Haroldo Barboza
De forma
nebulosa, nossa trajetória política vem se “aprimorando” desde o princípio do
século XX. A cada década uma demanda tornou-se trampolim para iludir (embromar)
os oprimidos desprovidos de educação e conhecimentos para avaliar a coerência
das promessas esdrúxulas anunciadas pelos candidatos que a cada eleição
trocavam de posição entre as duas existentes: situação x oposição. Curiosamente
com diversos partidos (já passamos de 30 quadrilhas), apesar da lógica social
indicar um máximo de três.
Passamos
por promessas de extinção da seca, aprimoramento de ferrovias e portos,
desburocratização, impostos equilibrados, equipe pública enxuta, programas de
moradia para todos, transporte inteligente, segurança pública adequada, além de
hospitais e escolas de qualidade (com cursos técnicos) compatíveis com os
impostos extorquidos.
O grau de
alienação de nosso povo é tão elevado que os MESMOS, prometendo as MESMAS
falácias, se reelegem por mais de 8 vezes ao longo de suas carreiras
desonestas.
Nos
momentos eventuais em que surgiram lideranças “perigosas” ao sistema que oprime
a galera que se esfola de forma escrava, alguns “petiscos” foram oferecidos
para distrair a massa potencialmente pronta para tentar uma organização cívica
estruturada para reduzir as mordomias das ratazanas (herdeiros do século XIX)
que vendem até familiares para manterem suas polpudas riquezas adquiridas nas
“comissões” em contratos lesivos aos acomodados pagadores de impostos.
Por dezenas
de anos os mentores da desgraça popular concederam perdões de dívidas para
escolas de samba, clubes de futebol e templos religiosos que direcionam os
“fiéis” aos caminhos da estagnação educacional e profissional.
A TV tornou-se uma ferramenta de grande disseminação de “besteirol”, através de programas de auditório inócuos, novelas falindo valores familiares e séries de confinamento como BBBB. Rapidamente cortaram programas musicais cujas letras traziam alertas concretos sobre nossa opressão subliminar. “Bug bug bye, bye” tornou-se sucesso popular.
Valores
morais e familiares foram esgarçados para que a bandalheira geral se tornasse a
marca padrão que caracteriza nossa imagem ao redor do planeta. Passamos a ser
refúgio de ladrões que cometeram crimes em suas terras nativas e aqui chegaram
como grandes personalidades, cheias de grana conseguida ilicitamente. Eles
chamam nossa impunidade de “terra aconchegante”.
O assalto
ao trem pagador da Inglaterra é um belo exemplo desta prática indecente
regular. As cadeias abrigam “escritórios” dos criminosos, com mais mordomias
que hotéis 5 estrelas.
Já no
século XXI, passaram a usar os meios eletrônicos para “viciar” jovens em jogos
de “combates” e redes sociais saturadas de desperdícios, ao invés de enaltecer
atividades de pesquisas e invenções para reduzir custos de nossos produtos e
serviços.
Nossas
fronteiras desprotegidas servem de passagem para produtos ilegais para outros
continentes, obtenção de drogas, bem como aquisição de armamento pesado que
delimita nosso direito de circular dentro da localidade onde nascemos.
Se você
pensa que não dá para piorar, aguarde uns 9 ou 12 anos para começar a sentir
saudades do tempo em que foi possível frequentar praias e praças sem pagar
pedágio. Talvez permitam que os valores sejam descontados no imposto de renda,
até o limite de 0,5% de seu imposto devido.
Vai ter
gente batendo palmas com esta “vantagem” oferecida pelos generosos arquitetos
da nossa decadência cívica.
Nossa
sociedade é um colosso. Sobrevive no fundo do poço.
Título e
Texto: Haroldo Barboza, 18-6-2021
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