quarta-feira, 23 de junho de 2021

À escolha: jornalista ou papagaio

José Mendonça da Cruz

Os jornalistas que anunciam que a DGS (Direção-Geral de Saúde) tem telefones de contacto deviam experimentar contactar a DGS por telefone. Se não o fizerem antes do anúncio são papagaios de propaganda, não são jornalistas. 

Os jornalistas que anunciam que está disponível no site da DGS um dispositivo para marcação de vacinas deviam experimentar o dispositivo de marcação antes do anúncio. Se não o fizerem, não são jornalistas, são papagaios de propaganda. 

Os jornalistas que anunciam que os vacinados com AstraZeneca terão antecipada a administração da 2ª dose deviam contactar a DGS (para o telefone ou site que anunciaram) ou o seu centro de saúde antes do anúncio, e, ficcionando um caso real, inquirir da tal antecipação anunciada. Se não o fizerem são papagaios de propaganda, não são jornalistas. 

Os jornalistas que anunciam vacinações «de porta aberta» devem tentar usar a porta (tendo as condições exigidas, ou acompanhando-se de alguém que as tenha) antes de anunciarem que está aberta. Se não o fizerem não são jornalistas, são papagaios de propaganda. 

Os jornalistas que anunciam que algum serviço público, alguma repartição, alguma instituição do Estado -- seja central ou autárquica -- disponibilizou algum telefone, ou site na Net, ou endereço de e-mail para rápida solução de algum problema, devem, antes do anúncio, tentar utilizar o telefone, o site ou o endereço para verificarem a rapidez ou as facilidades que obtêm. Se não o fizerem são papagaios de propaganda, não são jornalistas.

Título e Texto: José Mendonça da Cruz, Corta-fitas, 23-6-2021

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