBTI+.”

Título e Texto: Edilson Salgueiro, revista Oeste, 30-6-2021, 16h22

Loverboys de batina

FratresInUnum.com

Assistindo ontem ao vídeo-denúncia do Centro Dom Bosco acerca de um sacerdote que conclamou o movimento LGBT para que auxilie a Igreja a desenvolver a sua doutrina, recordamo-nos de  um tipo de padre que se tornou bastante recorrente no clero conciliar dos últimos tempos: os garotões de boa aparência e discretamente homossexuais que se tornaram uma espécie de troféu para certos bispos, também homossexuais enrustidos.

Como já comentamos em outras ocasiões, a teologia da libertação sofreu uma corrupção interna, abandonou a luta de classes para se entregar à revolução eco-homossexual e, assim, acabou por produzir um novo tipo de militante, não mais aqueles personagens toscos e mal-educados, mas uns rapazes com pose de galãs metrossexuais, mas que defendem a homossexualidade como conduta e como discurso.

Praticantes de esportes (musculação ou até crossfit), com barba serrada, bancando intelectuais, performando equilíbrio e neutralidade, reproduzindo o discurso oficial, ostentando certa sensualidade no olhar e nos gestos, os “padres-gatos” comportam-se como acompanhantes de luxo e são as “meninas dos olhos” dos seus superiores e, sobretudo, raramente dão escândalo.

Nesse sentido, são muito diferentes daqueles padres homossexuais das décadas de 80, 90 e do início do milênio, que ainda procuravam manter certa aparência de catolicismo e tinham alguma reverência, ao menos idealista, por mínima coerência doutrinal. Agora, não. Estamos no cinismo mais frio e descarado, no ceticismo confesso, na completa indiferença. Este é o resultado do enfraquecimento intelectual promovido por anos de desconstrução da teologia da libertação e do carismatismo sentimentalista e irracional: eles não creem em mais nada, muito menos em alguma moral que dê sustentação à fé.

A Rede Vida de Televisão é o exemplo mais notável: ainda contando com os da velha guarda, abrigando com frequência ex-padres, mais recentemente se viu tomada pelo perfil que descrevemos no artigo. Lamentavelmente, um deles até largou o sacerdócio para se unir a outro homem, até então pai de família.

Vasco da Gama: Campello questiona investimento e ironiza ajuda oferecida por Leven, que responde

O ex-presidente do Vasco da Gama, Alexandre Campello, mostrou não acreditar nos investimentos prometidos por Leven Siano na campanha.

Willams Meneses

Há seis meses longe da presidência do Vasco da Gama, Alexandre Campello [foto], que vem fazendo aparições esporádicas desde então, participou de uma live no canal Raiz É Ser Vasco, no Youtube. Entre os assuntos abordados, um em destaque foi sobre Leven Siano, candidato na eleição de 2020.

O ex-presidente vascaíno disse que não acredita nas parcerias e aporte financeiro que o advogado alegou ter durante a campanha. Alexandre Campello também questionou sobre a ajuda oferecida por Leven Siano no fim do ano passado, o que viu apenas como motivação política, dizendo que nada de concreto foi mostrado.

Eu, sinceramente, não acredito. Eles são tão vascaínos, têm tantos projetos, por que não traz? Ele me procurou politicamente, para dizer que está oferecendo, que não sei o quê. Traz uma solução concreta! Sabe o que acontece? “Ah não, mas isso só iria acontecer se eu estivesse na presidência. Só com a minha credibilidade”. Isso é conversinha para boi dormir. Quem tem mais credibilidade que o Clube? A garantia tem que ser o Clube, não a pessoa física. “Ah não, tenho investidor, mas ele só vem se eu estiver na presidência”. Por que todo mundo diz que vai acontecer, mas não traz para o Vasco?

Alexandre Campello

 

Resposta

Tomando conhecimento da declaração de Alexandre Campello, Leven Siano [foto] não perdeu tempo e se manifestou no Instagram. Ele publicou prints de conversas que teve com o ex-presidente, uma de 9 de novembro, dois dias depois da primeira eleição, e outra de 15 de novembro, um dia depois da segunda votação.

Ipea revisa de 3% para 4,8% a expectativa do crescimento do PIB em 2021

A melhora na previsão foi atribuída à aceleração da vacinação contra a covid-19 e ao 'cenário externo favorável'

Artur Piva


O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revisou a expectativa do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2021 de 3% para 4,8%. Para 2022, a projeção foi revista de 2% para 2,8%. Ainda assim, para o biênio, a estimativa de expansão da produção subiu de 5,9% para 6,9%. A melhora na previsão do PIB foi atribuída à aceleração da vacinação contra a covid-19 e ao “cenário externo favorável”, que “tem impactado positivamente a economia”.

O Ipea também reviu sua projeção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2021 de 5,3% para 5,9%. Impactada pela alta nos preços monitorados e de bens de consumo industriais, a taxa de inflação acumulada nos últimos doze meses ficou em 8,1%. Entretanto, os pesquisadores preveem redução na alta dos preços em 2022, fazendo com que o IPCA do ano que vem feche em 3,9%.

Título e Texto: Artur Piva, revista Oeste, 30-6-2021, 14h

Carro voador faz trajeto aéreo de 35 minutos entre dois aeroportos

O veículo híbrido é equipado com um motor BMW e atingiu a velocidade de cruzeiro de 170 km/h

Artur Piva

Na segunda-feira 28, um carro voador completou um trajeto aéreo de 35 minutos entre os aeroportos internacionais de Nitra e Bratislava, na Eslováquia. O protótipo AirCar foi projetado pelo professor Stefan Klein. Ele afirma que sua criação pode voar por até 2,5 mil quilômetros, a 2,5 mil metros de altura, carregando dois passageiros com peso combinado de 200 quilos. Equipado com um motor BMW, o veículo precisa de 15 segundos para se transformar em aeronave e atingiu a velocidade de cruzeiro de 170 quilômetros por hora.

Foto: Divulgação/Klein Vision

A empresa responsável pelo AirCar, Klein Vision, afirma que o projeto demorou dois anos para ser desenvolvido e custou “menos de 2 milhões de euros” (R$ 11 milhões) em investimento. Michael Cole, presidente-executivo da Hyundai Motors Europe, chamou o conceito de “parte do nosso futuro”.

Título e Texto: Artur Piva, revista Oeste, 30-6-2021, 13h05

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“Embraer apresenta ‘carro voador’ elétrico fabricado no Brasil”

Estudos avaliam vantagens de maior intervalo da vacina AstraZeneca

Pesquisadores também testam o que chamam de intercâmbio de vacinas

Victor Ribeiro

O Ministério da Saúde distribuiu até agora cerca de 130 milhões de doses de quatro tipos de vacina contra covid-19 para todo o país. Quase metade é do imunizante desenvolvido pela universidade inglesa de Oxford com a farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca e fabricado no Brasil pela Fiocruz.

Foto: Dado Ruvic/Reuters

Inicialmente, o intervalo entre as duas doses dessa vacina era de quatro semanas. Logo depois aumentou para três meses. Agora, os pesquisadores de Oxford indicam que pode ser mais vantajoso tomar a segunda dose onze meses depois da primeira. Os dados preliminares mostram que esse intervalo maior pode aumentar a resposta imunológica até dezoito vezes.

O diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, Renato Kfouri, comentou sobre a possibilidade de ampliar o intervalo entre as doses e destacou a importância dos estudos, mas que é preciso tomar a segunda dose no tempo estabelecido.

Ele disse que “em países mais pobres a imunização é feita com vários tipos de doações.” Frisou que é preciso respeitar a data da segunda dose anunciada no cartão de vacinação.

Contos loucos dos moucos (LVXI) – O sogro respondeu

Se cruzaram na Praça das Nações, em Bonsucesso. Conhecia o sogro há pouco tempo, coisa de mês e meio, quando foi apresentado a ele pela filha, Flordelis. 

Então, cumprimentou o sogro com alegre cordialidade:

“Bom dia!” E perguntou cordialmente: “Tudo bem?”

E o sogro respondeu:

“Não ando muito bem, veja só, não bastava a insônia, a pressão alta e as dores no quadril esquerdo, agora é uma puta dificuldade para cagar. Tenho que forçar pra cacete!...”

O genro: “Pô, que chato!...”

“Pois nem queira saber, é comprimido de manhã, no almoço, no jantar, ao ir dormir… quer ver que vou ter que tomar outro por causa desta forçação?!”

O genro: “Pô…”

“Às vezes sinto uma pontada aqui no baço… não sei o que pode ser. A patroa acha que pode ser apendicite…”

[Língua Portuguesa] Onde se fala o Português?

Em que países, territórios, recantos, enclaves, ilhas… se fala Português?


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‘Ter de’ ou ‘Ter que’? 
Por que, por quê, porque, porquê
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terça-feira, 29 de junho de 2021

Anotem os nomes destes senadores

Anotem estes nomes, para NUNCA MAIS votarem neles. São os senadores que apoiaram a prorrogação da CPI circense que blinda o Covidão, demoniza médicos e trata como voz da ciência impostores, além de ser comandada por vagabundos do gabinete paralelo do lulismo.

United Airlines encomenda 270 aviões, apostando no retorno de viagens premium

Pedido é o maior da história da companhia norte-americana

Raquel Hoshino

United Airlines realizou um pedido de 270 jatos, o maior da história da companhia aérea, apostando no segmento de viagens premium pós-pandemia. A empresa anunciou, nesta terça-feira 29, que estava encomendando 200 Boeing 737 Maxes e 70 Airbus A321neos. Com isso, espera criar 25 mil empregos até 2026.

Ao mesmo tempo, a United está colocando mais assentos de primeira classe e assentos econômicos premium, além de realizar melhorias no entretenimento e no armazenamento de bagagem dentro das aeronaves, reconfigurando a frota já existente. Nos próximos cinco anos, o número de assentos da companhia vai aumentar 30% em voos domésticos nos EUA, enquanto o número de assentos premium, em comparação com 2019, ficará 75% maior.

O executivo-chefe da empresa, Scott Kirby, afirmou que as mudanças na frota iriam “revolucionar a experiência de voar na United, à medida que aceleramos nossos negócios para atender a um ressurgimento das viagens aéreas”.

Devido a preocupações sobre como a encomenda afetaria a posição financeira da empresa, as ações da United recuaram 2,6% na segunda-feira. A companhia possui dívidas de longo prazo de cerca de US$ 33 bilhões.

Da mesma forma que seus concorrentes, a United levantou dinheiro de investidores e também do governo norte-americano para sobreviver à crise da covid-19, quando as restrições de viagem e os receios dos passageiros com relação ao novo coronavírus levaram a um colapso nas viagens aéreas.

Título e Texto: Raquel Hoshino, revista Oeste, 29-6-2021, 17h12

Université, le monde radieux du nouveau totalitarisme


Yana Grinshpun

Quand nous étions enfants, en Russie soviétique, nous avions nos classiques, comme tous les enfants du monde. Parmi les oeuvres qui ont marqué mon enfance et qui continuent à interroger aujourd’hui mes enfants, il y avait un joli poème, intitulé « Un grand cafard » (1), écrit par un grand poète russe pour enfants, Kornej Chukovski. Ce poème met en scène un cafard qui arrive dans la jungle. Il terrorise tous les animaux qui y vivent : lions, tigres, crocodiles, ours, kangourous, qui ont peur de lui. Il exerce sur eux une fascination et un pouvoir inexplicables. Il les menace avec son ombre et ils lui obéissent. Ils ne savent pas pourquoi, mais ils obéissent tous, ayant peur que s’ils disent quoi que ce soit, le cafard n’emporte leurs enfants. Ils tentent une rébellion, mais elle échoue, le cafard leur montre sa moustache et cela suffit pour qu’ils se cachent dans les arbres et qu’ils acceptent son autorité.

Cela m’a toujours fascinée dans mon enfance – pourquoi de si grands animaux se soumettent-ils à une créature immonde, pourquoi ne l’écrasent-ils pas ? Le poème a pourtant un happy end : arrive un moineau qui avale le cafard sans trop se poser de questions philosophiques. Les animaux sortent de leur cachette et font la fête en félicitant le moineau.

La situation qu’on vit aujourd’hui dans le milieu universitaire est drôlement semblable à celle de ce poème. Du moins, c’est mon sentiment. Je suis sincèrement étonnée de voir la hâte avec laquelle une partie de mes collègues universitaires s’aligne devant les nouveaux tyrans du genre et de la race qui expliquent aux gens qui ils sont, comment ils doivent se sentir et se comporter, comment ils doivent parler et écrire. J’ai l’impression de me retrouver quarante ans en arrière, dans une sorte de jour de la marmotte communiste sans fin. Sauf que la marmotte ressemble fort à ce cafard du poème.

J’ai en effet eu la chance historique d’assister en tant que témoin à la fin du régime soviétique officiel qui s’effondrait lentement sous nos yeux dans les années quatre-vingt-dix du siècle passé. La disparition du système communiste, qui a anéanti la vie de millions de personnes, parmi lesquels mes proches, a réjoui une grande partie des ex-citoyens soviétiques.

Délires transgenres : faut-il se la boucler pour ne pas faire le jeu de Viktor Orbán ?

Valérie Toranian 

Critiquer les excès du transactivisme, est-ce « faire le jeu » de Viktor Orbán, conservateur populiste, chef de file des pays illibéraux au sein de l’Europe ? Doit-on taire les délires de l’idéologie trans sous prétexte que ce serait faire cause commune avec le leader hongrois réactionnaire ? Voilà qui doit trotter dans la tête de bon nombre de militants LGBT, de féministes, de démocrates et de scientifiques qui sont ulcérés par les positions ultra-conservatrices de la Hongrie… mais s’inquiètent également de l’accélération des pratiques radicales irréversibles que subissent bon nombre de mineurs depuis quelques années.

Faut-il se la boucler de peur de passer pour facho, réac, homophobe, transphobe… ? La méthode n’est pas nouvelle. George Orwell l’avait parfaitement décrite en 1944. « C’est une sorte de formule magique ou d’incantation destinée à cacher les vérités dérangeantes. Quand on vous dit qu’en affirmant telle ou telle chose vous faites le jeu de l’ennemi, vous comprenez qu’il est de votre devoir de la boucler immédiatement. » À l’époque, il s’agissait de ne jamais critiquer les communistes de peur de faire le jeu des fascistes. Tant pis pour les crimes staliniens. On connaît les variantes actuelles. Ne pas critiquer l’islam politique et l’islamisme de peur de paraître « islamophobe ». Ne pas critiquer le racialisme woke de peur d’être taxé de raciste, etc.

« Les droits des homosexuels, leur liberté d’expression, la non-pénalisation des personnes trans, le respect de leur identité sexuelle, font partie des marqueurs de tout pays démocratique qui prétend partager nos principes. L’Europe des valeurs n’est effectivement pas “à la carte”. »

Aujourd’hui, mettre en doute la pertinence de faire changer de sexe des enfants/adolescents mal dans leur peau, est assimilé, par le mouvement radical trans, comme de la transphobie et peut déclencher via les réseaux sociaux votre mise au ban de la société. Autant dire que peu s’y risquent. La tendance est plutôt à célébrer la liberté de pouvoir enfin choisir son identité sexuelle. Si l’on songe aux persécutions qu’ont subies les LGBT et qu’ils continuent de subir dans le monde, notamment dans les pays musulmans (1), être dans le camp de ceux qui reconnaissent leurs droits et les protègent est un honneur et une fierté. Faut-il pour autant « cacher les vérités dérangeantes », comme l’écrivait Orwell ?

L’Union européenne a eu raison de blâmer l’adoption par le parlement hongrois d’amendements qui entendent « protéger les droits des enfants » en introduisant, pour les moins de 18 ans, une interdiction de « la représentation et de la promotion d’une identité de genre différente du sexe à la naissance, du changement de sexe et de l’homosexualité ». Les droits des homosexuels, leur liberté d’expression, la non-pénalisation des personnes trans, le respect de leur identité sexuelle, font partie des marqueurs de tout pays démocratique qui prétend partager nos principes. L’Europe des valeurs n’est effectivement pas « à la carte ».

Partidos anunciam vista coletiva para atrasar votação do voto auditável

Filipe Barros, relator do texto, posicionou-se favorável ao sistema já nas eleições de 2022

Afonso Marangoni

Durante a leitura do relatório que dá sinal verde à aprovação da PEC do voto auditável pela comissão especial da Câmara, partidos de esquerda pediram vista coletiva do texto, o que vai atrasar a votação. Deputados do Psol e do PSB já anteciparam a estratégia. A votação deve ser na quinta-feira 1º.

Ao ler seu parecer nesta segunda-feira, 28, o relator na comissão especial, Filipe Barros (PSL-PR) [foto], posicionou-se favorável ao voto auditável nas eleições de 2022, mas abriu caminho para que a implementação da mudança seja gradual. Aprovada no colegiado, a proposta seguirá para a análise do plenário e, se obtiver sinal verde da Câmara, irá para o Senado.

A proposta, de autoria da deputada Bia Kicis (PSL-DF), exige a impressão de cédulas de papel na votação e na apuração de eleições, plebiscitos e referendos no Brasil. Pelo texto, essas cédulas poderão ser conferidas pelo eleitor e deverão ser depositadas em urnas indevassáveis de forma automática e sem contato manual, para fins de auditoria.

Título, Imagem e Texto: Afonso Marangoni, revista Oeste, 28-6-2021, 19h05

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[Aparecido rasga o verbo] De graça

Aparecido Raimundo de Souza 

BARBIOLO TOMÁZIO
chegou bêbado feito um gambá. De revolver em punho, encostou o cano da arma no ouvido do sujeito que conversava animadamente com sua esposa, dentro de casa, ou mais precisamente na porta do quarto de dormir do casal.
— Vou te matar, seu destruidor de lares — foi logo dizendo Barbiolo Tomázio, à figura que proseava com a sua patroa. Descobri tudo. Não adianta mentir. Você é o amante da minha mulher. Peguei vocês dois com a boca na botija. Se prepare para partir para os quintos. Comece a rezar. No três, eu puxo o gatilho. Lá vai: um... dois...

Apavorado, o rapaz começou a tremer pior que vara verde.
— Calma, meu senhor, muita calma nesta hora. Eu explico. Não sou amante de ninguém, apenas o namorado da filha de vocês. Não é mesmo, dona Cristina?
A companheira do bebum, quase teve um piripaque. Momentaneamente refeita do susto, balançou a cabeça num sim meio que destituído de entusiasmo. Mais aterrorizada que a própria criatura com a qual batia papo, achou por bem concordar.

Barbiolo Tomázio com a afirmativa da consorte, deu um passo atrás. Coçou a cabeça. Ficou meio pensativo e, por fim, guardou a arma na cintura.
— Desculpa. Bebi além da conta... fiquem a vontade...
Ia a meio caminho, em direção à cozinha, quando se voltou e se aproximou novamente do infeliz. Desta feita, Barbiolo Tomázio parecia mais colericamente furibundo que da primeira vez. Por esta razão, veio com a pistola engatilhada, pronto para não perder tempo e mandar o desgraçado para os braços frios da morte.

— Meu camarada — disse sem mais delongas. Acabou de acender uma luzinha aqui na minha cabeça...
— Uma luzinha, senhor? Que luzinha?
— Você disse que é o namorado da minha filha?
— Sim senhor. E sou mesmo. dona Cristina, acabou de confirmar. Acho que ficou tudo esclarecido entre a gente. Estou com a sua filha bem uns três meses. Eu ia até falar com o senhor...
— Como é o nome da minha filha mesmo?
— Bárbara, senhor...
— Eu acho que você não está em seu juízo perfeito. Sinto o cheiro de mentiras no ar... Tenho cara de besta? Ou pior: de corno? Responda...

segunda-feira, 28 de junho de 2021

A CPI da Covid nasceu morta, porque nasceu mal-intencionada

Histeria, ignorância, desonestidade e falta de educação dos inquisidores só serviram, até agora, para converter os que já foram convertidos

J. R. Guzzo

A primeira denúncia de corrupção no alto escalão da administração Bolsonaro, após dois anos e meio de governo, começou mais ou menos ao contrário do roteiro normalmente seguido neste tipo de novela.

Denúncia de ladroagem, pelo modelo clássico, começa com a apresentação de fitas gravadas, um vídeo, uma foto, ou algo assim, mostrando que alguém cometeu alguma safadeza — ou que é altamente suspeito de ter cometido.

Pode haver também a divulgação de documentos, assinaturas, contratos ou notas fiscais. Às vezes há testemunhas de conversas ou de encontros — podem não ter sido gravados ou filmados, mas alguém estava lá, viu e ouviu o que aconteceu. Pode haver, até mesmo, delação — premiada ou grátis.

Enfim: sempre, na denúncia de roubalheira, começa-se com as provas, ou com aquilo que o acusador diz que são provas. Depois, é claro, essas provas podem se revelar fracas, mal apresentadas ou falsas — mas é por aí que se começa sempre, pelas provas.

No caso da denúncia sobre a compra da Covaxin, episódio que por enquanto teve sua vida limitada ao ecossistema da “CPI” de Renan Calheiros e da mídia, está acontecendo exatamente o contrário. Primeiro apareceu o acusador, em meio à gritaria do circo armado dentro do Senado — mas provas mesmas, que é o que interessa, o homem diz que vai apresentar depois, “se for necessário”.

Gasolina com o preço mais alto desde 2012

Os preços dos combustíveis auto sofreram no início desta semana um novo agravamento, depois de na semana anterior o preço médio da gasolina simples ter já subido para 1,63 euros/litro 


Trata-se de um novo máximo em quase nove anos – registou o ‘Expresso’. “É preciso recuar a outubro de 2012 para encontrar preços médios mais altos: nessa altura este combustível chegou a 1,68 euros por litro”.

Segundo o semanário, porém, “a escalada pode não ficar por aqui, porque a cotação do petróleo tem continuado a subir, alimentada pela expectativa de recuperação económica global, com o que isso implica de reanimação da procura de produtos petrolíferos”.

Com efeito, o ‘brent’, que serve de referência para o mercado europeu, “ultrapassou os 74 dólares por barril na quarta-feira, alcançando o valor mais alto desde outubro de 2018, mês em que chegou aos 86 dólares. O atual patamar de preços do petróleo ainda está a alguma distância do máximo histórico de 2008 (cerca de 140 dólares por barril) e do período mais longo de preços especialmente altos: entre 2011 e 2014 o ‘brent’ foi negociado quase sempre acima dos 100 dólares por barril (chegando a 123 dólares em 2012).

60% de impostos

Para além do preço do barril, a carga fiscal que em Portugal agrava o custo da gasolina tem também sofrido agravamentos nos últimos anos. Segundo a Apetro (associação que representa as empresas petrolíferas em Portugal), citada pelo jornal, “apenas 26% do preço de venda ao público da gasolina resulta da sua cotação internacional, 4% é o custo de incorporar biocombustível, 10% são os custos da logística de distribuição e 60% são impostos. No gasóleo, a cotação pesa 29% no preço final, o biocombustível 7%, a logística 9% e os impostos 55%.

Videos show explosion rocks London, prompts massive fire

A massive fire broke out at a London train station on Monday following a huge explosion

Sarah Taylor

The incident does not appear to be terror-related, according to police, and the Independent said that there has been only one confirmed injury at the time of this reporting.

The Guardian reported the brigade confirmed that "three commercial units underneath the railway arches were 'completely alight,'" as well as four nearby vehicles and a telephone box.

Elephant and Castle Station was evacuated and closed after the incident.

According to reports, a minimum of 70 firefighters were battling to put out the blaze near Elephant and Castle Station.

A ciência médica mostra que quem ajoelha antes de jogos não morre de covid

Vitor Cunha

Vi jogadores ajoelhados antes do jogo começar. Não sabendo exatamente por que, pensei que fosse uma recomendação da OMS para combater a pandemia. Usei de lógica aliada ao vasto conhecimento científico de vacinas experimentais de mRNA (parece que não, já se usam há quase dois meses): é que se lavar as mãos combate o vírus, ajoelhar também deve combater. É um vírus fraquinho, que morre à primeira passagem com Palmolive. Bem, mal não faz. Se um pano na boca evita pandemias com fatalidades mais ao menos ao nível de atropelamentos por elefantes, ajoelhar pode mostrar ao vírus que estamos dispostos a dar-lhe uma valente marrada caso se aproxime. Tudo isto fazia grande sentido num contexto de ciência médica: uma vacina não impede a transmissão do vírus em espaços ao ar livre, só impede, como já se demonstrou na televisão através de pundit review, a transmissão do vírus em autocarros apinhados.

Depois disseram-me que ajoelhavam porque “a vida dos negros importa”. Eu diria que sim, que importa a vida de negros. Por isso fui ver quantos negros morreram de covid, mas não se sabe, pois não discriminam por cor. Também não sei quantos LGBTs morreram de covid, pois não discriminam por probabilidade de conseguir aparecer numa série de televisão. Por isso percebi então por que ajoelhavam: não há outra forma de descobrir quantos negros, LGBTs, azuis ou brancos morreram mesmo de covid – só rezando mesmo.

Título e Texto: Vitor Cunha, Blasfémias, 28-6-2021 

Número de brasileiros com primeira dose de vacina supera 70 milhões

Marca representa 44% da população com mais de 18 anos

Agência Brasil

O Brasil superou neste sábado (26) a marca de 70 milhões de pessoas imunizadas com a primeira dose das vacinas contra a covid-19, divulgou o Ministério da Saúde. Segundo a pasta, 71,152 milhões de brasileiros receberam a primeira dose. O total equivale a 45% das 158,095 milhões de pessoas com mais de 18 anos no país.

Foto: Renato Alves/Agência Brasil

Um total de 25,583 milhões de brasileiros receberam a primeira e a segunda dose da vacina ou a dose única da Janssen, completando o ciclo de imunização. Isso equivale a 16,2% da população vacinável no país e a 36,2% do total de pessoas que receberam a primeira dose.

As informações estão no painel de vacinação do LocalizaSUS , plataforma do Ministério da Saúde que registra o andamento da campanha de imunização contra a covid-19. Os dados estão atualizados até ontem.

Ao todo, 96,736 milhões de doses, distribuídas entre primeira dose, segunda e dose única, foram aplicadas desde o início da vacinação, em janeiro. Nas últimas 24 horas, foram aplicadas 1,158 milhão de doses.

Distribuição

O Ministério da Saúde distribuiu 129,720 milhões de doses às unidades da Federação, desde o início da campanha de imunização. Até a semana passada, o Brasil contava apenas com vacinas de duas doses para conclusão do ciclo vacinal. Eram os imunizantes AstraZeneca, CoronaVac e Pfizer. Desde a última terça-feira (22), no entanto, o Brasil também passou a receber a vacina da Janssen, de dose única.

Dossiê: 171 - Bolsonaro SABIA de TUDO! E Agora?! + PLANO de Renan AVANÇA, e o IMPEACHMENT?

A mim, também!

domingo, 27 de junho de 2021

Em vez de jogar futebol, o clube Vasco da Gama tem outras preocupações: Vasco lançará camisa e mosaico em homenagem à causa LGBTQIA+ neste domingo

Na véspera do Dia Internacional do Orgulho Gay, o Vasco da Gama realizará série de ações para homenagear o movimento LGBTQIA+

Tauan Montalvão

O Vasco da Gama realizará diversas ações em homenagem ao movimento LGBTQIA+ neste domingo (27), na véspera do Dia Internacional do Orgulho Gay, que é comemorado em 28 de junho.

O Cruzmaltino lançará uniforme em apoio ao movimento e também exibirá um mosaico no Estádio de São Januário para fazer alusão à causa. As homenagens renderam elogios ao Gigante, mas por outro lado diversas pessoas questionaram o lançamento do uniforme.

Vale ressaltar que os ingressos virtuais do Gigante da Colina para a partida contra o Brusque também fazem referência ao movimento LGBTQIA+. A venda dos ingressos simbólicos foi iniciada neste sábado (26).

Segundo matéria publicada pelo Globo Esporte, o Cruzmaltino está mobilizado para evitar o vazamento do material que será divulgado somente no domingo, data em que o Clube enfrentará o Brusque na sétima rodada da Série B do Campeonato Brasileiro.

Título: JP e Tauan Montalvão; Texto: Tauan Montalvão, Vasco Notícias, 26-6-2021

Comentários:

Rod Dreher : « la meilleure chose à faire est de chercher à survivre tout en étant isolés »

Célèbre journaliste américain, chrétien orthodoxe de compétition et auteur de best-sellers comme Le pari bénédictin, Rod Dreher récidive et en tournée en France a accordé à l'Incorrect une interview fleuve drôle, violente, désespérante mais pas désespérée.

Jacques de Guillebon

Comparer ce monde « woke » au totalitarisme soviétique, n’est-ce pas un peu exagéré ?

C’est ce que je pensais, jusqu’à ce que j’aie rencontré des personnes venues d’anciens pays communistes qui m’ont dit : « Ce qui arrive ici aux États-Unis nous rappelle ce que nous avons vécu dans les pays que nous avons laissés derrière nous ». Et plus j’enquêtais, plus je voyais qu’ils avaient raison : les gens perdent leur travail, ont peur de dire ce qu’ils pensent, ont peur d’être mis au ban de la société. Comme dans l’Union Soviétique. On ne le voit pas, car notre conception du totalitarisme est définie par la guerre froide. C’est une grave erreur.

Rod Dreher, photo: Benjamin de Diesbach

J’appelle ça du totalitarisme « soft » parce qu’il ne s’accompagne pas des méthodes totalitaires anciennes, comme brutalité, torture, douleur et terreur. Mais ce totalitarisme doux atteint les mêmes buts avec des moyens libéraux. Les wokes conquièrent tour à tour les institutions, les médias, les maisons d’éditions, ou les académies. Dans son essence, le totalitarisme, c’est une société où une seule idéologie peut exister, contrôle le champ politique, et où l’intégralité de l’existence est politisée. Le totalitarisme peut exister dans une société démocratique libérale et capitaliste, c’est ce que nous sommes en train de découvrir. Un exemple : aux États-Unis, l’entreprise Oréo a commercialisé des « gay pride cookies » fourrés avec une crème arc-en-ciel. Même les cookies doivent être pro LGBT.

Si cette gauche woke a gagné le combat par des moyens libéraux, rien ne nous interdit de faire la même chose.

Le meilleur moyen de combattre le wokisme serait d’utiliser la raison dans le débat, mais ces gens sont dans l’émotion pure. J’aimerais vivre dans une société libérale où la liberté d’opinion, la liberté de religion, la liberté d’expression seraient défendues férocement. Mais devons-nous dépendre de méthodes illibérales pour défendre des valeurs libérales comme la liberté de parole ou la liberté religieuse ? J’étais à Budapest : Viktor Orban est un démon aux yeux des libéraux occidentaux, et pourtant, dans la Hongrie d’Orban j’ai trouvé qu’il était plus facile d’exprimer librement ses opinions que dans la majeure partie des États-Unis. J’y ai interrogé un professeur qui malgré sa détestation pour Orban avouait qu’il jouissait d’une liberté totale d’expression dans ses salles de cours et qu’il n’avait pas à craindre de représailles. Chose dont vous ne pouvez pas vous targuer aux États-Unis, même si vous êtes libéral. Chez moi, l’État se fiche de ce que vous racontez, mais votre université peut vous « canceller », vos étudiants vous attaquer, et vous ne serez plus jamais en mesure d’enseigner nulle part. Alors où est-on le plus libre, dans la Hongrie de Viktor Orban ou aux États-Unis ?

Viktor Orban a décrété que les études de genre ne seraient plus subventionnées dans les universités hongroises. Il y a dix ans, j’aurais désapprouvé, en pensant que les études de genre sont stupides mais que l’État ne devrait pas interférer avec le domaine universitaire. Aujourd’hui je crie : « Dieu bénisse Orban ! ». Car nous voyons l’emprise de la théorie du genre à travers toutes les institutions américaines. Et cette idéologie du genre est totalement intolérante.

Mais comment expliquez-vous que ce totalitarisme soft soit né dans les pays les plus libéraux et a priori les plus attachés à la liberté ?

[As danações de Carina] Cúmplice de mera encenação

Carina Bratt

AS PALAVRAS que eu queria dizer e não consigo, parecem encarceradas dentro da minha alma, como sal molhado em saleiro entupido de um desses restaurantes vagabundos de beira de estrada. Os meus dias se movimentam rápidos, numa dança tresloucada, como vestidos antigos de mulheres espevitadas passando lá embaixo, na rua e eu, aqui da minha varanda, me sinto vazia por dentro, oca, sem nada, incompleta, como uma desertora lunática perdida num mundo de pirados e birutas varridos de um hospício onde todos os amalucados se mandaram voando em quebradiças vassouras de piaçavas.

Os ponteiros do relógio de parede (um pouco acima da mesinha comprida com várias fotos de meu pai e de minha mãe) como duas flechas de um índio perdido no meio de uma floresta imensa (maior que o desmatamento da Amazônia), me apontam as horas em estado adiantado. Olhando assim, de relance, parecem me dizer que está prestes do ensejo de euzinha colocar as mãos na massa, parar de sonhar e seguir focada nas mil coisas urgentíssimas que preciso fazer no dia de hoje. Não é bem assim. Os ponteiros, na verdade, não me dão boas-vindas. Parecem, em contrário, me ameaçarem de uma forma enigmática que não consigo atinar com o que possa realmente ser.

Devo estar entrando na linha da neurastenia das moças quase às portas dos trinta e cinco. Faço parte de uma geração retrógrada vivendo como uma potranca menopauseada, solta num pasto agigantado, sem saber, ao certo, que direção seguir. Em minha cabeça, meus arquivos de imagens me confundem a memória. Há um embaralhamento de coisas e ideias, ideias e coisas, imagens retorcidas, distorcidas, trituradas, fragmentadas. Fatos passados e presentes que não se coadunam, ou não se harmonizam à minha realidade atual. Penso que deixei escapar um momento crucial que abandonei desperdiçado em algum ponto da minha trajetória.

Uma quadra única, que não capturei. De repente, pareço ter a sensação medonha de que desaparecerei do mapa, como a pequena e bucólica Atafona, embasbacada diante de suas ruínas cada vez mais gritantes, à mercê de um mar imenso e sem fim que não se cansa de gritar, ‘estou aqui, vou te levar para as profundezas de minhas entranhas’ Percebo, apesar de estar no conforto de meu apartamento, muros ensanguentados, paredes de fumaças negras e sujas e eu, perdida, sem rumo, sem norte, sem lenço, sem documento, dando uma de Caetano debaixo de caracóis sem cabelos para me agarrar.

[Antigamente] Telégrafo


Imagem retirada daqui.


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[Antigamente] Computador

sábado, 26 de junho de 2021

[Pernoitar, comer e beber fora] Adega dos Ramalhos

Fica em Alandroal, distrito de Évora, Alentejo, Portugal.


Chegamos para o jantar. A nossa mesa era na Sala Joaquim Bastinhas, onde só cabe a mesa, seis ou oito cadeiras e a decoração nas paredes. Sim, a temática da casa é a tauromaquia; várias fotos do proprietário com figuras ilustres dessa “arte”.

Mas vamos aos comes e bebes.
De entrada, o excelente presunto, queijinho e azeitonas. Sim, o presunto é excelente. Você pode comê-lo em várias dentadas, não tem essa de trincar e vir um pedaço do vermelhão e todo o fio branco, se é que me entendem…

O vinho da casa muito agradável. Tomaria mais um jarrinho, não fosse um detestável hábito dos restaurantes portugueses. Explicarei no final do artigo.

Pedimos:

Cozido de Grão com Carne de Porco do Montado, Farinheira de Estremoz e Borba IGP e Chouriço de Carne de Estremoz e Borba IGP*;

Secretos de Porco do Montado.

Do cozido, gostei muito dos “enchidos”. Quanto à carne não fez a minha cabeça. Senti falta de orelha, de chispe, de pata e etc de porco, partes que me desencaminham.


Por que Israel não pode se defender?

A inveja do sucesso de muitos judeus pode jogar lenha na fogueira, mas não explica o ódio a todos os judeus, inclusive os pobres

Rodrigo Constantino

Por que o povo judeu é perseguido há tantos séculos? Por que de tempos em tempos os judeus são atacados com tanto furor? E por que somente Israel, sob ataque de terroristas que lançam milhares de foguetes sobre a cabeça de seus cidadãos, parece não ter o direito de reagir?

Na tentativa de responder a essas questões, Dennis Prager e Joseph Telushkin escreveram Why the Jews?, em que procuram explicar a razão do antissemitismo milenar. Para tanto, refutam tentativas modernas de explicar o fenômeno, que negam o fator intrínseco ao judaísmo e partem para motivos exógenos, alegando causas sem ligação com a própria religião. 

Para eles, as teses de bodes expiatórios não se sustentam, pois o ódio aos judeus é singular. Outros grupos já foram alvo desse ódio, mas nenhum foi tão permanente, universal e profundo como o antissemitismo. Pensamos no Holocausto mais recente, e também a mais nefasta expressão desse ódio, mas ele está longe de ser um caso isolado. Ao menos em três ocasiões nos últimos 350 anos surgiram campanhas de aniquilação dos judeus: os massacres no Leste Europeu em 1648-49, o próprio nazismo e as tentativas de destruir o Estado de Israel por seus inimigos árabes.

Os acadêmicos buscam respostas nos fatores econômicos, na necessidade de bodes expiatórios, no ódio étnico, na xenofobia, no ressentimento gerado pela afluência e sucesso profissional dos judeus etc. O único fator que não usam para explicar o fenômeno é o próprio judaísmo e o que ele representa. Causas econômicas, como na Alemanha, podem explicar o fermento do ódio, mas não as câmaras de gás. A inveja do sucesso de muitos judeus pode jogar lenha na fogueira, mas não explica o ódio a todos os judeus, inclusive os pobres, perseguidos em várias épocas e locais.

Lula e as más companhias

Por pior que você seja, sempre há espaço para piorar quando certas pessoas passam a ser a sua turma

J. R. Guzzo

Procura-se desesperadamente na mídia, nas classes intelectuais e no Brasil civilizado, equilibrado e distante dos extremos, o candidato milagroso que vai ocupar a cadeira do “centro democrático” nas eleições para a Presidência da República em 2022; esse santo terá de arrumar uns 70 milhões de votos, ou coisa parecida, e salvar o Brasil de mais quatro anos com Jair Bolsonaro. Enquanto isso, continua intacto, e cada vez mais intacto, o problema real dessa história toda: o único candidato que pode vencer Bolsonaro é Lula. É melhor, portanto, já ir se acostumando. Como disse certa vez o ex-governador Leonel Brizola, vai ser preciso engolir de novo o “sapo barbudo”, com Lava Jato e tudo. O ex-presidente Fernando Henrique, por exemplo, já prometeu que vai engolir.

Fernando Henrique Cardoso, Renan Calheiros e Gilmar Mendes. Edição de arte: Revista Oeste

Quem mais, além dele? É o que será descoberto no decorrer da narrativa, mas desde já está claro que Lula, uma vez enterradas as ilusões do Brasil “democrático” e do seu candidato de “centro”, vai fazer um arrastão nesse pesqueiro todo. É a velha história, diria Lula: “Ruim comigo, pior com ele”. E é justamente aí, nessa rede em que vem de tudo, que Lula terá de prestar atenção durante a sua campanha — aliás, já está prestando. Lula, que raramente se esquece de dar prioridade a seus próprios interesses — e se comporta por fora como o homem que realmente é por dentro —, está pouco ligando para as virtudes de quem vier para o seu lado. Fernando Henrique é bom ou ruim? Para ele, tanto faz. Mas Lula se importa, sim, com os prejuízos que seus admiradores possam lhe causar. Por pior que você seja, sempre há espaço para piorar quando certas pessoas passam a ser a sua turma.

Lula quer voto, não quer amigos — e por isso não vai ficar exibindo em público gente empenhada em salvar o Brasil, a democracia e a felicidade geral da nação, mas que não é capaz de ajudar naqueles 70 milhões citados acima. Ao contrário: sem falar nada, e principalmente sem fazer nada pela frente, ele vai tratar, isso sim, de se livrar da aglomeração já formada ou a se formar em torno dele. É melhor não ser visto em certas companhias, não é mesmo? Renan Calheiros, por exemplo: como Lula, ou mesmo um gênio da política, poderia ganhar alguma coisa sendo visto ao lado de Renan Calheiros? Ele é hoje o autonomeado líder da oposição no Brasil; é o lulista-chefe para 2022, aparece mais do que qualquer político do PT e se tornou herói da mídia. Mas Lula, se pudesse, faria de conta que nunca viu Renan em toda a sua vida.

Vexame! Vasco tem 38,8% de aproveitamento nas 6 primeiras rodadas da Série B

Com apenas duas vitórias em seis partidas, o Vasco da Gama ocupa a 10ª colocação com sete pontos conquistados na competição

Willams Meneses

Na noite da última quinta-feira (24), o Vasco da Gama foi derrotado de virada por 2×1 para o Cruzeiro, no Mineirão, pela sexta rodada da Série B. Com o resultado, o Gigante caiu para a 10ª colocação, com sete pontos. Foi a terceira derrota em seis partidas.

Marcelo Cabo, foto: Volmer Perez/AGIF

Os outros três jogos acabaram com duas vitórias e um empate. Não resta dúvidas que o começo de competição do Gigante está muito aquém do que os vascaínos esperavam. Para se ter uma ideia, com os resultados, o Vasco tem apenas 38,8% de aproveitamento.

Sem embalar nos resultados, o Cruzmaltino começa a ver as equipes da parte de cima da tabela se distanciarem. O líder Náutico, por exemplo, que venceu todas as suas partidas até o momento, está com 16 pontos, nove a mais que o Vasco. Com isso, a equipe vascaína terá que correr atrás do prejuízo nas próximas rodadas.

Mercosul: Guedes afirma que Argentina barra acordos comerciais pretendidos pelo Brasil

'Brasil não vai parar porque há um presidente da Argentina que exige poder de veto', afirmou Guedes

Afonso Marangoni

O ministro da Economia, Paulo Guedes [foto], afirmou nesta sexta-feira, 25, que existem problemas no Mercosul porque o Brasil defende novos acordos comerciais, mas a Argentina, sob a prerrogativa de ter direito a veto no bloco, barra sugestões do Planalto. “Os ministros do Uruguai e Paraguai estão conosco”, pontuou o titular da Economia.

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

“Nós é que não podemos deixar que o veto de um governo argentino possa impossibilitar um acordo comercial nosso com o exterior. Nós queremos modernizar o Mercosul e vamos ter problema, porque a Argentina disse que exige o poder de veto. E o Brasil não vai parar porque há um presidente da Argentina que exige poder de veto”, afirmou Guedes.

Durante participação em uma comissão do Senado, o ministro Guedes disse ainda que a Argentina assinou carta com os ex-presidentes Lula (PT) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB) em que afirma que o Brasil ameaça o Mercosul.

“O embaixador da Argentina veio ao Brasil e escreveu uma carta, assinou um documento, junto com o ex-presidente Lula e com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, dizendo que o Brasil está ameaçando o Mercosul, quando é exatamente o contrário”, destacou Guedes.

Título e Texto: Afonso Marangoni, revista Oeste, 25-6-2021, 20h40

Deputada socialista é contra ‘falar mal’ de Bolsonaro

'Sou de um tempo em que o jornalista perseguia a verdade, e não as pessoas', diz a parlamentar

Artur Piva

A deputada Rosana Valle (PSB-SP) [foto] se recusou a “falar mal” do presidente da República, Jair Bolsonaro. A atitude manifestou-se durante uma entrevista à rádio Ômega, na cidade de Santos (SP), em resposta a um questionamento sobre a conduta do chefe do Executivo brasileiro em relação a membros da imprensa.

Foto: Divulgação/Redes Sociais

“Não vou falar mal do presidente, porque não é minha conduta”, disse a parlamentar do partido de esquerda. “Já tem muita gente falando mal, criticando, com discurso do ódio. Eu acho que os jornalistas não devem perder tempo com ‘disse me disse’, com fofoca. Eu não sou de fofoca, eu não vou falar mal.”

Rosana afirmou que foi eleita para trabalhar pela região. De acordo com sua declaração, ela atuou no jornalismo por 25 anos, em “um tempo em que o jornalista perseguia a verdade, e não as pessoas”.

Título e Texto: Artur Piva, revista Oeste, 25-6-2021, 19h

Carla Zambelli responde a Omar Aziz

[Pernoitar, comer e beber fora] Restaurante flutuante na Urca se destaca por vista dos cartões postais do Rio

Com vista para o Bondinho do Pão de Açúcar e para o Cristo Redentor, o "Flutuante Rio" atrai visitantes pela alta gastronomia e pela bela paisagem

Larissa Ventura


Imagine um restaurante flutuante na Baía de Guanabara, com alta gastronomia e a vista dos principais cartões postais do Rio de Janeiro. Pois este é o Flutuante Rio. Com embarque em um píer na Avenida João Luiz Alves, próximo à Mureta da Urca, o restaurante atrai visitantes por sua beleza.

Um dos grandes destaques do local é o pôr do sol, já que o local tem vista para o Bondinho do Pão de Açúcar e para o Cristo Redentor. 

Para chegar ao restaurante, é necessário pegar um translado que tem o custo de R$10 por pessoa, já incluindo a ida e a volta. Com funcionamento de terça a domingo, entre 12h e 20h, aos fins de semana o Flutuante Rio também oferece café da manhã, sempre das 8h às 10h30, com o valor de R$ 48 para buffet liberado.

[Versos de través] Conto de fadas

Florbela Espanca

Eu trago-te nas mãos o esquecimento
Das horas más que tens vivido, Amor! 
E para as tuas chagas o unguento
Com que sarei a minha própria dor.

Os meus gestos são ondas de Sorrento...

Trago no nome as letras de uma flor...
Foi dos meus olhos garços que um pintor
Tirou a luz para pintar o vento...

Dou-te o que tenho: o astro que dormita,
O manto dos crepúsculos da tarde,
O sol que é d'oiro, a onda que palpita.

Dou-te comigo o mundo que Deus fez!
- Eu sou Aquela de quem tens saudade,
A Princesa do conto: “Era uma vez...”


Título e Texto: Florbela Espanca

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sexta-feira, 25 de junho de 2021

CoronaVac não é adequada para combater a pandemia, diz primeiro-ministro da Itália

A fala ocorreu durante uma coletiva de imprensa em Bruxelas, na Bélgica, depois de dois dias de reuniões entre os líderes da União Europeia

Artur Piva

Nesta sexta-feira 25, o primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi [foto], afirmou que a “vacina chinesa” utilizada no Chile não é adequada para combater a pandemia, em referência à CoronaVac. De acordo com a agência Ansa, a fala ocorreu durante uma coletiva de imprensa em Bruxelas, na Bélgica, depois de dois dias de reuniões entre os líderes dos 27 Estados-membros da União Europeia.

Foto: Divulgação

“Discutimos sobre os vários tipos de vacinas e a constatação foi que a vacina russa Sputnik ainda não conseguiu e talvez jamais conseguirá a aprovação da Agência Europeia de Medicamentos (EMA), e a vacina chinesa, que nunca fez o pedido e que, em todo caso, a EMA nunca aprovou, mostra que não é adequada, vendo a experiência no Chile, para enfrentar a epidemia”, disse Draghi.

Título e Texto: Artur Piva, revista Oeste, 25-6-2021, 16h