Valdemar Habitzreuter
Temer acertou ao propor criar
um só ministério abrangendo o da educação e cultura, fundindo-os. Mas errou ao
ceder à pressão do minguado grupo de artistas que requer a existência do
ministério da cultura.
Antes de se pensar em cultura
exige-se uma educação de qualidade. E o país é carente neste sentido.
O PT vangloria-se de ter
ensejado o acesso à educação de crianças e jovens que se encontravam fora do
esquema educacional; apregoa orgulhoso a criação de universidades; diz ter sido
o governo que mais verbas direcionou para a educação, aumentando o salário dos
professores universitários, propiciando estágios e intercâmbio de alunos no
exterior; enfim, anuncia bem alto que 'nunca antes neste país' houve um
movimento tão forte em prol da educação. Parece que muita gente acredita nisso.
Colocar alunos em massa em
salas de aula sem ter escolas e espaço físico adequados; erigir mais prédios
para implantar universidades; soltar verbas sem critério algum; tudo isso não
representa que se esteja investindo em educação quando falta o mais importante:
o ser humano qualificado, o professor independente - o único que pode
determinar o rumo certo para uma educação de ponta. Digo independente no
sentido de o professor não se submeter a ideologias políticas para favorecer
regimes de governos suspeitos.
O governo petista, nestes anos
todos, teve apenas uma ideia: fazer triunfar no ensino público seu ideologismo
de esquerda com clara intenção de transformar a sociedade brasileira numa
espécie de República privativa, descaracterizada do ideal democrático e dela
locupletar-se.
O currículo escolar
fundamental e secundário não correspondem à formação cultural adequada, além de
eivado da ideologia gramsciana e de outras aberrações que são impostas aos
professores ensinarem. O PT, a meu ver, foi um atraso para a educação do país.
Mas, os nossos 'artistas'
aplaudem as manobras educacionais conduzidas pelo petismo, demonstrando um
visível puxassaquismo para garantirem verbas com o intuito de produzir cultura.
Está aí a exigência deles pela existência do ministério da cultura para que o
mesmo seja abastecido do dinheiro do povo e estes pilantras poderem receber uma
espécie de 'bolsa cultura', nos moldes da 'bolsa família', para se dedicar a
algo que dizem ser cultura.
Na verdade, não estão
interessados pela cultura do país, mas sim pelo seu próprio interesse, visando
verbas não sei para que fins, se para fins culturais ou para seu próprio
enriquecimento às custas do governo. Para eles, produzir peças de teatro e
filmes é cultura. Pode até ser, mas o objetivo principal é ter o próprio bolso
recheado do dinheiro público. Reivindicam, sim, 'bolsa cultura' para eles
próprios e não para promover a cultura em nosso país.
Essa gangue deveria ser
extraditada para Cuba e lá reivindicar um ministério da cultura para sentirem a
mão pesada do comunismo a que tanto veneram.
Acredito que a maioria dos
educadores não se enquadra nessa miopia intelectual desse minguado grupo de
artistas que pressionaram o presidente interino a rever sua posição. Temer já
começou a dar sinal de fraqueza voltando atrás na decisão de integrar o
ministério da cultura no da educação. O que nós brasileiros precisamos é de uma
boa educação escolar e automaticamente nossa cultura florescerá.
Investir em primeiro lugar na
formação de bons professores, de bons educadores, que tenham destreza em educar
(do latim e-ducere, conduzir para fora), isto é: despertar a riqueza interior
do aluno e conduzi-la para fora, fazer com que o aluno descubra sua
potencialidade intelectual e deixar que a desenvolva e forme livremente seu
caráter de bom cidadão, isento de doutrinação tendenciosa. Cultuar sim a
educação para no final termos o produto chamado cultura.
Título e Texto: Valdemar Habitzreuter, 23-5-2016
Quando cheguei ao Rio de
Janeiro, em março de 1972, logo no primeiro dia, fiquei impressionado com prédio
do antigo Ministério da Educação e Cultura, Edifício Gustavo Capanema, no
centro da cidade.
Educação tem tudo a ver com
Cultura. O “resto” é mais uma agressão ao bom senso. Muito inerente à esquerda
que, repito, se move com e por rancores, jamais por valores.
E o ROMBO de quase DUZENTOS bilhões de Reais não merecerá grandes manifestações 'populares'??
ResponderExcluir