segunda-feira, 14 de junho de 2021

[Foco no fosso] Embromações - capítulo 3

Haroldo Barboza

Em se tratando de atos para o bem da população, normalmente o Brasil figura entre os 10 piores do mundo. Práticas herdadas desde os séculos XVIII e XIX. Não foi por benevolência humana que nossos escravos foram libertados, mas sim pela enorme pressão internacional, inclusive com ameaça de boicote comercial.

Mas os “bondosos” fazendeiros buscaram meios de evitar investir em salários dignos. Já naquela época inventaram os “descontos” sobre alimentação, medicamentos e moradia dentro dos “confortáveis” galpões erguidos em suas terras. Talvez até auxílio transporte sobre jegues doentios podem ter usado para abater os soldos dos agora cidadãos “livres”. Dá para acreditar que muitos tiveram de fazer horas extras na capinagem e nos estábulos para quitar os vestígios de débitos mensais. Modelo adotado pelo BNDES no financiamento/quitação da casa própria.

Sob esta pressão, os esfarrapados optaram pela aglomeração em quilombos erguidos em terras públicas improdutivas mais afastadas e elevadas, dando origem às atuais favelas sem estrutura gerenciada pelo poder público.  

Que ainda servem de trampolim eleitoral aos herdeiros destes antepassados “generosos”.

Título e Texto: Haroldo Barboza, 14-6-2021

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SUBJUGAÇÃO – parte 10 – provável futuro

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