quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024

Carros Eléctricos e Fascismo

 Telmo Azevedo Fernandes

No Reino Unido, o comité da Câmara dos Lordes encarregue de tratar das questões do meio ambiente e alterações climáticas veio, pesaroso, informar que a adoção de veículos eléctricos pelo cidadãos tem sido mais lenta do que os defensores da neutralidade carbónica desejariam.

Uma das curiosidades é que dos 13 membros desta comissão da Câmara dos Lordes, apenas dois conduzem eles próprios veículos eléctricos. Apesar da evidente hipocrisia estes políticos têm a distinta lata de impingir e obrigar os outros a gastar dinheiro em veículos eléctricos que não querem.

De tal forma esta gente é fanática que criam leis que vão proibir a comercialização de novos automóveis a gasolina ou diesel a partir de 2035.

Mais: esta seita eco-fascista cai no ridículo de produzir um relatório de 128 páginas sobre o tema e onde se procura responsabilizar Rowan Atkinson pelas fracas vendas de carros elétricos e pela má percepção pública acerca destes veículos.

Rowan Atkinson, recordo, tornou-se famoso pela sua personagem «Mr Bean» e pela série humorística «Blackadder». Atkinson, além de actor, é formado em engenharia eléctrica e de sistemas de controle e apesar de ter comprado o seu primeiro carro híbrido há quase 20 anos e um totalmente eléctrico há 10 anos, descreveu num artigo de opinião do ano passado que os  veículos eléctricos “não têm alma” e que apesar de ser um entusiasta por novas tecnologias e novas formas de energia se sentia “enganado” vaticinando que “a lua de mel com carros elétricos está a chegar ao fim, e que isso não é mau”.

O actor sustentou as suas opiniões em factos e argumentos de vária ordem, mas o que impressiona é que hoje em dia qualquer opinião desalinhada com a narrativa das classes dirigentes é logo catalogada de «negacionista», procurando-se censurar e silenciar quem não segue a cartilha dos políticos, lançando-se sobre as vozes críticas o anátema de que prejudicam o «bem comum».

Portanto, pouco importa se o custo de aquisição de veículos eléctricos é mais elevado, se as infra-estruturas de carregamento são insuficientes, se há questões com as baterias, se é duvidoso o benefício ambiental dada a pegada de carbono na construção e abate dos carros.

O que o Estado e a oligarquia dominante pretendem é que as pessoas deixem de escolher por si quais carros a comprar e conduzir. Há que submeter o povo à vontade de sinalização de suposta virtude dos «iluminados», nem que para isso seja necessário esquecer o mundo real em que vivemos.

Ou seja: o que verdadeiramente polui a sociedade são as pulsões fascizoides e totalitárias dos nossos políticos.

A minha crónica-vídeo de hoje, aqui:

Título, Texto e Vídeo: Telmo Azevedo Fernandes, Blasfémias, 7-2-2024

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