Caged registra abertura de 99,2 mil postos
de trabalho no mês passado
Wellton Máximo
Beneficiada pelo comércio e
pelos serviços, a criação de empregos com carteira assinada atingiu, em
novembro, o oitavo mês seguido de crescimento. Segundo dados divulgados pelo
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), da Secretaria de Trabalho
do Ministério da Economia, 99.232 postos formais de trabalho foram criados no
último mês. O indicador mede a diferença entre contratações e demissões.
Este foi o melhor nível de
abertura de postos de trabalho para novembro desde 2010, quando as admissões
superaram as dispensas em 138.247. A criação de empregos totaliza 948.344 de
janeiro a novembro, 10,5% a mais que no mesmo período do ano passado.
A geração de empregos atingiu
o maior nível para os 11 primeiros meses do ano desde 2013, quando tinham sido
abertas 1.546.999 vagas no acumulado de 11 meses.
Setores
Apesar da alta, a criação de
empregos em novembro concentrou-se em poucos setores. Na divisão por ramos de
atividade, apenas três dos oito setores pesquisados criaram empregos formais no
último mês. O campeão foi o comércio, com a abertura de 106.834 postos, seguido
pelos serviços (44.287 postos). Em terceiro lugar vêm os serviços industriais
de utilidade pública, categoria que engloba energia e saneamento (419 postos).
O nível de emprego caiu na
indústria de transformação (-24.815 postos), na agropecuária (-19.161 postos) e
na construção civil (-7.390 postos). A administração pública fechou 652 postos,
e a indústria extrativa mineral encerrou 290 postos formais.
A geração de emprego em
novembro costuma ser marcada pelo reforço no comércio para as contratações de
fim de ano. No entanto, a indústria, que reforçou a produção em agosto e em
setembro por causa do Natal, desacelera. A agropecuária também dispensa
empregados por causa da entressafra de diversos produtos, como a
cana-de-açúcar.
Destaques
No comércio, a criação de
empregos foi puxada pelo segmento varejista, com a abertura de 100.393 postos
formais. O comércio atacadista gerou a abertura de 6.441 vagas. Nos serviços,
os destaques foram venda e administração de imóveis (30.695 postos), serviços
de alojamento, alimentação, reparação e manutenção (15.839 postos) e serviços
médicos, odontológicos e veterinários (4.786 postos).
Na indústria de transformação,
puxaram a queda no emprego as indústrias de produtos químicos, farmacêuticos,
veterinários e de perfumaria (-7.140 postos); de produtos alimentícios e de
bebidas (-7.040 postos); têxtil e vestuário (-5.309 postos) e a indústria de
calçados (-2.399 postos).
Regiões
Quatro das cinco regiões
brasileiras criaram mais empregos com carteira assinada em novembro. O Sudeste
liderou a abertura de vagas, com 51.060 postos, seguido pelo Sul (28.995
vagas), pelo Nordeste (19.824 vagas) e pelo Norte (4.491 postos). Apenas o
Centro-Oeste demitiu mais do que contratou, fechando 5.138 vagas formais no mês
passado.
Na divisão por unidades da
Federação, 21 geraram mais empregos no mês passado. As maiores variações
positivas no saldo de emprego ocorreram em São Paulo (abertura de 23.140
postos), no Rio de Janeiro (16.922), no Rio Grande do Sul (12.257) e em Santa
Catarina (10.026). Os estados que registraram o fechamento de vagas formais
foram Goiás (-4.587), Mato Grosso (-2.437), Mato Grosso do Sul (-830), Acre
(-613), Rondônia (-354) e Tocantins (-115).
Título e Texto: Wellton
Máximo; Edição: Nádia Franco – Agência Brasil, 19-12-2019, 15h15
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