Telmo Azevedo Fernandes
No Reino Unido, o comité da
Câmara dos Lordes encarregue de tratar das questões do meio ambiente e
alterações climáticas veio, pesaroso, informar que a adoção de veículos
eléctricos pelo cidadãos tem sido mais lenta do que os defensores da
neutralidade carbónica desejariam.
Uma das curiosidades é que dos
13 membros desta comissão da Câmara dos Lordes, apenas dois conduzem eles
próprios veículos eléctricos. Apesar da evidente hipocrisia estes políticos têm
a distinta lata de impingir e obrigar os outros a gastar dinheiro em veículos
eléctricos que não querem.
De tal forma esta gente é
fanática que criam leis que vão proibir a comercialização de novos automóveis a
gasolina ou diesel a partir de 2035.
Mais: esta seita eco-fascista
cai no ridículo de produzir um relatório de 128 páginas sobre o tema e onde se
procura responsabilizar Rowan Atkinson pelas fracas vendas de carros elétricos
e pela má percepção pública acerca destes veículos.
Rowan Atkinson, recordo,
tornou-se famoso pela sua personagem «Mr Bean» e pela série humorística
«Blackadder». Atkinson, além de actor, é formado em engenharia eléctrica e de
sistemas de controle e apesar de ter comprado o seu primeiro carro híbrido há quase
20 anos e um totalmente eléctrico há 10 anos, descreveu num artigo de opinião
do ano passado que os veículos eléctricos “não têm alma” e que apesar de
ser um entusiasta por novas tecnologias e novas formas de energia se sentia
“enganado” vaticinando que “a lua de mel com carros elétricos está a chegar ao
fim, e que isso não é mau”.
O actor sustentou as suas opiniões em factos e argumentos de vária ordem, mas o que impressiona é que hoje em dia qualquer opinião desalinhada com a narrativa das classes dirigentes é logo catalogada de «negacionista», procurando-se censurar e silenciar quem não segue a cartilha dos políticos, lançando-se sobre as vozes críticas o anátema de que prejudicam o «bem comum».
Portanto, pouco importa se o
custo de aquisição de veículos eléctricos é mais elevado, se as
infra-estruturas de carregamento são insuficientes, se há questões com as
baterias, se é duvidoso o benefício ambiental dada a pegada de carbono na
construção e abate dos carros.
O que o Estado e a oligarquia
dominante pretendem é que as pessoas deixem de escolher por si quais carros a
comprar e conduzir. Há que submeter o povo à vontade de sinalização de suposta
virtude dos «iluminados», nem que para isso seja necessário esquecer o mundo
real em que vivemos.
Ou seja: o que verdadeiramente
polui a sociedade são as pulsões fascizoides e totalitárias dos nossos
políticos.
A minha crónica-vídeo de
hoje, aqui:
Título, Texto e Vídeo: Telmo
Azevedo Fernandes, Blasfémias,
7-2-2024
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