Haroldo Barboza
Efetivamente, mais de 96% da população brasileira
não sabe usar a poderosa arma que tem em mãos: o smartfone
Ela passa mais de dez
horas por dia, produzindo LER para seus dedos, curvatura da coluna cervical,
enfermidades para os olhos e riscos de acidentes de trânsito. Além de inibir
seus neurônios ao dar credibilidade às notas de “videntes”, receitas de “remédios”
para as enfermidades de seus herdeiros, e “lazer” ao apreciar imagens de
personagens vestindo (nem sempre) um fio dental, animais de espécies diferentes
transando ou brigas entre pessoas atiçadas pelo cinegrafista que deseja emoção
em seu vídeo.
Entre dezenas de
utilidades que o aparelho pode oferecer, destacamos um modelo a seguir.
1 - Criar grupo no WA
com os moradores de sua rua, com cada casa/prédio (síndico) do trecho.
Objetivo: relato sobre problemas que incomodam os moradores do grupo. Fica
combinado que mensagens do formato ilustrado acima NÃO serão aceitas.
2 - Com uso de
plataformas disponíveis, efetuar reuniões (trimestrais) virtuais (duas horas)
com as sugestões para sanar os problemas relatados.
2.a - Se os incômodos
podem ser resolvidos pelos moradores com baixo custo e/ou mudança de
comportamento, “tá” resolvido.
2.b - Se dependem de ação das autoridades que cobram altos impostos e não prestam os serviços adequados, planejar ações (com presença da TV) inteligentes (não precisa quebrar vidraça nem bloquear o trânsito) a serem filmadas para PRESSIONAR publicamente tal autoridade. Numa faixa que serve como “bandeira” da comunidade subjugada, editar informações claras (*) para o público entender o sentido do movimento ao assisti-lo na TV. Não esquecer de enviá-lo para o Youtube e outros canais de igual porte.
(*) = modelo básico da faixa principal - observe a imagem.
A partir desta ilustração, cada localidade (rua, praça, conjunto,
bairro) deve montar sua solicitação, e reunir pelo menos 50% dos moradores da
área afetada para demonstrar ao gestor que sua reivindicação não é um caso
pontual e fortuito.
Num exemplo de lixo não
recolhido no prazo previsto, os moradores devem juntar uns trinta ou cinquenta
sacos de detritos, e após contactar uma reportagem de TV empilhá-los num ponto
da via principal do bairro, para um protesto pacífico que logo chegará às redes
de informação.
Dá para perceber que o
modelo sendo compartilhado e aprimorado por tantos quantos possam enxergar a
utilidade de seu aparelho, facilmente chegaremos de forma equilibrada aos
problemas relatados em escolas, hospitais, transportes, vias urbanas,
repartições públicas emperradas pela “burrocracia” e tantos mais.
Nas manifestações de
cobrança dos problemas documentados, é importante que haja um grupo
disciplinado (para não perder a razão) e com boa quantidade de participantes
(pelo menos 52% de pessoas da área em pauta).
Se nos shows musicais
aparecem mais de cem mil pessoas para aplaudir artistas diversos, por que numa
reunião que agrega valor à qualidade de vida dos reclamantes, não se pode
conseguir quinhentas ou mil pessoas para dar apoio à causa?
Supondo que a prática
proposta consiga contaminar a maior parte de logradouros de cada bairro, a
vitória maior se dará numa provável criação de um aplicativo abrangendo todo o
município para servir de vigilante ativo às demandas sociais.
A constante prática de
registro de denúncias e acompanhamento das soluções, gera em cada cidadão a
percepção de que sua participação ajuda a valorizar e aprimorar o padrão de
vida que ele merece em função dos seus deveres cumpridos.
Quantas escolas você
conhece que disseminam este caminho?
O modelo gerencial que
usamos não aprecia ideias que possam obrigar dirigentes públicos a trabalharem
para merecerem as mordomias que desfrutam em função de “leis” escritas pelos
próprios!
Quem possui uma
alternativa melhor?
Título e Texto: Haroldo
Barboza, Vila Isabel, RJ, setembro de 2023
Sem traduções e con... tradições
Bola com os leões
TESTO TEXTO - para jovens entenderem as notícias
Guardar no colchão?
Ninguém furta sargento
Esta coluna é publicada às sextas-feiras.
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