terça-feira, 25 de outubro de 2022

Artista de Oeste cria coleção de 10 mil NFTs de Bolsonaro

Leandro Spett, cartunista de Oeste, lança coleção de imagens "leves, engraçadas e colecionáveis" do presidente


A poucos dias do segundo turno da eleição mais polêmica e controversa da história recente da nossa república, um artista de São Paulo resolveu criar e lançar uma coleção quase interminável de “figurinhas” do presidente Bolsonaro. São 10 mil NFTs (non fungible tokens, na sigla em inglês), que serão disponibilizadas na OpenSea, plataforma mais famosa desse tipo de ativo digital.

O NFT pode ser praticamente qualquer coisa que possa ser incluído no mundo digital. Fotos, desenhos, vídeos, música, frases e documentos inteiros. Ao subir na plataforma e “mintar” esses itens, eles recebem um código de números e letras aleatórios gerados pela blockchain. A partir daí até o fim dos tempos, esse ativo jamais irá perder esse código, e o detentor desse artigo exerce o direito definitivo, mas não impede que o mesmo seja replicado aos milhares.

Ou seja: pode haver milhões de imagens idênticas espalhadas pelos computadores mundo afora, mas apenas um indivíduo tem o código que o define como sendo o dono dessa imagem. O mais incrível é que, mesmo assim, milhares de novos NFTs são lançados diariamente e muitos num passado recente chegaram a cifras exorbitantes, na casa dos milhões de dólares por apenas uma foto ou desenho. 


É o caso do artista Beeple, que por anos criou obras digitais e, ao colocá-las à venda em leilão, foram arrematadas por US$ 69 milhões. Outro caso icônico foi a criação de uma coleção de 10 mil macacos, os Bored Apes, criados de forma aleatória e lançados nas redes de comércio digital. A explosão foi imediata.

Essa coleção assim como muitas outras não são apenas fruto de uma aventura cibernética. Eles são os novos ativos de um universo embrionário, mas que já projeta uma infinidade de possibilidades, e muitas delas valendo muito. Serão milhões de pessoas conectadas ao mesmo tempo em comunidades digitais desfrutando de toda sorte de situações similares ao mundo real. Para tanto vão precisar estar engajadas nas plataformas que oferecem produto e serviços que não existem aqui fora, apenas lá dentro na internet. De roupas a comida, de terrenos a arte. E é com essa ideia de comunidade digital que entram as grandes coleções. 


Foi pensando nesse modelo de arte e negócio que um dos artistas de Oeste, Leandro Spett, resolveu criar uma coleção nada ortodoxa: os Bolsomitos NFT. São 10 mil formas diferentes e hilárias de ver o presidente Bolsonaro. “Acredito que nunca foi feito nada parecido com nenhum presidente ou celebridade até hoje”, comentou Spett. “Tenho plena consciência que a maioria dos artistas se identifica com a esquerda no espectro político. Mas desde cedo eu jamais concordei com a visão de mundo por eles idealizada e com suas doutrinas obsoletas. Sempre fui a favor das liberdades individuais acima de tudo. Só assim podemos construir as bases para uma liberdade comunitária e da sociedade como um todo. Depender das migalhas do Estado inchado e corrupto não funciona. Os Bolsomitos NFT são exatamente o oposto dessa imagem virulenta do ex-presidente Lula. São sugestões leves, engraçados e colecionáveis.” 

Os NFTs estarão disponíveis na plataforma OpenSea a partir de hoje. Os mil primeiros já subiram. Enquanto isso, Spett e sua equipe trabalham para subir o restante. Mas o tempo é curto, o segundo turno da eleição é no próximo domingo, e ele avisa que, uma vez reeleito o presidente, provavelmente o valor dos NFTs subirão. Por enquanto, estão sendo vendidos a 0.022 Ethereum (equivalente a R$ 155). Alguns muito raros, como o Bolsoringa, que tem apenas 1 versão, estão por 2.2 Ethereum (R$ 15,5 mil).

“Mesmo que não se identifique com a forma crua com que o presidente Bolsonaro se manifesta de tempos em tempos, não precisamos que ele seja polido e educado o tempo inteiro”, completa Spett. “Não vamos conviver com ele em casa. Mas precisamos que ele e sua equipe cuidem do Brasil. Levem nossa economia para a frente, como fizeram durante a epidemia e nos colocaram em um dos melhores patamares de recuperação econômica do mundo. É disso que precisamos agora e por mais muitos anos. Voltar atrás num esquema de corrupção e de ideologia retrógrada não deveria estar nos planos de ninguém.” 

Título e Texto: Redação, Revista Oeste, 24-10-2022, 19h
Imagens: Leandro Spett

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