quinta-feira, 21 de setembro de 2023

Imprensa corporativa celebra mães que lamentam publicamente a existência dos seus filhos

Paulo Hasse Paixão

Os meios de comunicação social corporativos descobriram agora um novo filão, na sua mina de horrores: mulheres que lamentam publicamente a existência dos seus filhos.

Os terríveis efeitos colaterais que a exposição mediática das falências parentais terá certamente sobre os filhos, é irrelevante, porque este gênero de “reportagem” só tem um objetivo: cumprir com a agenda neoliberal que quer esterilizar o Ocidente, promovendo o aborto, a destruição do conceito de família, e a obliteração do papel social das mulheres, ao mesmo tempo que, insidiosamente, procura colar o conceito de maternidade à ideia de escravidão.

Esta tendência nojenta da imprensa contemporânea, é além de tudo o mais, facilitista e preguiçosa. Tudo o que o “jornalista” precisa para a sua “reportagem” é encontrar uma mãe pobre, solitária, triste e estressada, e levá-la a dizer que gostaria que a criança inconveniente não existisse – ou, pelo menos, que a sua vida seria muito mais fácil sem ela.

É uma clara manobra da parte dos media para convencer os leitores: Isto – estas coisas, estas crianças desarrumadas e exigentes e barulhentas e onerosas – é o que acontece quando não se deixa as mulheres abortarem!

Nenhuma das partes envolvidas parece importar-se com o facto dessas crianças virem a ser, um dia, adolescentes com acesso à Internet, capazes de encontrar todas as horríveis palavras que os seus pais confessaram publicamente.

Isto está para além de ser tenebroso!

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