quinta-feira, 14 de setembro de 2023

[Daqui e Dali] Achegas para um casamento feliz


Humberto Pinho da Silva

Muitos, com mais sabedoria e experiência do que eu, abordaram o tema, como D. Francisco Manuel de Melo, Paiva de Andrade, João de Barros e, em castelhano, Frei Luiz de León, mas, mesmo assim aventuro-me a escrever um punhado de achegas.

Em livraria católica ou evangélica, facilmente se adquire um bom livro sobre o assunto. Minha mulher, em solteira, possuía "Companheiros de Jornada", de Haroldo Shryock, que lhe foi utilíssimo, nos primeiros anos de casada.

Casar é o ato mais importante da nossa vida, infelizmente, por desconhecimento ou criancice, leva-se, quantas vezes, levianamente.

Infortunadamente ninguém é perfeito, todos possuem preconceitos, hábitos e vícios, fruto da educação que se recebeu e experiências adquiridas ao longo dos anos.

Para não errar ou errar menos, é sempre bom começo conhecer bem a família do namorado(a) – analisar: atitudes, hábitos, opiniões e conduta dos progenitores.

A Bíblia diz: "Tal mãe, tal filha." - Ez16:44. Acrescentaria, igualmente: tal pai tal filho. Analisando cuidadosamente a família obtém-se preciosas informações, que não se conseguia em aturadas horas de namoro.

Vou contar um caso que presenciei na juventude, que comprova que, muitas vezes, o tempo de namoro é tempo de engodo.

Companheiro de infância costumava, para cativar a moça, insinuar que a família era isso ou aquilo. Certa vez confessou que o pai era administrador de importante empresa.

Aconteceu que o progenitor da menina era prudente e resolveu inteirar-se da veracidade.

Foi à firma para falar com o administrador "A". Responderam que não havia ninguém com esse nome. Mas, contínuo espevitado, esclareceu que existia modesto empregado de escritório...

S. Paulo disse: "Não vos prendais a jugo desigual" (2 Corintos 6:14,15). Queria dizer: não se case com ateus, agnósticos ou de religião diferente.

É crasso erro unir-se a alguém de religião não cristã. Casar com pessoa de outra denominação, ainda é possível, mas não se recomenda.

Conheci na juventude, inglês, respeitável anglicano, casado com senhora portuguesa, católica, em Vila Nova de Gaia. Todos os domingos levava a esposa ao templo católico, e em seguida assistia ao culto (missa) na sua Igreja, mas nem sempre existe compreensão, e essa delicadeza... Depois há os filhos... problemas, discórdias...

O espaço é curto, mas, se me permitem, acrescentarei algumas achegas que considero importantes: ter idade aproximada, educação semelhante, serem cristãos e de ideologia política parecida.

Não se pense que o amor basta – é preciso ceder, muita paciência e evitar discussões, para não se dizer o que se não deve.

Não há almas gêmeas. Porém, devido ao convívio, pode haver alterações em atitudes, modos de pensar e hábitos, mas, no essencial, não se muda significativamente.

Uma coisa é o que se diz, outra coisa são as obras.

Não se dizia já no século XVI: "Quem torto nasce, tarde se endireita"? A experiência comprova a veracidade do anexim.

Título e Texto: Humberto Pinho da Silva, agosto de 2023

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