terça-feira, 12 de setembro de 2023

[Livros & Leituras] O Processo

Franz Kafka, Biblioteca Visão, Lisboa, fevereiro de 2000, 258 páginas.

Edição portuguesa
Tradução: Gervásio Álvaro
Editora Livros do Brasil
Lançamento 1965

Edição brasileira 
Tradução Torrieri Guimarães
Editora Abril Cultural
Lançamento 1982

O Processo (no original em alemão, Der Prozess) é um romance do escritor checo Franz Kafka, que conta a história de Josef K., que acorda certa manhã, e é processado e sujeito a longo e incompreensível processo por um crime não especificado.

Segundo Max Brod, amigo pessoal de Kafka, o livro permaneceu inacabado como estava quando Kafka lhe entregou os escritos, em 1920. Após sua morte, Brod editou O Processo pelo que ele julgou um romance coerente e o publicou em 1925. 

O Processo apresenta ao leitor a narrativa carregada de uma atmosfera claustrofóbica, absurda e distópica, na qual o personagem Josef K. está imerso. Tal atmosfera deve-se mormente à sequência infindável de surpresas quase surreais, geradas por uma lei maior e inacessível, que está, no entanto, em perfeita conformidade com os parâmetros reais da sociedade moderna.

A desorientação de Josef K. diante do absurdo presente em situações e ambientes verossímeis transmite ao leitor o mal-estar análogo ao provocado pelo Unheimliche, o "estranho familiar" tão próprio às obras de Kafka.

Nesse romance, a ambiguidade onírica do peculiar universo kafkiano e as situações de absurdo existencial chegam a limites insuspeitados. A ação desenvolve-se num clima de sonhos e pesadelos misturados a fatos corriqueiros, compondo uma trama em que a irrealidade beira a loucura.

Ao analisar O Processo, faz-se necessário notar que o final do romance, a cena da execução, foi a primeira parte escrita por Kafka.

Josef K. nunca é informado por que motivos está sofrendo o processo, e ele sustenta sua inocência quase até ao fim. Ao declarar a sua inocência, a Josef é feita a pergunta: "inocente de quê?".

Talvez o processo contra Josef tenha sido instaurado pela sua incapacidade de confessar a sua culpa, e, por conseguinte, a sua humanidade. O tema da não humanidade, largamente explorado por Kafka em toda a sua obra, torna o livro atual, provocando questões acerca dos costumes e crenças arbitrários, que podem parecer, sob certo aspecto, tão bizarros como os acontecimentos da vida de Josef K.

Wikipédia

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