Carina Bratt
Como eu disse no texto
anterior, falaria, nesse domingo, dando continuidade aos “fetiches”, e traria à
dança das loucuras entre quatro paredes, alguma coisa sobre o “CHEIRO”. Seria
ele, uma válvula de escape igual ou pior que os cabelos? Sem dúvida alguma,
acreditem, o cheiro também pode ser um fetiche. Muitas pessoas se sentem
estimuladas ou atraídas sexualmente por diferentes tipos de odor.
Evidentemente, o que cheira
bem para uma pessoa pode não ser tão bom para outra. “Muitas mulheres
europeias, por exemplo, não raspam as axilas nem usam desodorantes ou perfumes,
ou qualquer outro tipo de disfarce porque os machos dessa linhagem se afogueiam
ou se acirram com o aroma natural do corpo da sua cara metade” De (O poder de
ser imperfeita), de Jessica Honegger.
Ainda que esse bálsamo
malcheiroso esteja ligado ao fétido bacalhau, ou cachorro molhado não importa.
Uma desgraça, podem estar certas disso. Outras catingas passam a ser agitadas
devido as associações de pessoas. O ajuntamento em locais fechados encabeça a
lista. Logo em seguida, aparece o cheiro animalesco por cavalos. Dizem os
entendidos que o cheiro dos cavalos é extremamente estimulante para certas
pessoas (entre elas as águas, as potrancas, Kikikikikiki).
Uma mulher admitiu
recentemente em rede nacional, no “Programa da Eliana”, exibido aos domingos,
pelo SBT, “que ficava sexualmente excitada com o mais leve cheiro de cavalo”.
Isso, vejam bem, reproduzindo palavras dela, “acontecia aparentemente porque a
sua primeira experiência sexual, da qual ainda conservava uma impressão muito
viva e forte, ocorrera num estábulo”.
Ela se apaixonara, não pelo
rapaz que cuidava de um certo mamífero herbívoro, tampouco pelo local onde o
animal era tratado, a estrebaria. Ela
tinha uma queda muito vigorosa e obesa, grossa e taluda, não propriamente uma
queda, um tombo completo pelo garanhão. Em outras palavras, ela, “as
escondidas, transava com o elemento (aqui o elemento não outro, senão o cavalo,
e o fazia altas horas da noite), no anuviado do absconso das demais pessoas”.
Nesse contexto, e seguindo
essa linha de pensamento, posso afirmar, sem medo de erro, um determinado
perfume pode lembrar ao homem a primeira vez dele. Isso porque uma certa
quantidade de fetichismo está presente no ornamento sexual de todo mundo. O que
quero sinalizar com isso, caras amigas? O óbvio! Certas pessoas não conseguem
ter prazer numa atividade sexual que não esteja incluído algum tipo de fetiche.
Algumas são tão doidas
varridas, tão sem noção, que podem até desistir da cópula e outras pelejas
sexuais com seus parceiros e reagir somente aos fetiches. Para vocês terem uma
ideia mais ampla, existem pessoas que desenvolvem um sentimento fetichista em
relação à indivíduos aleijados ou deformados, estropiados ou paralíticos. Na
verdade, o tipo de deleite escolhido provavelmente não é tão importante para a
saúde ou para o desempenho cem por cento sexual de alguém quanto o lugar
exclusivo que o fetiche pode ocupar na vida sexual dela.
Guido Palomba, em seu livro
“Insania furens” relata que algumas ex-pacientes suas somente alcançavam o
ápice da relação sexual com seus parceiros, “quando estavam (na hora do ato em
si) mordendo ou chupando uma cenoura. Outras se prendiam acirradamente a
devorarem mandiocas cruas e bananas com cascas”.
Karl Jaspers em “A questão da
culpa” enumera uma série de fetiches onde certos homens, para chegarem às
portas do gozo, careciam tomar uma série de dedadas na mística cavidade retal.
Somente dessa forma, junto com as suas parceiras, chegavam aos píncaros da
satisfação”. Mário Sergio Cortella em seu livro “Nos labirintos da moral”
prescreve que o melhor fetiche para se abranger em todos os sentidos as
loucuras com uma mulher na hora da cama é “comê-la antes e agitá-la depois”.
Todavia, informa com a característica
irônica que lhe é peculiar: “deve se, entretanto, ler a bula antes”. Poderíamos
entrar agora num outro assunto: sadismo e masoquismo. Vamos deixar, para
domingo que vem, lembrando, apenas, em introdução, que Sadismo e Masoquismo são duas formas de sexo
perverso intimamente relacionadas. O elemento essencial, ou primordial, de
ambas é a excitação sexual baseada no sofrimento e na dor.
O sádico se delicia em ver ou
fazer os outros sofrerem. O masoquista se embevece em sentir dor. Quanto mais,
melhor. Sadismo e masoquismo, caras amigas leitoras, existem desde os
primórdios da humanidade, mas só recentemente foram identificados e
catalogados. Traremos, nesse sentido, as opiniões de vários psiquiatras
famosos, bem ainda o parecer do médico oncologista e cientista Drauzio Varella,
entre outros que cuidam do mesmo assunto.
Título e Texto: Carina Bratt,
de Vila Velha, no Espírito Santo.
29-12-2019
Anteriores:
Chuva
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não aceitamos/não publicamos comentários anônimos.
Se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.
Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-