Aparecido Raimundo de Souza
OS CAROS LEITORES E AS PREZADAS SENHORAS que nos acompanham, saberiam dizer, com precisão britânica, o que
aconteceu (de ruim, ou de danoso) com a
figura do ex-presidente, ou melhor, com o
(ainda ladrão do povo) Michel Jackson Temer, aquele grotesco que andava
de nariz em pé, como se fugisse, com a sua saliência piramidal, do meio de
um forte cheiro de merda? Fazemos
referência ao verme que “teria” desviado 1,8 bilhão para seus bolsos. A famosa
e desoperante “Lava Jato”, jatinhos e jatões, entre outros aeroplanos de menor
porte, acusou, na época, esse desbriado, de chefiar uma organização criminosa e
estar à frente dela, há mais de quarenta anos.
E perguntamos: essa acusaçãozinha de nada, deu em quê? Em porra nenhuma.
Essa é a mais pura verdade. Em porra nenhuma! Tudo acabou em pizzas, vez que,
por problemas de idade, Michel Jackson Temer, rei da baderna “pop-foda-se o
Brasil, o que conta é meu estado democrático de muito dinheiro em minha conta
num paraíso fiscal que jamais a justiça conseguirá botar as mãos”, parou de
comer carne vermelha. A esposa dele, a parosbélica Marcela, em face dessa
abstinência forçada, resolveu dar sorrisos mais Close Ups que Colgates para o
jardineiro. Até aqui morreu Cézar. Insistimos, então, na pergunta: por que não
deu em nada?!
Simples! Entrou no meio da fuzarca, o não menos famoso “jatinho
brasileiro”, perdão, senhores e senhoras, entrou no meio, o “jeitinho
brasileiro”. Com o “jeitinho brasileiro” e o jatinho voando a céu aberto,
salpicado com nuvens de brigadeiro e muita propina encobrindo todas as chicanas
do safardana, o desvio que ele fez, virou “não fez”, e, em resumo das contas,
acabou se transformando numa palavrinha
bonita de se ler e de se pronunciar, qual seja, “TERIA”. Com esse
“TERIA” em cena, e muitas verdinhas nas mãos dos Poderosos, as tramoias e os
embuços foram parar debaixo dos “tupetes” de seus tapetes. Isso mudou toda a
história.
Os senhores devem se recordar, mesma pancada nos “oios”, o vagabundo foi encanado no meio da rua, ou
mais precisamente no Alto de Pinheiros, Zona Oeste de São Paulo, em 21 de março
de 2019, numa abordagem (com prazo de
validade para sair), quando o mafioso deixava a toca, perdão de novo, quando
saia da sua mísera casinha, na Praça Norma G. Arruda, perto do Largo da Batata.
A “Porlícia Fedemal”, fez um trabalho bonito, coisa para ser tachada de
cinematográfica com toda a produção de elite dos estúdios de Hollywood. No
instante da interceptação do manhoso e ladino personagem, um babaca enjaquetado
com as insígnias da PF, sigla de (Prendi
a Fera), assumiu a direção do fusquinha e Michelzinho, com o semblante de
donzela deixada na Major Sertório, ainda
se viu no direito de fechar a porta traseira, para não ser fotografado, ou
avacalhado, ou no pior dos quadros, viado...
Viado não, vaiado.
Se o ex levasse ovos podres no meio da fuça, como nossos “onrados”
miSInistros do STF, conhecido entre a clã miúda como “Sistema de Tarados
Fofoqueiros”, talvez criasse vergonha. Uma coisa é incontestável. Se o povo
brasileiro tivesse brio na cara, honrasse a consanguinidade da sua
terra-pátria, Temer, naquela hora, deveria ter sido retirado aos tapas, do seu
carrinho e tomado uma boa e memorável surra de cinta, na bunda e nos costados,
para aprender a não afanar e viver como os humildes que ele tanto espezinhou e
zombou. Para quem não se recorda, Temer se viu encarcerado junto com outros
dois quadrilheiros, João Baptista Lima Filho, o (Coronel Lima) e Wellington
Moreira Franco.
Coronel Lima, como do saber geral, é amigo pessoal de Michelzinho, e, em
razão disso, o apontaram como operador (sem ser médico), operador financeiro do
ex-vigarista. Segundo o MPF, ou (Muitos Parasitas Fuxicando), na época, a
empresa dele, a Argeplan, participou da “Li-sem-citação” para a obra da usina
Nuclear de Sangla 3, e o fez apenas para repassar (kikikiki) valores à Temer. A
Argeplan não “argia” dentro da lei, não dispunha de qualificação técnica para
atuar na área, nem na cozinha, e só “TERIA” conseguido se associar as demais
empresas (como de fato se associou), por influência política sobre o presidente
da Eletronuclear, Othon Pinheiro.
A outra figura dantesca, ou burlesca, Wellington Moreira Franco (de
Franco, só o nome), se fez importante. Primeiro, galgou o ministério das Minas
e Energias. Depois se mudou de mala e cuia para a prefeitura de Niterói. Em
seguida, saltou para governador do Rio de Janeiro, chegou a deputado federal,
voltou a peidar cheiroso como ministro-chefe da Secretaria de Assuntos
Estratégicos, e ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil. Não contente,
aterrissou ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência. Franquinho, nessa
correria toda, “TERIA” atuado para que a Engevix pagasse gorjetas no âmbito do
contrato para as obras da usina de Sangra 3. Bota sangra nisso...
Por falar em sangrar, Sangra 3, juntamente com a Sangra I e II seguem
vazando até hoje. Jorram aos borbotões, dinheiro público, grana do povo,
explodem e pipocam mais que as feridas abertas por todos os nossos deputados,
senadores, governadores e miSInistros. Enfim, aquela súcia de bandidos que
habita a linda e esfuziante Brazzzilia, com seus palácios e palhaços, reis e rainhas, cavalos e éguas,
putos e putas soltos no enorme pasto de excelente capim, conhecido como
Planalto Central, segue rindo de nossas elucubrações, e, para deixar o cenário
ainda mais nevrálgico, nenhuma mudança para melhor aconteceu no Castelo da
Dinamarca. Pois bem.
Voltando ao Temer, ficou cristalinamente provado e comprovado, na ocasião
da “prisão entre aspas”, pelo procurador Sergio Pinel (que acabou pinel) e, a
depois, pelo Eduardo El Hage, que todas as bonificações ou se os senhores e as
senhoras preferirem, todos os subornos, as bolas, as molhaduras identificadas,
ou que serviram de objeto direto de denúncia
(que pasmem!, até hoje, ainda estão sendo rigorosamente
“desinvestigadas”), chegaram a essa pequena parcelinha ínfima de R$ 1.8 bilhão.
Visto pelo outro lado da ótica, o circo armado em torno da prisão de
ventre de Michel Temer, feita pelo representante do MPF, ou (Mamãe Passou Farinha), bem como a
autorização do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de
Janeiro que o mandou para ver o sol
nascer quadrado de mentirinha, só para dar uma “sastisfassssão” à sociedade,
acabou como era de se esperar, em carnaval. É possível que daqui a alguns dias,
no desabrochar das folias de 2020, tenhamos um bloco especial dentro de uma
dessas escolas de samba famosas desfilando na Marques de Sapeca-ai, que eles,
com Temer, Coronel Lima, Moreira Franco, Maria Rita Fratezi, Carlos Alberto
Costa Filho, Carlos Alberto Montenegro Gallo, Vanderlei de Natale e Carlos
Jorge Zimmermann Sapecarão por lá.
O que estamos querendo sinalizar aos amados leitores é que a fabulosa
delação de José Antunes Sobrinho, dono da Engeviz, revelando (que desde 2014) o
esquema de corrupção na construção da Usina Nuclear de Sangra 3, foi coordenado
pelo ex-presidente (ainda meliante) Temer, e “TERIA” (olhem o “TERIA”, de novo, em jogo) em barganha, como
recompensa, um contrato de R$ 162 milhões da empreiteira com a Eletronuclear.
Segundo o juiz Bredas Turismo, mil perdões pela gafe, pelo juiz Marcelo Bretas,
a prisão “vem que eu pago” do ex- Michel “foi para garantir a ordem pública,
levando em alerta vermelho os crimes que ele “comometeu” continuarem em trânsito
engarrafado congestionando a nossa imbecilidade, e, quem sabe, mais hoje, mais
amanhã, mais nunca, cheguem a seu
destino, abduzidos para algum planeta ainda não desvirginado por nenhum rato de
esgoto.
Realmente, o que vimos, saltou aos escárnios da turba em polvorosa. Prevaleceu não a garantia da ordem pública,
mas o endosso da desordem pública e os crimes, que magicamente viraram cremes.
Dito de forma mais objetiva. Os crimes de Michel Temer se transformaram em
pasta cremosa que os foliões passarão em seus rostos, para aparecerem bonitos
nas selfies de plantão dos babacas frequentadores do Sambódromo. Com isso,
caros leitores e prezadas senhoras, que nos acompanham, com Michel Jackson
Temer não aconteceu nada de ruim ou de danoso. Pelo contrário. O sujeito
continua por aí, belo e formoso, vivendo a sua vidinha de rico-abastado,
desfrutando de tudo o que “mamou” impondo a sua figura hostil, nariz
empinado... Entretanto, apenas usando uma trajetória mais amena, mais lenta, se
mantendo longe dos holofotes e dos paparazzos de plantão.
Talvez, algum dia, quando se posicionar tão ou mais rico que a empresária
angolana Isabel dos Santos (aquela que deu uma pernada na Sonangol), volte a
brilhar, levando em conta que o proletariado não possui memória, e, a mínima da
qual dispõe, não se distende além de um mísero cérebro de barata. A massa
encefálica da ameba é danosa. Faz com que as criaturas se esqueçam, facilmente,
das porradas que receberam. O respaldo social pode até prevalecer em
decorrência dessa falha, divorciando para outros ventos mais brandos, as
insatisfações populares do jargão “FORA TEMER”. Quem sabe, daqui uns quinhentos
anos, a plebe acorde do marasmo, a gentalha tome tenência e reaja, honrando as
calças. Somente assim nos distanciaremos definitivamente das desgraças deixadas
por esse imbecil e as vindouras, de outros tantos mais que vierem a mostrar o
rabinho. Isso se o “TERIA” não voltar a cagar. Nosso Deus!... Voltar a Carga. A
carga.
Título e Texto: Aparecido
Raimundo de Souza, de
Curitiba, no Paraná. 24-1-2020
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