José Manuel
"Pedro, se o Brasil se
separar, antes seja para ti, que hás de me respeitar, do que para algum
aventureiro", frase dita por D. João VI, no dia 24 de abril de 1821,
indica os limites das palavras "Independência ou morte".
O mentor de 7 de setembro de
1822 não foi Dom Pedro, mas o seu pai, Dom João VI.
Simplificando: "Pedro,
tome a coroa antes que algum aventureiro lance mão dela".
Tudo indica que havia nas
palavras reais de D. João VI, um toque de futurologia no conselho real a seu
filho, mas que certamente não foi aprendido nos bancos escolares modernos, e
depois mais tarde nos bancos de provas da AMAN, por um certo Capitão, claro que
não o Rodrigo do Veríssimo, mas um de sobrenome italiano.
E assim, como na previsão
futurística de D. João VI além de alguns objetos palacianos de muito valor, a
Coroa, mais valiosa ainda, foi parar nas mãos de um aventureiro. Agora, as
consequências dessa omissão já começam a ser vistas na claridade no fim do
túnel.
Mas D. João VI não foi apenas
o Rei de Portugal, Brasil e Algarves, um Império que se estendia pelo planeta
no século XIX, muito pelo contrário do que quis mostrar errônea e
sarcasticamente a atriz travestida de cineasta e idiota Carla Camuratti no
besteirol filmado "Carlota Joaquina, princesa do Brazil”, de 1995, em que
ridiculariza ao máximo e sem noção do prejuízo que faz com a história, o Rei do
Império português.
Talvez se se preocupasse mais
com a sua ancestralidade e problemas italianos, tivesse se saído melhor.
Por isso e por outras idiotices os bancos escolares e a mídia aqui no Brasil sempre fizeram uma lavagem cerebral no intelecto da sociedade brasileira, tendo como resultante a péssima formação escolar nos tempos atuais e a péssima fase pelo que passamos no momento com desconhecimento completo do que foi feito pelo e para o Brasil, historicamente correto e amargando depressivamente também uma derrota histórica para o futuro.
Voltando ao Rei, Imperador titular do Brasil, considerado por muitos estudiosos como o fundador do moderno Estado Brasileiro, além de ter que lidar com ingerências externas da Espanha, da França e da Inglaterra, o que não deve ter sido fácil, ainda assistiu Napoleão Bonaparte e seu formidável exército invadir e submeter vários países da Europa, como a Espanha, fronteira com Portugal e pior, vendo que seu país seria o próximo a ser invadido.
Naquele momento ele prova sem
dúvida a sua sagacidade, a sua astúcia, a não omissão e dá uma volta triunfal
em Napoleão que o procura até hoje, vindo com a sua corte estabelecer a sede do
Império no Brasil.
Há momentos históricos na vida
de um Estadista e instituições, em que não se pode tergiversar, porque o futuro
da Nação e seu povo estão em jogo. Assim foi em 1964. Infelizmente não há bons
exemplos modernos por aqui pela tropicália, e isto ficou perfeitamente claro
nos dias atuais.
A transferência ao Brasil da
sede do Império português foi altamente benéfica ao nosso país, vejamos:
Logo após a chegada ao Brasil,
D. João VI, desafia abertamente Napoleão e determina a abertura dos portos às
nações amigas.
Ao longo de sua estadia no
Brasil, de 1808 até 3 de julho de 1821, D. João VI exerce o seu
poder de Rei magnificamente, ordenando a Liberdade Industrial, fundou as
escolas médicas de cirurgia na Bahia e no Rio de Janeiro, fundou a academia militar,
hoje AMAN, reorganizou e nacionalizou a Marinha Real brasileira, até então Marinha Imperial portuguesa, fundou o
Jardim Botânico, um dos mais belos e
importantes do mundo, fundou o arquivo militar, fundou a biblioteca Real,
fundou a academia de Belas Artes, fundou a imprensa Régia, o Brasil deixa de
ser colônia em dezembro de 1815, fundou
o banco do Brasil, fundou o ministério das relações exteriores fundou o ministério da Fazenda, fundou o
Museu Nacional.
Nada mal para uma até então
colônia que passa a ter status de país soberano nos apenas treze anos de sua
estadia no Brasil.
Portanto, nada do que foi
incutido como uma verdadeira lavagem cerebral à sociedade brasileira, é
verdade, e a história do Brasil precisa ser rediscutida à luz de uma honestidade
intelectual, pois, sem dúvida, não
existem parâmetros administrativos nos 134 anos de República, que
cheguem aos pés dos treze anos do
reinado de D. João VI no Brasil.
O segundo reinado com o seu
neto, o Imperador D. Pedro II, de 1840 a 1889, foi uma época de grande
progresso cultural e de grande significância para o Brasil, com o crescimento e
a consolidação da nação brasileira como um país independente
e como importante membro entre as nações
americanas. Portanto, teve a sua
segunda oportunidade em desenvolvimento, com grandes avanços nas áreas
econômicas, tecnológicas, com implantação de ferrovias, telegrafia, telefone, e
na área social com a abolição da escravatura e desenvolvimento intelectual
através de grandes instituições de ensino.
Após 1889 até 2018, ou seja,
129 anos de estagnação, atraso em relação a nações desenvolvidas, o Brasil
teria a sua terceira oportunidade a partir de 2018, mas o atraso, a traição e a
covardia, não permitiram que isso ocorresse.
Deve ser a síndrome Noir
Napoleônica nos céus Bleu, Vert, Jaune du Brésil.
Título e Texto: José Manuel
– assombrado com o destino da Nação. Março de 2023
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