Até o momento, a turma do
#MexeuComUmaMexeuComTodas, que por muito menos já pendurou muita gente no
pelourinho das redes sociais, não emitiu uma única palavra para protestar
contra as hostilidades de que a jornalista foi vítima
José Fucs
Há dez dias, durante um voo da
Avianca de Brasília para o Rio de Janeiro, a jornalista Míriam Leitão [foto], do
jornal O Globo e da GloboNews, foi agredida
verbalmente, de forma covarde, por um grupo de petistas.
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Foto: Iara Morselli/Estadão
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Em sua coluna no Globo desta
terça-feira, Míriam conta que foi hostilizada, ofendida e até teve a sua
poltrona empurrada durante o voo (leia a coluna Ódio a bordo).
Diante dos acontecimentos,
seria de se esperar que os tais “coletivos” feministas – as feminazis, como se
diz maldosamente por aí – se manifestassem em defesa de Miriam. Mas
curiosamente, talvez previsivelmente para alguns, não fizeram qualquer gesto de
apoio a Miriam.
Até o momento, a turma do
#MexeuComUmaMexeuComTodas, que por muito menos já pendurou muita gente no
pelourinho das redes sociais, não emitiu uma única palavra para protestar
contra a agressão coletiva de que Miriam foi vítima.
Tampouco se ouviu qualquer
manifestação de solidariedade da atriz Taís Araújo, ícone do feminismo
tupiniquim, que outro dia soltou os dobermanns contra um repórter por ele ter
feito uma pergunta supostamente machista ao indagar se seu marido, o ator
Lázaro Ramos, gostava de seu penteado.
Provavelmente, se os molestadores
de Miriam não fossem petistas, seriam caçados por perdigueiras
humanas iradas pelo País afora. Mas, como fazem parte das milícias do
PT, eles só não passaram incólumes porque Míriam decidiu, corajosamente, tornar
público o caso.
Pelo menos, o silêncio das
feministas de araque diante das agressões sofridas por Míriam Leitão serviu
para revelar, para quem ainda tinha dúvida, a verdadeira face do feminismo
xiita praticado hoje no Brasil e a seletividade das causas abraçadas pelas
radicais que estão à frente do movimento.
Título e Texto: José Fucs, Estado de S. Paulo, 14-6-2017
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