Rodrigo Constantino
Nesta terça-feira (26), o
ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, votou pela
condenação de mais cinco réus acusados dos atos praticados no dia 8 de janeiro.
As penas impostas pelo ministro repetem o entendimento estabelecido nos
primeiros julgamentos e vão de 12 a 17 anos de prisão - num país em que até
assassino pega menos tempo.
Essa decisão vem na sequência
de um rastro de medidas radicais e - muitos juristas atestam - ilegais tomadas
pelo poderoso ministro. Partindo da premissa de que a direita bolsonarista é
golpista e que sua missão não é tanto defender a Constituição como impedir o
avanço desses "opositores", Alexandre vem abusando de sua função
constitucional e espalhando medo pelo país.
O deputado Daniel Silveira,
com imunidade material de parlamentar, foi preso por um vídeo tratado como
"flagrante perpétuo", e mesmo depois da graça presidencial continuou
preso. Jornalistas, sem qualquer crime cometido, tiveram contas bancárias
congeladas, redes sociais censuradas e passaportes cancelados. A tática
alexandrina é a pura intimidação.
Mas, pelo visto, algumas
pessoas se recusam a se curvar e ensaiam uma resistência heroica e inspiradora.
Quando o desembargador aposentado Sebastião Coelho, atuando como advogado de
defesa do primeiro réu condenado pelos "atos antidemocráticos", disse
na cara dos ministros supremos que a nação os odeia, o STF resolveu suspender
as defesas orais e concentrar tudo no mundo virtual.
Uma brecha na fortaleza se abriu: o ministro acusou o golpe e demonstrou que, por trás da aparência de alguém destemido, há uma pessoa com medo de ouvir certas verdades inconvenientes. O mesmo Sebastião Coelho, agora, participa da convocação da volta das manifestações nas ruas, um direito constitucional do povo brasileiro, que não pode se calar de forma passiva por conta das investidas autoritárias do ministro.
Durante o evento do CPAC,
encontro da direita para debater ideias, Adrilles Jorge lavou a alma de muito patriota ao defender seu direito inalienável de
gritar "Fora Alexandre", da mesma forma que já gritaram "Fora
FHC", "Fora Lula", "Fora Dilma" ou "Fora
Bolsonaro". Um "juiz" que sequer foi eleito não pode estar acima
dos representantes máximos da democracia.
Com coragem de enfrentar o
ministro, Adrilles pregou seu impeachment e a volta do povo às ruas. É com
atitudes assim que a espiral do medo vai sendo quebrada, inspirando outros
patriotas a sair em defesa das liberdades básicas tão ameaçadas no Brasil de
hoje. E essa reação é fundamental na luta pela verdadeira democracia, já
bastante aviltada no Brasil de Alexandre e do PT.
Por falar no PT, o comunista
Flavio Dino é outro que tem abusado de suas prerrogativas constitucionais, e
ainda é cotado para ir para o STF também, engrossar o coro tirânico ao lado de
Alexandre. Mas Dino tampouco está acima das leis, e precisa ser denunciado por
suas bravatas, suas ações suspeitas e o evidente aparelhamento da polícia federal.
Ao comentar sobre declaração
recente do ministro da Justiça, Flávio Dino, que culpou a política de armas do
governo Bolsonaro pela violência na Bahia, o ex-ministro e presidente do PL na
Bahia, João Roma, disse que Dino é “um boboca falastrão” que tenta transferir a
responsabilidade do problema com “frases de efeito midiático”. Boboca falastrão
sim, e também um comunista autoritário e perigoso, que precisa ser enfrentado.
Os brasileiros de bem não podem se calar por medo, pois isso significaria entregar de vez a nação nas mãos de quem mira em exemplos nefastos como Cuba e Venezuela, onde não há mais qualquer resquício de democracia ou cheiro de liberdade. Essa gente no poder pode muita coisa, sem dúvida, mas não pode tudo.
Se mais e mais patriotas
romperem essa espiral do medo, saindo em defesa dos nossos direitos, ficará
claro que todo o esforço de intimidação não foi suficiente para acovardar um
povo aguerrido e disposto a resistir na luta pela liberdade.
Título e Texto: Rodrigo Constantino, Gazeta do Povo, 26-9-2023, 9h51
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