Aparecido Raimundo de Souza
SE PARARMOS UM INSTANTE para pensarmos no assunto, chegaremos à conclusão de que realmente somos
todos personagens da lendária Tróia da Mitologia contada por Homero em seu
épico poema. Alto lá. Como assim, personagens da lendária Tróia, indagarão os
senhores? A resposta é simples como arrancar o sorriso de um morto dentro de um
caixão na hora do seu velório. Vivemos como prisioneiros numa cidade cercada
por paredes altas e intransponíveis, a mercê de um rei que não manda muito nem
pode nada.
Um rei falido, tipo um zero à esquerda. Aliás, um zero à esquerda vale
mais que uma MP (ou Medida Provisória, conhecida nos meios políticos como
‘Maria Pirueta’, vez que só serve para dar cambalhotas e reviravoltar o que
está quieto). Voltando ao rei, esse soberano sem trono e coroa, de calças
curtas e fundilhos borrados, apenas tenta, aos trancos e barrancos, lutar
contra os benefícios e interesses de meia dúzia de magnatas para ingleses
verem, fingir dar forças a seu povo sofrido, pugnando de unhas e dentes para
que a maioria dos seus súditos não entre em um colapso de desespero, ou caia,
de vez, no abismo imensurável que está logo ali à frente.
Hoje, bem ou mal, ainda temos um Príamo, e sabemos que podemos contar com
ele para o que der e vier. Desde que o ‘der e vier’, não venha. Como assim, não
venha?! A resposta também está gritante. Dispomos de um Príamo velho, de olhar
cansado, carcomido pelos anos, as costas envergadas, os passos lentos, a cabeça
branca, com poucos fios de cabelos. Um herói, ‘eroi,’ derreado, vencido,
tolhido pela esperança que há muito não vigora em suas veias.
Sua majestade e pompa (pela falta do agá), não caminham além do imenso
portal trancado a sete chaves, e, dentro desse círculo concêntrico, uma cidade
inteira sitiada, assediada, amedrontada, incapaz de se levantar da sua
morbidez, escancarar o peito, ou a sua cara de tacho, um palmo que seja além
das sisudas paredes que a circunda. Essas paredes são mais altas e extensas,
dimensionadas tipo aquele colosso que separava as duas Berlim na pacata e
serena Alemanha de Ludwig van Beethoven e dos irmãos Grimm.
Lá fora, do lado que se avista o pélago salgado, existe um descampado a
céu aberto, e acreditem bem aberto. Um vazio pior que o rombo ‘rambado’ da
Previdência e não só isso, cercado de medos e mistérios, pavores e assombros
esvoaçando por sobre esse oceano abissal cheio de enigmas, e, para completar,
empanturrado de bichos de sete e oito cabeças que, igualmente, se perdem sobre
as águas profundas e turvas do Mar Egeu.
Na praia, enfeiando a paisagem bucólica, além dos guardas, das numerosas
sentinelas, dos arqueiros com suas flechas poderosas, dos “hércules”
quadruplicados e suas espadas a serviço de qualquer coisa que renda uns
trocados, nada além que se possa fazer uma bela foto com um celular grudado num
pau ou numa pica de selfie. Uau! Quase nos esquecíamos. Existe um senhor que
habita e detém o poder de tudo, inclusive o arbítrio sobre o chefe soberano que
preside ou pensa mandar em tudo que vê diante de seu nariz.
Seu nome, por favor, marquem em seus apontamentos. Dias Meses e Anos
Totoauauffoffoli. Outrora seria esse ser músmuco, a figura de Agamenon, antigo
rei de Micenas. E como ele, não estaria sozinho, nem se faria presente
desacompanhado. A seu lado, braço direito, esquerdo, de frente, de costas, unha
e carne, seu irmão Menelau, rei de Esparta. E quem seria Menelau? Com certeza
outro rugoso, desta feita, o ‘onrado’ Luiz Fusxca. Luiz Fusxca tem um rol maior
que a Lista de Schindler, ou relação de consanguíneos metidos até os cabelos do
pescoço, em francês, na panelinha, e, pasmem, prontos para virarem comida de
“afaste-e fo’o’de”.
São eles, Ceulso de Melo Melado (apelidado de deucano, exatamente por ter
dado o cano num punhado de gente, inclusive nele mesmo), Marcou Aurélio
Dicionário, Gemeumal Prendes, e Ridocardo Lewaetrazdowski. Existem algumas
jovens peraltas. Na verdade, primas. Fazemos referência às brogádigas Cárnem de
Segunda Lúcia e Rosa Murcha Webersite.
Claro que na história de Tróia, não poderia faltar às imagens ou as
fachadas dessas mulheres mercadantes, perdão, marcantes, para dar mais ênfase à
confusão, além de Helena. Oxalá, temos Cármem e Rosa Murcha...
Quem seria essa Helena?! Senhoras e senhores, Helena, não outra senão a
esposa comiscosa de Menelau, que, por sua vez, fascinada pela beleza de um dos
filhos de Príamo, Páris-França-Camamu, por ele se encantou, e, causa oriundada
desse deslumbramento fulminante e imaturo, teve inicio uma guerra que durou
mais de dez anos. Uma galera bate o pé e diz que o furdunço vem se prolongando
até hoje. Outra corrente bate com os quartos das suas respectivas bundas
endossando que desde que o brazzzil passou a ser um punhado de intocáveis
ratazanas. Não temos certeza, quanto a isso. Pelo sim, pelo não...
Pelo não, pelo sim, mais pelos três, nesse balaio de gatos com gatos
fugindo pelo ladrão... Não, gatos não, apenas um CAVALO. Nesse açafate de
cavaleiros e amazonas comendo e bebendo às nossas custas, dentro do CAVALO, a
questão que gostaríamos de trazer à tona é: quem seria a Helena dos dias
atuais?! Dilminha? Lauriete, Soraya Manato? Magda Mofatto (aquela que mofou?!),
Gleisi Hoffmann? Luiza Erundina?, Flordelis? Tudo leva a crer e cremos que a
nossa Helena, hoje, seria enfaticamente representada pela catastrófica
Brazzzília, a linda e foderosa (desculpem, poderosa) capital do País.
A jovem beldade que apesar de quase bancarrotada, todos querem ter ao
alcance do que vive escondido dentro das sungas, cuecas e sutiãs. Ela, Helena,
se apaixonou não por um, como conta Homero, mas por uma cambada de poderosos. E
todos a querem no sofá, dentro do armário, em cima do fogão, na cama da
empregada, no banco da praça, sem a dupla sertaneja Bruno&Marrone que deu
um trabalho desgraçado ao guarda que os pegou dormindo de mãos dadas. Quem a
possuir, se tornará seu amo e senhor e a governará com mãos de ferro, como
aquele general ‘Deuem-Milio Garrafa-azul Médici’, sem o na.
Com o na, seria Médici (na). Em nome dessa gazela com ares de adolescente
pomposa e desatinada, outros dominantes e machuchos entrariam na fila (pior que
a do SUS) e prometeriam derramar até a última gota de sangue dos babacas e
boçais de plantão que apoiassem meia dúzia de miSistros nem que para isso
carecessem destruir famílias, lares, e tirar nos tapas e beijos à
prova dos nove, comendo com farinha as próprias peles de suas entranhas
chaminés traseiras e a falta de pejo dos fracos e comprimidos, desculpem,
amados, oprimidos.
Tudo pela posse de Helena. Por ela os varões e bastões mandados se digladiariam.
Fariam verter por terra as suas máscaras e mostrariam os verdadeiros rostos sem
as tendências incógnitas de serem taxados, ou aferidos “a depois”, de veados de
pracinhas de periferias. Puta que pariu! Aí, senhoras e senhores, o que
teríamos? Nada além de uma insustentável podridão da leveza do ser na sua
melhor força de expressão e vida. Vida essa que seguiria com todas as fraturas
expostas à visitação pública, notadamente do insigne Kundera e suas ‘orríveis’
“Piada’”.
Nesse instante da cortada do bolo de chocolate, encontraríamos caras e
bocas com bocas e caras escancaradas e cheias de ganâncias. Enxergaríamos
frente a frente, o desamor, e a discórdia, a inclemência e a perfídia, o
descaso e a felonia. Os homens, por Helena, desculpem, por Brazzzília perderiam
a alma, o brio, a hombridade, a soberania, as pregas. Manchariam um pouco mais
a assuetude, a moral e, para completar a sacanagem, cuspiriam no bom senso. Em
nome de Helena, se poria a perder não só a ideologia de Kubitschek ou
‘Kubriuocheque’ grosso modo (Juscelino) e, de roldão, mandariam para os raios
que o partisse, o mundo.
Em linha paralela tentariam com os conhecidos e apelidados buchas de
canhão, corruptela de ‘bichas de canhão’, dentro do CAVALO, sempre de dentro do
CAVALO, conquistar e esmagar, triturar e dilacerar os pequenos, usque, ainda, a
pisotear os espedaçados e, sobretudo, derrubar as muralhas da famosa Tróia,
lugar onde vivem os depauperados, os amargurados e tripudiados pela consumação
anunciada da infortunada MÁ SORTE.
Outra pedra importante apareceria no quebra-cabeças: Aquiles. Aquiles, da
Iliade do já citado Homero, lutando brabamente (além de bravamente) ao lado de
Roberto Carlos Barroso, e Edson Arantes do Morremento Fachim. Esse
concuspicioso protagonista camaliosamente aquilátero desafiaria o filho meio
macho, meio gay, de Príamo, o príncipe de Tróia, para um combate mortal,
colhões a colhões. Quem vencesse, comeria o Cavalo inteiro, com tudo dentro e
ainda palitaria os dentes com as sobras de Tróia e levariam a melhor, HELENA.
Voltando ao Aquiles, esse chinfrórico metido a Brad Pitt, nessa hora,
tanto poderia ser o Alex&alexandre de Moraes, metamorfoseado, como nada o
impediria de aparecer em cena com a cútis pintada a maneira de Dias Meses e
Anos Totoauauffoffoli, nosso ‘i-lustre’ representante do STF. Apenas para
lembrarmos os senhores, lustre, é a mesma coisa que candelabro. Vemos muito
essas peças em velórios. Geralmente pintam em público com uma vela acesa no
rabo. Voltando ao foco do STF. STF significa (ou passaria a significar),
Superior Tribundal Falido.
Falido, de fatigado, ou aquilo que se viu fendido, fenestrado, ou falhado
ou ainda, que se fracionou. Se grafássemos Superior Tribundal Fodido,
estaríamos sendo jocosos demais. Cômico aos extremos, engraçados e divertidos,
descendo, em razão disso, aos píncaros da mórbida insensatez dos abandonados às
raias comuns da desmoralização. Não somos desmoralizadores. Por tudo quanto aqui dissemos, nosso Sapa
Tenis Furado, ou (STF) é uma casa de mãe putana.
Perdão, de novo. Mil perdões. O STF é o Cavalo de Tróia dos tempos
modernos. O STF é a espelunca de mãe joana que foi dada a nós, representantes
da ralé miúda, dos quebrados e esqueléticos sem futuro, e fim de papo. O STF é
ainda a Tróia trolha, a mussuba sulambrada do nosso século. Um pardieiro
chapoletado que merece todo nosso mais sósósósólililili (Lili, como você
emagreceu!) ólido espeito’. Perdão, senhoras e senhores. O ‘s’ e o ‘r’ foram
assaltados quando se juntavam ao seu ólido espeito. Com todo espeito, portanto,
nada mais temos a dizer ou acrescentar.
Título e Texto: Aparecido
Raimundo de Souza, de Vila
Velha, no Espírito Santo. 14-1-2020
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