quinta-feira, 10 de junho de 2021

[Foco no fosso] Embromações - capítulo 1

Haroldo Barboza

Candidatos a cargos públicos chamam promessas de projetos. Até podem ser. Mas ficam engavetados por anos. Tomam ar fresco quando sobem aos palanques. Nós os chamamos de embromações.

Tal prática vem dos primórdios, quando nativos deslumbrados com artefatos coloridos de metais ou chifres de elefantes, facilitavam o escoamento de nossas riquezas através dos navios estrangeiros em troca de tais bugigangas que os hipnotizavam.

Por receberem alimentos, medicamentos e água da generosa Natureza quase sem esforço (apenas esticar os braços), cultivaram a indolência que gerou a acomodação de seus herdeiros por diversas gerações. Por habitarem vasto território, não perceberam e não lutaram para evitar as perdas da terra ao longo dos séculos.

Os estrangeiros buscaram escravos africanos, mais resistentes aos estafantes trabalhos braçais a que eram submetidos à época. A produtividade manteve-se alta por vários anos e lucrativa. Com a aproximação da era industrial, os fazendeiros e donos de fábricas optaram por se livrar de seus subalternos (sem “indenizações”) promovendo a “libertação” total, criando uma imagem humanitária perante o mundo. E aproveitaram boa parte destes novos (escravos) para habilitá-los a manejar as novas ferramentas.

Título e Texto: Haroldo Barboza, 9-6-2021

Anteriores: 
SUBJUGAÇÃO – parte 10 – provável futuro 
SUBJUGAÇÃO – parte 9 – esgotamento dos recursos naturais 
SUBJUGAÇÃO – parte 8 – guerras lucrativas 
SUBJUGAÇÃO – parte 7 – falências controladas 
SUBJUGAÇÃO – parte 6 – consumo direcionado

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