Aparecido Raimundo de Souza
O BRASILEIRO É BURRO POR NATUREZA. Ou por natureza é burro. Como a ordem dos cantores não altera a
apresentação dos atores… Quando mencionamos “BRASILEIRO”, generalizamos, logo
de cara, na fuça, para não perdurarem dúvidas a depois. Portanto, o brasileiro,
de fato, sem tirar, nem pôr, é burro desde o instante da sua concepção, ainda
na barriga da mãe. Ora, se traz consigo essa fama, desde quando (ainda não)
nasceu, subentende-se que a burrice germinou com ele e se desenvolveu à medida
em que os anos passaram. Alguns brasileiros, verdade seja dita, nessa
mediocridade da separação do joio do trigo, se salvaram.
Acordaram para a realidade. Nesse deixar de dormir, abandonaram a ideia
de ser burros de carga. Em lado oposto, outros mais tapados que a vagaba da justiça,
ultrapassaram além das expectativas. Aliás, superam todas as probabilidades.
Trocaram a burrice pela jumentice. Dito de forma que não pareça muito
indigesta. Passaram a agir e a pensar
como jumentos. Há os que nasceram burros, ou lezados, depois viraram cavalos.
Da mesma forma, os equídeos cavalgadurados e broncos terminando, evidentemente,
revestidos nas peles cafungosas dos onagros.
O passar dos anos, através dos “anus”, ajudou deveras nessa transmutação,
tanto física como moral, o que nos levou a ponderar de modo definitivo que os
brasileiros tomaram, para si, as asnosidades dos tolos e cabeçudos. Perguntarão
os senhores que nos leem: por que o brasileiro tem, ou carrega consigo, essa
peculiaridade de passar em tão pouco tempo, da disposição de burro para a
função asnática e vice-versa? Em pesquisa realizada recentemente pelo doutor
Claustrofibócio Mindrofuntio do Carmo Pueirinha, professor da cadeira de
“Coisas Esquisitas e Outros Achados” da Universidade de Massachusetts, em
Boston, dito mestre concluiu que “o brasileiro já traz, no sangue, por
consanguinidade, a miopia galopante e
desordenada dos beócios e estólidos, mal
incurável de uma espécie degenerativa de doença contagiosa que ataca
diretamente o cérebro do indivíduo”.

Daí, senhoras e senhores (apenas como ilustração), o apelido acrescentado
ao seu nome, “Mula” não tardou a calhar e se fazer evidente. Pois bem. Nesse
furdunço algazarreado, o brasileiro burro, perdão amados, o brasileiro asno,
destituído completamente das suas elucubrações mentais, acorrentado aos colhões
do PT, emparedado pelas falcatruas das empreiteiras do amigo do amigo do meu
pai (desculpem, do pai dele), o brasileiro, coitado, sem ter para onde correr,
virou garotinho de recado. Pau mandado. Sujeito sem iniciativa. Sem noção ou
desnocado. De modo idêntico, portanto, a mesmíssima coisa, fazendo somente
aquilo que mandavam, obedecendo cegamente, sem contestar, sem pestanejar.
Juridicamente, um Mané elevado ao quadrado, ou ao cubo, como diria Leon
Eliachar, “um obediente cativo, um lacaio otariamente subserviente”. Ora
senhoras e senhores. Vamos e venhamos e, de quebra, convenhamos: se o
brasileiro fosse esperto, inteligente, ativo, apurado, manhoso, sabido,
raposeiro, safo (safo, aqui entendido, na concepção de ladino. Não confundam,
pelo amor de Deus, com safo, de safadeza, ou bandalheira. Safadeza e
bandalheira é com o pessoal do STF). Repetindo: se o brasileiro fosse esperto,
soubesse onde se acha a ponta do nariz, e não só ele, os olhos e os ouvidos,
não se deixaria levar por uma cáfila de impudicos e tampouco por uma alcateia
de chicanistas.
Acima de tudo, tomaria tenência, se embriagaria da mais pura e lídima
cautela. Ainda que a toque de caixa, se
resguardaria, se poria de sobreaviso, se desvelaria em um prático vigilante e
se pugnaria zeloso e arisco. Gritaria, berraria, latiria, se preciso fosse
impondo, acima de tudo, a sua vontade majestosa. Se fosse músico faria o impensável. Meteria a
boca no trombone e passaria os cinco dedos nas varas desses instrumentos que
são utilizados com varas (logicamente) e orquestraria uma bela e memorável
“surra musical” no lombo de todos esses ladrões pervertidos que vivem às custas
de seus “irmãos” lá no penico do mundo, a saudosa Brazzzilia.
Todavia, os despautérios, as patetices, as fatuidades e as toleimações,
imperam. Jorram aos borbotões. Falam mais cumeadas e, no conjunto, os demais
(brasileiros e brasileiras) tomam cotidianamente no pescoço em francês. Afinal
de contas, o que pretendemos sinalizar com essa lengalenga? Simples! Bucólico
como arrancar balinhas e pirulitos de indefesas criancinhas. Se o brasileiro
fosse esperto, cortante, ágil, destravado, “maneiro”, agiria para melhorar as
coisas a seu favor. Vejam alguns exemplos rápidos e sobretudo eficientes. A
carne aumentou? Legal! Deixa de comer carne. A cesta básica foi lá em cima?
Chegou a ferir as tetas da miSinistra ‘Carne Lúcia?’. Compre o básico! Gaste o
mínimo.
A gasolina foi às estrelas ou à escala do ilustre capa preta Luiz Fuxca
deixar seu fusca em casa e passar a ir trabalhar no pardieiro junto com seus
pares montado numa vassoura, a capa de bicha morcego servindo como asas? Deixa de comprar gasolina! As passagens dos ônibus
aumentaram? Pare de andar de ônibus! Pensem, senhoras e senhores! Ninguém
comprando a carne, a cesta básica… Deixando de encher os tanques de seus
veículos, os frigoríficos, os distribuidores de carnes, os supermercaditas,
enfiariam as peças dos bois, as cestas básicas aonde? Em seus próprios rabos.
Mesmo sentido, a gasolina.
Sem carros para abastecimento, a Petrobosta, os distribuidores de
gasolina e seus derivados, os donos de postos destinariam a gasolina, o
querosene, o álcool o etanol, a puta que pariu para queimar as pregas de suas
bundas gordas. Falando sério. Não vemos outra saída. Mesmo rastro, as passagens
dos coletivos. Sem o fluxo constante do material humano, “os passageiros”, os
motoristas e cobradores ficariam a ver roletas sendo puladas por trombadinhas e
delinquentes. No agravamento dos mundos, os prezados fariam greves nas portas
das garagens das empresas implorando a volta dos passageiros.
Grosso modo, senhoras e senhores, a coisa se transformaria, se
degringolaria descambando como peças de um imenso tabuleiro de dominó sendo
tombadas uma após uma, numa sequência literalmente surreal. Se o brasileiro
fosse esperto, deixaria os taxistas a ver navios. Os amigos do sistema Uber e
outros aplicativos do gênero, a contar veadinhos em pleno sol do meio dia. O
comércio de um modo geral pararia. Mesmo chute nas costelas, os bancos
fechariam as portas, os trens deixariam os trilhos em paz, os aeroportos
atopetados de aeronaves não ganhariam o céu. Sem clientes… sem alunos para
pagar as matrículas caras…
O Brazzzil pararia. O comércio de norte a sul, de leste a oeste,
estancaria. Seria um caos ao contrário, uma babel organizada, acondicionada em
benefício do Zé Povinho, em Socorro da Maria Ferrada, em agasalho do Chiquinho
Sem Dentes… No geral, englobados,
irmanados num mesmo propósito, esses seres sofridos, fodidos, mal pagos,
mal-ajambrados… ganhariam a batalha. O governo, carente, sem eira nem beira,
certamente viria, em cadeia nacional atrapalhar as nossas novelas atravancar
nossos programas favoritos, para pedir ao povo que voltasse à vida normal.
“Vamos abaixar o preço da carne, a gasolina, a cesta básica, as passagens dos
coletivos, dos trens, dos aviões…”. “Se a vida normal deixasse de ser normal
ainda que por algumas horas –, ensinava com muita propriedade o comediante
Charles Guttenberg, popularmente conhecido como “Rapadura”, da ‘Praça é Nossa’,
do SBT -, a normalidade voltaria às carreiras, numa pressa que ela mesma
duvidaria estivesse acontecendo”.
Caríssimos leitores, para terminarmos, acreditamos piamente numa
reviravolta estrondosa, espantosa, mas útil e necessária. Ainda veremos chegar
o dia em que o brasileiro burro despertará desse torpor maligno que o definha.
Nesse abençoado momento toparemos com a multidão andando por aí pelos
infindáveis centros das cidades e capitais, Brazzzil à dentro e a fora,
dependurada em suas patinetes, ou bicicletas, de skates, ou patins, de
charretes ou de carrinhos de rolimãs, de carroças, de cavalos, de bois ou de
jegues etc., etc... Para lá, a passos de tartaruga caminhamos... alos, de
jegues, de jumentos, de bois...
Título e Texto: Aparecido
Raimundo de Souza, de Vila
Velha, no Espírito Santo. 3-12-2019
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