Com 41 acidentes diários, Rio de Janeiro pode adotar faixas exclusivas paras motociclistas

A medida é baseada na experiência da capital paulista, que adotou as faixas exclusivas no início de 2022. Desde então, não houve mais mortes nas vias

Patricia Lima

uem trafega pelas ruas do Rio de Janeiro sabe como as regras de trânsito são desrespeitadas, especialmente por motociclistas. Imprudência e falta de habilidade com o veículo têm gerado um elevado número de acidentes envolvendo motos nas vias da cidade.

Para tentar reduzir número de acidentes, a Prefeitura do Rio pretende implantar uma medida adotada na capital São Paulo: as faixas exclusivas para motos. O presidente da CET-Rio, Joaquim Dinis, se reunirá com técnicos da prefeitura paulistana para avaliar o projeto. As vias priorizadas serão Linha Amarela, Avenida Ayrton Senna, e a Autoestrada Engenheiro Fernando Mac Dowell (Lagoa-Barra), que também podem ter a velocidade de trânsito reduzida para os motociclistas.

Com base nas estatísticas do Corpo de Bombeiros, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) compilou os dados e chegou a resultados alarmantes. Em 2022, a capital fluminense registrou 23.971 acidentes com atendimentos médicos, sendo que 15.002 deles envolveram motociclistas. Por dia são registrados 41 intercorrências, como quedas, batidas e atropelamentos.

A experiência paulistana, que foi implantada no início de 2022, tem se mostrado bem-sucedida. Nos pontos em que as faixas exclusivas para motos foram criadas não ocorreram acidentes fatais envolvendo motociclistas, segundo a CET-SP. Avenida 23 de Maio, Estrada dos Bandeirantes, acesso ao Aeroporto de Congonhas, Marginal Pinheiros e as rodovias Anchieta e Imigrantes são pontos onde foram implantadas as faixas exclusivas.

As informações e a imagem são da Veja Rio.  

Título e Texto: Patricia Lima, Diário do Rio, 26-9-2023