Haroldo Barboza
Brigas por futebol (e até outros
esportes) já ocorriam antes de eu completar 10 anos. Mas se limitavam a sopapos
e palavrões entre 5 ou 8 bêbados exaltados que terminavam em menos de 10
minutos.
De 2001 para cá, os ânimos ficaram mais
acirrados e equipamentos de “guerra” foram incorporados às brigas: soquetes,
correntes, madeiras com pregos nas pontas, facões e armas de fogo.
RJ e SP por terem maior quantidade de
times de renome, abrigam as maiores lutas urbanas. E são copiados por outros
Estados do país.
Quando a lotação esgota (acima de
50.000), bandos de quase 200 marginais de cada lado exibem seus dotes
guerreiros diante da força policial desmoralizada que contempla a rinha. Por
falta de equipamento eficaz e de apoio maciço da hierarquia superior, jogam
bombinhas de gás, ao invés de tiros nas pernas dos arruaceiros que danificam o
patrimônio público e privado. Não podem ser mais “incisivos” pois a imprensa já
tem a manchete-padrão para o dia seguinte:
“Polícia age com truculência sobre 3 ou
4 (trabalhadores?) que se excederam nas comemorações após término do jogo de
ontem. As famílias dos agredidos exigem (justiça).”
Hã?
Com 2 mortes e 4 casos de invalidez a cada 3 confrontos, as famílias não estão levando filhos menores de 11 aos estádios nem com menos de 12.000 torcedores. E os dirigentes esportivos que não pressionam os legisladores a editarem penas mais duras para estes atos de terrorismo, cada vez mais perdem “torcedores do futuro” que estão optando por joguinhos nas telas virtuais.
Legisladores, executivos e juristas não
se movem por acomodação e para não correrem o risco de terem de prender alguns
jovens filhos deles mesmos, de empresários que patrocinam suas campanhas
eleitorais e celebridades que influenciam seguidores que com “likes” demonstram
suas admirações por esses “defensores” das inocentes badernas urbanas.
A força policial atada, se limita a dar
declarações pífias, do tipo:
“nosso setor de inteligência (*) está em processo de
identificação dos arruaceiros e logo os colocará na prisão para dar curso ao
processo.”
(*) Este setor precisa de reformulação,
pois desde 2001 estão “procurando” os líderes dos incautos. Será que já
pensaram em vasculhar nas redes sociais onde os baderneiros combinam brigas com
uma semana de antecedência? Fornecem até data e local da refrega.
Só falta venderem ingresso para os
adoradores do BBBB que desejam obter fotos destas “emocionantes” batalhas.
Título e Texto: Haroldo Barboza, março
de 2023
Tiro sem alvo
Terceiro plano
Haja coragem
[Foco no fosso] Tecle “ESC” para esc... apulir
Melhor ter um celular reserva
Tornando-se nobres
Faz anos que o crime organizado infiltrou-se nas torcidas organizadas em todo o Brasil.
ResponderExcluirNas torcidas e nas Câmaras !
ResponderExcluirTAMBÉM!
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