sexta-feira, 18 de junho de 2021

A censura nas redes sociais beira o absurdo


A censura e os ataques à liberdade de expressão cresceram de forma tão absurda nesses infindáveis meses de pandemia que é difícil acompanhar. Num piscar de olhos, ficamos sabendo de mais e mais pessoas impedidas de publicar, curtir, comentar e compartilhar conteúdos nas redes sociais porque tiveram o perfil bloqueado. Isso quando publicações não são apagadas sem aviso prévio, como mostra a colunista da Gazeta do Povo, Cristina Graeml

A justificativa sempre é a de que houve infrações às regras da plataforma, sem qualquer detalhamento de quais foram, afinal, as regras desrespeitadas. O colunista da Gazeta do Povo, Rodrigo Constantino, por exemplo, reclamou recentemente de ter sofrido censura e ter sido punido com alguns dias de proibição de uso do Twitter por supostamente ter divulgado imagens de nudez no meio de uma live de análise política, coisa que obviamente não fez. 

Há poucos meses a empresária Renata Barreto teve duas publicações apagadas do Instagram sob acusação de que eram notícias falsas. Não eram. Ela tinha compartilhado matérias da Gazeta do Povo e da CNN sobre as "gotas milagrosas" anunciadas pelo ditador venezuelano Nicolás Maduro  como cura da Covid. O ditador realmente anunciou isso, tanto que a Gazeta e a CNN noticiaram e não tiveram publicações apagadas. 

E assim por diante. No fim de maio e começo de junho a perseguição veio forte sobre canais do YouTube  que deram espaço aos médicos que defendem o tratamento precoce de pacientes de Covid. Produtores de conteúdo com centenas de milhares (até milhões) de seguidores foram obrigados a deletar vídeos sob ameaça de perderem o canal, o acervo de vídeos e a comunicação com todos os inscritos. 

A censura a publicações, vídeos, perfis e canais tem, por si só, potencial de causar um estrago e tanto na vida de uma pessoa. Mas há outro aspecto também cruel: o fato de que estamos presos em casa e dependentes da tecnologia. Censurados, ficamos ainda mais isolados do mundo, mais reféns da mentira. E a mentira escraviza. 

Título e Texto: Gazeta do Povo, 18-6-2021

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