terça-feira, 19 de setembro de 2023

Cidades americanas geridas por democratas registram uma explosão de crimes de ódio

Paulo Hasse Paixão

O Center for the Study of Hate and Extremism (Centro para o Estudo do Ódio e do Extremismo) descobriu que os crimes de ódio estão a explodir em cidades geridas por democratas, relata a Axios, que por acaso até é um media de esquerda. E por isso, naturalmente, o Axios não informa os seus leitores de que cada um destes focos de crimes de ódio é gerido exclusivamente por democratas. Na maioria dos casos, os democratas têm governado estas cidades sem qualquer oposição republicana durante décadas.

Em Chicago, governada pelos democratas, os crimes de ódio aumentaram – e isto não é uma gralha – 84,6% em relação ao ano passado. Chicago tem sido governada por democratas desde 1931.

Em Austin, governada pelos democratas, os crimes de ódio aumentaram 58,6%. Austin deve ser uma das cidades mais esquerdistas do planeta.

Em Los Angeles, governada pelos democratas, os crimes de ódio aumentaram 40,6%. Los Angeles teve apenas um presidente da câmara republicano em 62 anos.

Em Filadélfia, governada pelos democratas, os crimes de ódio aumentaram 26,5%. Os democratas governam ininterruptamente a cidade desde 1952.

Em Nova Iorque, governada pelos democratas, os crimes de ódio aumentaram 14,3%. Sob a direção do Mayor republicano Rudy Giuliani, Nova Iorque era uma metrópole segura e limpa. Em menos de dez anos, dois líderes democratas conduziram a grande maçã na direção do inferno.

Em Dallas, governada pelos democratas, os crimes de ódio aumentaram 3,6%o. Dallas não tem um mayor republicano desde 1995.

Apenas três das maiores cidades americanas registaram um decréscimo nos crimes de ódio: San Diego (que tem tido uma mistura constante de líderes democratas e republicanos), Phoenix e San Antonio (que tem mayors democratas).

Mais uma vez, a Axios não quer que os seus leitores saibam disto, mas mesmo cidades mais pequenas geridas por democratas, como Sacramento e Kansas City, no Missouri, estão a assistir a uma explosão de crimes de ódio: 47,4% e 32,3%, respectivamente. Sacramento não tem um mayor republicano há pelo menos 50 anos. Kansas City não tem liderança republicana desde 1930.

Assim, esta explosão de crimes de ódio decorre evidentemente das políticas do Partido Democrata, que, com a ajuda das corporações mediáticas, concentram-se quase exclusivamente em colocar os americanos uns contra os outros com base na cor da pele, nas preferências sexuais e no género. Este fomento deliberado do ódio é uma forma cínica, mas eficaz de manter as pessoas distraídas do fracasso dos líderes eleitos em manter as suas cidades limpas, seguras e prósperas.

Os democratas governaram Los Angeles sem oposição durante décadas. A cidade deveria ser a utopia que estão constantemente a prometer, dado o lapso de tempo prolongado em que detiveram o poder. Em vez disso, a cidade é uma fossa de crime e ódio. A segunda maior urbe do país registou o maior número de crimes de ódio – um recorde de 609, dos quais 195 foram classificados como anti-brancos, 98 como anti-gay, 91 como antissemitas e 88 antilatinos.

Já nas regiões rurais ou semiurbanas onde vivem todos os “racistas intolerantes” que votam Trump, e onde toda a gente tem armas, não se registam, nem de perto nem de longe, os incidentes per capita de crimes de ódio que são reportados nas grandes cidades sob a égide dos democratas. A utopia tolerante, limpa e segura que os neoliberais prometem até existe. Na América rural governada por republicanos.

Estes dados dão que pensar também sob um outro prisma: o da incompetência e irrelevância do Partido Republicano, que parece viver bem com o facto de não conseguir, e de forma deveras consistente, vitórias eleitorais nos grandes centros urbanos da federação. Isto embora despreze completamente o eleitorado rural, que lhe permite a sobrevivência.

Às vezes é difícil perceber qual dos dois partidos do sistema político americano é mais detestável: se o Partido Democrata, que está empenhado em destruir tudo o que valida a economia, a história e a posição moral dos EUA; se o Partido Republicano, que permite e pactua com a destruição.

Título e Texto: Paulo Hasse Paixão, ContraCultura, 19-9-2023 

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