Não condenar a Venezuela também contribui
para a 'estabilidade'.
João Pereira Coutinho
Venezuela: como foi possível?
Pergunta retórica, atenção: quando vemos filas quilométricas para comprar
qualquer coisa de básico; quando nos confrontamos com hospitais onde faltam os
medicamentos mais primitivos; quando assistimos ao assassinato misterioso do
líder da oposição; e quando lemos as declarações desesperadas dos portugueses
residentes, temos que agradecer a Hugo Chávez, esse grande benemérito e amigo
do nosso ‘engenheiro’, que apenas inaugurou o caminho para a colectivização da
economia que Maduro aprofundou.
Com uma diferença: Chávez tinha
petróleo caro para vender; Maduro, não. Perante isto, só se espera que o actual
governo continue a ‘acompanhar’ a situação sem jamais condenar a destruição de
um país pela mesma ideologia de que BE e PCP ainda comungam. A ‘estabilidade’
também passa por aqui: esquecer os 500 mil portugueses que lá vivem para não
ofender as comadres.
Título e Texto: João Pereira Coutinho, Correio da Manhã, 20-5-2016
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