quarta-feira, 30 de junho de 2021

Contos loucos dos moucos (LVXI) – O sogro respondeu

Se cruzaram na Praça das Nações, em Bonsucesso. Conhecia o sogro há pouco tempo, coisa de mês e meio, quando foi apresentado a ele pela filha, Flordelis. 

Então, cumprimentou o sogro com alegre cordialidade:

“Bom dia!” E perguntou cordialmente: “Tudo bem?”

E o sogro respondeu:

“Não ando muito bem, veja só, não bastava a insônia, a pressão alta e as dores no quadril esquerdo, agora é uma puta dificuldade para cagar. Tenho que forçar pra cacete!...”

O genro: “Pô, que chato!...”

“Pois nem queira saber, é comprimido de manhã, no almoço, no jantar, ao ir dormir… quer ver que vou ter que tomar outro por causa desta forçação?!”

O genro: “Pô…”

“Às vezes sinto uma pontada aqui no baço… não sei o que pode ser. A patroa acha que pode ser apendicite…”

O genro: “É, pode ser…”

“Minha sobrinha, que é enfermeira, já me falou pra eu marcar com o doutor Lázaro, ver se ele me receita alguma coisa…”

O genro: “É…”

“Porra! Já é quase meio-dia… tenho que fugir deste sol torrador… vou pegar o 482 pra a Vila da Penha… a galera está aprontando um arroz carreteiro e assando uma costela…”

O genro: “Tá ok.”

Anteriores: 
(LVX) – Carolina 
(LVIX) – Achado perdido 
(LVIII) – Encontro inesperado... 
(LVII) – Selinho sem graça 
(LVI) – Segunda-feira 

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