quinta-feira, 3 de junho de 2021

Contos loucos dos moucos (LVII) – Selinho sem graça

Quinta-feira. Ela se aprontava para ir para o aeroporto pegar o avião para a sua cidade.

Ele sentia algo no ar. Frieza, distanciamento (não o social da moda atual). Suas tentativas para encetar diálogo foram em vão.

Na ida para o aeroporto, silêncio. Pesado.

O beijo de despedida, um selinho sem graça nem gosto.

Voltou para casa bolado.

É verdade que não era a primeira vez que a despedida era amuada. Temperamental, era ela.

No armário dele ela deixava roupa e outros acessórios pessoais, de modo a não ter que transportá-los sempre, de lá pra cá.

Quando chegou em casa, logo foi conferir o armário. Abriu-o. Ela não deixara nada, ela levara tudo.

Anteriores: 
(LVI) – Segunda-feira 
(LV) – Aquele domingo 
(LIV) – São Larapial 
(LIII) – Era de manhã 
(LII) – Nunca mais esqueci aquele sinal 
Je ne parle pas français 
(L) – 27°C

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