Paulo Hasse Paixão
Os meios de comunicação social corporativos descobriram agora um novo filão, na sua mina de horrores: mulheres que lamentam publicamente a existência dos seus filhos.
Os terríveis efeitos
colaterais que a exposição mediática das falências parentais terá certamente
sobre os filhos, é irrelevante, porque este gênero de “reportagem” só tem um
objetivo: cumprir com a agenda neoliberal que quer esterilizar o Ocidente,
promovendo o aborto, a destruição do conceito de família, e a obliteração do
papel social das mulheres, ao mesmo tempo que, insidiosamente, procura colar o
conceito de maternidade à ideia de escravidão.
Esta tendência nojenta da
imprensa contemporânea, é além de tudo o mais, facilitista e preguiçosa. Tudo o
que o “jornalista” precisa para a sua “reportagem” é encontrar uma mãe pobre,
solitária, triste e estressada, e levá-la a dizer que gostaria que a criança
inconveniente não existisse – ou, pelo menos, que a sua vida seria muito mais
fácil sem ela.
É uma clara manobra da parte
dos media para convencer os leitores: Isto – estas coisas, estas crianças
desarrumadas e exigentes e barulhentas e onerosas – é o que acontece quando não
se deixa as mulheres abortarem!
Nenhuma das partes envolvidas
parece importar-se com o facto dessas crianças virem a ser, um dia,
adolescentes com acesso à Internet, capazes de encontrar todas as horríveis
palavras que os seus pais confessaram publicamente.
Isto
está para além de ser tenebroso!
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