Paulo Hasse Paixão
Em 2019, Päivi Räsänen [foto] fez o que qualquer um de nós poderia fazer – postou uma mensagem para a sua igreja no Twitter. O seu tweet era simples e pacífico. Ela questionou a congregação por patrocinar um desfile de orgulho gay. Perguntou se isso era condizente com a sua fé cristã. E anexou uma passagem bíblica ao tweet.
Por causa disto, Räsänen vai ser levada a tribunal
pela segunda vez, sob a acusação de “discurso de ódio”. Por
causa disto, esta deputada de longa data do Parlamento finlandês, médica e avó,
enfrentou durante quatro anos uma agressiva perseguição do seu Governo. Por
causa disto, foi submetida a 13 horas de interrogatório policial e as
autoridades investigaram o seu passado, acusando-a de três crimes de “agitação
contra um grupo minoritário”, relacionadas com o tweet, com um panfleto da
igreja de 2004 e com a participação num programa da rádio em 2019. O bispo
Juhana Pohjola, da Igreja Evangélica Luterana da Finlândia, também foi acusado
criminalmente pela publicação do panfleto, que propõe uma compreensão bíblica
do casamento e da sexualidade humana. As acusações implicaram multas de dezenas
de milhares de euros e até a possibilidade de uma pena de prisão de dois anos.
Em março do ano passado, o
Tribunal Distrital de Helsínquia proferiu uma sentença unânime de absolvição, afirmando claramente que
“não compete ao tribunal
distrital interpretar conceitos bíblicos”.
No entanto, a lei finlandesa
permite a dupla penalização legal – os procuradores podem recorrer ao
Supremo Tribunal pelo simples facto de não estarem satisfeitos com o veredicto.
No dia 31 de agosto, Räsänen e o bispo voltaram ao tribunal. A sua defesa legal
é apoiada pela ADF International. A decisão do Supremo será conhecida dentro de
um a três meses.
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ContraCultura
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