FratresInUnum.com
Assistindo ontem ao vídeo-denúncia do Centro Dom Bosco acerca de um sacerdote que conclamou o movimento LGBT para
que auxilie a Igreja a desenvolver a sua doutrina, recordamo-nos de um
tipo de padre que se tornou bastante recorrente no clero conciliar dos últimos
tempos: os garotões de boa aparência e discretamente homossexuais que se
tornaram uma espécie de troféu para certos bispos, também homossexuais
enrustidos.
Como já comentamos em outras
ocasiões, a teologia da libertação sofreu uma corrupção interna, abandonou a
luta de classes para se entregar à revolução eco-homossexual e, assim, acabou
por produzir um novo tipo de militante, não mais aqueles personagens toscos e
mal-educados, mas uns rapazes com pose de galãs metrossexuais, mas que defendem
a homossexualidade como conduta e como discurso.
Praticantes de esportes
(musculação ou até crossfit), com barba serrada, bancando
intelectuais, performando equilíbrio e neutralidade, reproduzindo o discurso
oficial, ostentando certa sensualidade no olhar e nos gestos, os “padres-gatos”
comportam-se como acompanhantes de luxo e são as “meninas dos
olhos” dos seus superiores e, sobretudo, raramente dão escândalo.
Nesse sentido, são muito
diferentes daqueles padres homossexuais das décadas de 80, 90 e do início do
milênio, que ainda procuravam manter certa aparência de catolicismo e tinham
alguma reverência, ao menos idealista, por mínima coerência doutrinal. Agora,
não. Estamos no cinismo mais frio e descarado, no ceticismo confesso, na
completa indiferença. Este é o resultado do enfraquecimento intelectual
promovido por anos de desconstrução da teologia da libertação e do carismatismo
sentimentalista e irracional: eles não creem em mais nada, muito menos em
alguma moral que dê sustentação à fé.
A Rede Vida de Televisão é o exemplo mais notável: ainda contando com os da velha guarda, abrigando com frequência ex-padres, mais recentemente se viu tomada pelo perfil que descrevemos no artigo. Lamentavelmente, um deles até largou o sacerdócio para se unir a outro homem, até então pai de família.
Com modos burgueses, com
gostos burgueses, os senhoritos que distribuem fotos pelas redes sociais
adotaram como forma mentis o historicismo da nouvelle
théologie e da teologia da libertação: acreditam que a teologia é
filha do seu tempo e que a Igreja precisa “avançar” indefinidamente à marcha da
ética da sociedade. Se a moda é o igualitarismo feminino, devem-se ordenar as
mulheres; se é a liberdade sexual irrestrita, devem-se subscrever todas as
taras “em nome do amor”.
O progressismo é, em si, uma
crença acrítica e fanática em uma utopia de futuro que absolutiza a liberdade
em detrimento da razão; por isso, desconstrói toda ideia de determinações
morais como se estas fossem apenas imposições retrógradas que impedem o avanço
da história e estigmatizassem aqueles que possuem práticas contra-majoritárias.
Por detrás de palavras
aparentemente inteligentes e de discursos fingidamente articulados, os
progressistas encenam moderação, fingem que a verdade não existe e a
enclausuram num passado imaginário para contrapô-la a um futuro mais imaginário
ainda, futuro que parece ser verdadeiro porque é imposto como versão oficial
pela hegemonia daqueles que querem destruir a civilização cristã convencendo-a
a desistir de sua própria existência.
Hipnotizados pelo charme de
seus garotões, por anos sovados com este lixo pseudo-intelectual das faculdades
eclesiásticas, os bispos aliviam-se do impacto negativo exercido por aqueles
que parecem ser extremistas: os libertadores abertamente comunistas do passado
ou o clero católico raiz, que entre trancos e barrancos sustenta as suas
igrejas e a si mesmo por décadas, não deixando a fé descambar no mais absoluto
descrédito.
A fingida moderação dos
paquitos progressistas não passa de um teatro calculado para desorientar os fiéis
e deixá-los completamente à mercê da revolução doutrinal que estão levando a
cabo. De fato, aquele choque causado por homossexuais grotescos ou por
esquerdistas a la cubana é muito atenuado por rapazes de fala
mansa, por “bons moços” que parecem mesmo ser a voz da sensatez, mas que estão
apenas amaciando a estrutura eclesiástica para laceá-la complacentemente sob os
moldes da revolução.
Na verdade, os moços refinados
tão somente são desocupados que se encostaram na Igreja, parasitas incapazes de
construir qualquer coisa, atores que captam a benevolência dos desavisados para
capitalizá-la em seu próprio benefício, carreiristas que prostituem a sua
inteligência e se valem da sedução para subir na vida. Eles são ativos e
conectados, aparecem de alto a baixo na hierarquia e são facilmente encontrados
em tramas palacianas, das cúrias diocesanas até a cúria romana. São eles que
tiram fotos com altos prelados e cardeais, que são pelos pobres no discurso e
pelos ricos nos costumes. Vestem-se de clergyman tão
naturalmente quanto de camiseta e, nisso, mostram a sua completa
artificialidade e sua falta de convicção, ou melhor, a sua mais profunda
convicção: a de se promoverem à custa de serem loverboys de
batina.
Título e Texto: FratresInUnum.com,
30 de junho de 2021
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