Capitaneado pela
escritora feminista de origem turca Seyran Ates, e tendo como pregadora
(“imana”) a politóloga suíço-iemenita Elham Manea, um grupo muçulmano
autoproclamado “progressista” realizou na última sexta-feira seu primeiro
encontro, no torreão de uma igreja evangélica em Berlim.
Nesse ambiente — que se propõe
aberto a homens, mulheres e homossexuais, sunitas ou xiitas, e onde até a
“igualdade de gênero” é apregoada — não poderiam faltar os elogios e incentivos
de importantes órgãos midiáticos de uma Europa que caminha sem rumo e com os
olhos vendados, esquecida de seu glorioso passado.
Aquilo que no momento chamam
de pequena experiência de um islamismo feminista, com focos na Alemanha e
Dinamarca, além de uma universidade islâmica fundada na Espanha em setembro de
2016, é apoiado por diversas forças políticas europeias propugnadoras de um
“Islã europeu” com cor e língua locais, que defenda os valores da União
Europeia.
É importante salientar que os
três “valores” pregados nesse encontro — amor, concórdia e diálogo — têm sido
profusamente usados como palavras talismânicas, cada vez mais distantes de seu
verdadeiro sentido… Aliás, a palavra “verdade”, no singular, não está em voga
no mundo moderno, dominado pelo relativismo.
Temos em geral uma visão superficial
do islamismo e, pelo que vemos no noticiário, parece ao menos estranho e
contraditório aos olhos do homem comum, uma “Mesquita feminista” que mistura
palavras do Alcorão com os pseudovalores da sociedade ocidental hodierna.
Porém, se analisarmos melhor o Islã, em sua falta de estrutura hierárquica fixa
(o que faz com que muitos não o considerem religião) e, portanto, ausência de
uma interpretação oficial do Alcorão — haja vista a quantidade de seitas e
correntes islâmicas divergentes entre si —, nós podemos constatar que não só é
possível, como provável uma união no agir e no pensar entre os muçulmanos e o
neopaganismo ocidental.
Na Suma Contra os
Gentios, ao tratar dos maometanos, Santo Tomás de Aquino ressalta a
ignorância dos povos que seguiram Maomé em seus mais baixos instintos: “Ele
[Maomé] seduziu os povos com promessas referentes aos desejos carnais,
excitados que são pela concupiscência. Formulou também preceitos conformes
àquelas promessas, relaxando, desse modo, as rédeas que seguram os desejos da
carne.” (Santo Tomás de Aquino. Suma contra los Gentiles.
Livro I, Capítulo VI, Club de Lectores, Buenos Aires, 1951, 321. p.76 e ss.).
De modo análogo, escreve São
João Bosco: “A religião de Maomé consiste numa monstruosa mistura de
judaísmo, paganismo e cristianismo [...] como os povos da Arábia eram
constituídos uma parte por judeus, outra parte por cristãos e os outros pagãos,
para induzir todos a segui-lo, ele tomou uma parte da religião professada por
eles, dando preferência especialmente àqueles pontos que podem incentivar mais
os prazeres sensuais.” (O católico educado em sua religião:
Colóquio de um pai de família com seus filhos, segundo as necessidades do tempo
– Diálogo XIII: O Maometanismo).
Portanto, esses dois grandes
santos apontam para o relativismo da doutrina islâmica e a ignorância dos
seguidores de Maomé, atraídos pela possibilidade de um relaxamento moral e pelo
uso de seus baixos instintos. A sociedade atual, extremamente relativista,
amoral e hedonista, condiz com o espírito dos primeiros seguidores a doutrina
maometana.
Por tudo isso, podemos ao
menos suspeitar dos verdadeiros objetivos das forças políticas que não só abrem
as fronteiras aos chamados “refugiados”, como incentivam a imigração maciça de
islâmicos para a Europa. Todos aqueles que seguem a maléfica e utópica
filosofia marxista sonham em destruir (como Marx declara em sua obra) os
parâmetros e os padrões da sociedade cristã, com vistas a uma suposta
“emancipação do homem”. Não é por acaso que a maior inimiga dessa teoria
marxista sempre foi a Santa Igreja Católica, que, de maneira racional e
doutrinária, aponta todos os seus erros e contradições.
Tampouco foi por simples acaso
que o filósofo marxista francês Roger Garaudy (falecido em 2012), parte
integrante do pensamento da extrema-esquerda autogestionária, se tornou
muçulmano, e que a fundação por ele criada em Córdoba, na Espanha, tem como
objetivo salientar a dominação islâmica nesse país.
Título, Imagem e Texto: Heitor Abdalla Buchaul, ABIM,
24-6-2017
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