João Távora
Qualquer pretensão a censura
por parte de um cristão a um programa de humor que desrespeite Jesus Cristo,
por mais idiota e ofensivo seja, diz mais de si do que do objeto visado. Para
mais isso só serve para alimentar o “escândalo”, que um sketch pouco
menos que medíocre (segundo o insuspeito Herman José) precisa para transpor da
obscuridade para a imerecida ribalta donde será rapidamente despejado pela
porta dos fundos para a lixeira do esquecimento.
Só vê o programa quem quiser e
nós os cristãos há muito que estamos conscientes de que, para alimentarmos e
manter viva a nossa espiritualidade, temos de saber mapear um itinerário
estético que nos proteja da barulheira niilista que nos rodeia. De resto,
enquanto o cristianismo for percepcionado (mesmo que por alguns a contragosto)
como elemento fundacional da civilização ocidental liberal e democrática, Jesus
Cristo e a Igreja estarão sempre à mercê das mais vis e alarves caricaturas.
Não se amofinem os meus
amigos, que isso é um baixo preço a pagar por tamanho legado: hoje um Feliz
Natal está quase ao alcance da humanidade inteira, e essa revolução, que é fundadora da nossa Pátria, tem mais de 2 000 anos
(depois de Cristo). Sejamos magnânimos, portanto.
Título e Texto: João Távora,
Corta-fitas,
26-12-2019
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