Leandro Ruschel
Lula fez um discurso
ideológico na ONU, defendendo as premissas básicas da extrema-esquerda, e
buscando jogar para "a torcida". Não por acaso, o texto foi festejado
pela militância de redação, que não passa de um aparelho do movimento socialista
global.
Quando eles falam que o
"Brasil voltou", isso significa que o país retomou a agenda
socialista, afetada pelo governo Bolsonaro, o único não alinhado à esquerda em
décadas.
O descondenado começou seu discurso falando da fome, e lembrando que existem 735 milhões de pessoas que não contam com segurança alimentar.
Eis o maior problema da
cosmovisão dos socialistas: a pobreza seria fruto da exploração dos pobres
pelos ricos. Tal afirmação não resiste à uma rápida análise da história humana.
Ao longo dos milênios, a
característica mais marcante da sociedade foi a miséria absoluta. Havia um
nível menor de desigualdade pelo motivo de quase todos seres humanos serem
pobres, ao ponto de não terem o que comer.
O Reino Unido mantém os mais
antigos registros sobre o PIB per capita de qualquer país. Segundo o Banco da
Inglaterra, de 1270 até 1650, cada inglês produzia aproximadamente 1.000,00
libras por ano em riqueza, ou seja, R$ 6.000,00.
De 1650 até 1800, a produção de riqueza praticamente dobrou, chegando a aproximadamente R$ 12.000,00. Foi a partir desse momento que o salto começou. Nos próximos 200 anos, até a virada do milênio, a riqueza produzida por pessoa foi multiplicada por 12, alcançando o equivalente a mais de R$ 140 mil por ano, seis vezes mais que o Brasil apresentava nos anos 2000.
O que está por trás desse
verdadeiro milagre de crescimento? Algo chamado Revolução Industrial, que só
foi possível graças a uma série de avanços políticos, econômicos e
tecnológicos. Entre os avanços políticos, podemos ressaltar o fortalecimento
das instituições que passaram a garantir direitos individuais, entre eles o
direito à livre expressão, à propriedade privada, e à representação política no
Parlamento, além do tratamento igual diante da lei, em especial, o cumprimento
de contratos. A economia de mercado, num sistema capitalista,
incentivou indivíduos a inovar, sob a perspectiva de aumentar o seu nível de
prosperidade.
Antes disso, a mobilidade
social era muito limitada. Quem não pertencia à nobreza tinha pouquíssimas
chances de evoluir, socialmente. No novo modelo, os indivíduos dependiam das
suas habilidades e do seu esforço.
Em 1820, 94% da população
vivia na pobreza absoluta no mundo. Já em 2015, esse percentual caiu para 10%.
Não foram governos socialistas que produziram esse salto de prosperidade, mas
sim o efeito conjunto de sistemas políticos que garantiram direitos individuais
não onerosos, com a força do livre mercado e da iniciativa individual. Na
verdade, não fossem os socialistas e suas políticas que impedem a criação de
riqueza, provavelmente a pobreza absoluta nem existiria mais.
As próprias ideias socialistas
só puderam aparecer com o enriquecimento da população. Não podemos esquecer que
Karl Marx, um notório perdulário, só pode escrever suas obras porque era
sustentando pelo filho de um industrial rico, chamado Friedrich Engels.
Lula foi aplaudido pelos
participantes da Assembleia da ONU, e pelas classes letradas, entre elas a
militância de redação, por um ato de defesa da classe de políticos, burocratas
e afins, como uma ação corporativista: de uma maneira geral, essas pessoas justificam
a sua própria existência vendendo a mentira da "justiça social"
promovida pelo Estado, pois depende direta ou indiretamente do ente estatal
para sobreviver!
Ou seja, esse pessoal defende
qualquer medida que aumente o poder do Estado, como majoração de impostos e
leis cada vez mais repressivas, pois serão os proponentes dessas medidas os
maiores beneficiados.
Não por acaso, antes de viajar
até Nova Iorque para dar o discurso, Lula anunciou que pretende gastar
estonteantes R$ 640 milhões em verba de publicidade no ano que vem. Boa parte
desse dinheiro será direcionado a grandes veículos de comunicação, que por sua
vez distribuirá parte da grana com os seus militantes de redação, garantindo o
apoio da mídia.
O mesmo ocorre com os bilhões
destinados à saúde, educação e outros gastos do governo. Uma fração
efetivamente será destinada à população, com grande parte desses recursos se
esvaindo através da corrupção, ou da mera ineficiência.
É tal arranjo que empobrece o
povo, provocando fome, doença, sofrimento e morte. Por isso eu categorizo o
discurso como absurdo: ele aponta para o inverso da solução dos problemas
enunciados.
Pegue por exemplo outro foco
do discurso: a prevenção das "mudanças climáticas". Ora, o que está
se propondo é a diminuição do uso de fontes baratas de energia, como o
petróleo, em benefício de energias muito mais caras, como a solar e a eólica.
Energia é a base da economia.
Qualquer aumento no custo da energia representará automaticamente o
encarecimento de todos os produtos, incluindo alimentos. Quem sofrerá mais com
esse tipo de medida? Exatamente os mais pobres que a esquerda diz proteger.
Infelizmente, os grandes
bilionários citados por Lula como vilões, são os maiores entusiastas da mesma
agenda socialista propagada pelo descondenado. Parece paradoxal, mas não é...
Explico: esses sujeitos
perceberam que o modelo socialista é o melhor para garantir as suas fortunas, e
o seu poder sobre a sociedade. Em primeiro lugar, num modelo de livre mercado e
menor regulação, eles terão mais dificuldade em defender a liderança dos seus
negócios contra a concorrência de entrantes.
Em segundo lugar, no modelo
socialista o Estado é mais poderoso, e terá uma capacidade de controle muito
maior sobre a população do que no modelo ocidental tradicional de democracia
representativa com livre mercado. Logo, se eles mantêm maior influência sobre o
Estado, garantirão leis e regulações que os beneficiem e os protejam.
Agendas como "combate às
mudanças climáticas", ideologia de gênero, "antirracismo",
igualdade de gênero, entre outras, além de alcançar o resultado inverso ao
anunciado, servem para minar instituições como iniciativa individual, famílias,
empresas independentes, países e até mesmo a Justiça, ao acabar com o princípio
de tratamento igual diante da lei.
Isso vai deixando todos cada
vez mais dependentes de um Estado provedor e protetor, que definirá como os
recursos devem ser distribuídos, concentrando poder, e deixando todos mais
pobres, menos os "iluminados" que orbitam o Estado.
Não é exatamente isso que
ocorre em países como Cuba, defendidos por Lula no discurso, apresentado como
vítima de um bloqueio comercial?
É preciso denunciar a farsa
esquerdista, para defender o indivíduo, a verdadeira minoria ameaçada pela
sanha totalitária estatal. E no final, são os mais pobres que acabam sofrendo
as mais nefastas consequências das políticas defendidas pelos socialistas.
A falência moral do Brasil fica em evidência na ONU
Um sujeito condenado com líder
do maior esquema de corrupção da história, e depois descondenado, vai
representar o Brasil na ONU.
Só isso já deveria ser motivo
de repúdio e vergonha, mas a militância de redação faz o contrário: exalta sua
presença e suas falas.
Mas o teor do discurso é ainda
pior, defendendo o socialismo, que tanta fome, miséria, violência, opressão e
morte já produziram no mundo.
Na política externa, mais
desastres: passou pano pra Rússia, defendeu a Palestina e promoveu governos
totalitários que acabaram de entrar nos BRICS, o bloco de ditaduras que o
Brasil agora lidera. Sem esquecer a defesa de Cuba, o câncer político da América
Latina que é aliada desde sempre do petismo.
Não contente com tudo isso,
defendeu também a censura na Internet, mascarada como "combate à
desinformação e ao ódio". Diz defender a liberdade de imprensa, dando como
exemplo a prisão de Assange, enquanto vários jornalistas brasileiros, críticos
ao petismo, são censurados, perseguidos, exilados e presos.
Não há uma única linha do seu
discurso que fique de pé. Lula mente como respira, característica mais marcante
de qualquer comunista.
Lula é o símbolo máximo da
falência moral da nossa nação.
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Título, Texto: e Vídeo: Leandro
Ruschel, Substack,
20-9-2023
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