Henrique Pereira dos Santos
Numa peça do Observador,
lê-se: "No Irão, o estratega militar Soleimani era uma das figuras mais amadas, um herói do regime. Prova disso foi o funeral do general, presidido por Khamenei e com a presença de milhares de iranianos nas ruas, que choraram a morte de um líder.".
Estas coisas acontecem, é
certo, e eu não gostaria de ser injusto para com o jornalista, mas admitir como
prova de amor do povo a um dirigente, a presença de milhares de pessoas no
funeral de um dirigente de um regime autocrático, parece-me que é ir longe demais
para um jornalista.
Por essa ordem de ideias,
quase todos os ditadores do mundo são amadíssimos pelos seus povos, a julgar
pelas milhares de pessoas em manifestações promovidas pelos respectivos regimes
(os exemplos não faltam, desta a triunfal deslocação de Marcelo Caetano a África, já quase nas vascas do
regime, até ao enterro de Fidel Castro).
Título e Texto: Henrique
Pereira dos Santos, Corta-fitas,
13-1-2020
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