terça-feira, 20 de junho de 2017

Ironia da política: ao substituir Janot, Temer pode usar uma famosa “cartada” esquerdista

Implicante

Em breve, o mandato de Rodrigo Janot como Procurador-Geral da República chega ao fim e, diante disso, como determina a Constituição Federal, caberá ao Presidente da República nomear seu substituto. A tradição, até hoje, é a seguinte: a Procuradoria elabora uma lista tríplice e o escolhido tende a ser o mais votado.

Mas isso não é regra legal. E, ao que parece, Michel Temer poderá não segui-la.

Segundo informações da repórter Andréia Sadi, da Globonews, a favorita do Planalto seria Raquel Dodge, que foi chamada de “anti-Janot” e seria também a predileta de José Sarney, Moreira Franco e Renan Calheiros.

Porém, e se ela não for a mais votada da lista tríplice? A saída será adotar uma “cartada” famosa na esquerda: ela seria ainda assim a escolhida, sob o fundamento de ser a “primeira mulher” a ocupar o cargo. Com isso, as críticas seriam enfraquecidas.

Claro que escolher alguém APENAS pelo gênero é algo totalmente inaceitável. E também é claro que a Procuradora, em que pese o rumor político, tem muitas virtudes jurídicas – e isso acaba suprimido, no discurso, na retórica narrativa, pelo fato de ser mulher.
 
De certa forma, o feitiço do esquerdismo vira-se contra a própria esquerda. Talvez agora todos percebam que certas “cartadas” podem e devem ser objeto de debate e questionamento.
Título, Imagem e Texto: Implicante, 20-6-2017

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