segunda-feira, 27 de março de 2023

[Atualidade em xeque] Dom João VI… o futurólogo?

José Manuel                 

"Pedro, se o Brasil se separar, antes seja para ti, que hás de me respeitar, do que para algum aventureiro", frase dita por D. João VI, no dia 24 de abril de 1821, indica os limites das palavras "Independência ou morte".

O mentor de 7 de setembro de 1822 não foi Dom Pedro, mas o seu pai, Dom João VI.

Simplificando: "Pedro, tome a coroa antes que algum aventureiro lance mão dela".

Tudo indica que havia nas palavras reais de D. João VI, um toque de futurologia no conselho real a seu filho, mas que certamente não foi aprendido nos bancos escolares modernos, e depois mais tarde nos bancos de provas da AMAN, por um certo Capitão, claro que não o Rodrigo do Veríssimo, mas um de sobrenome italiano.

E assim, como na previsão futurística de D. João VI além de alguns objetos palacianos de muito valor, a Coroa, mais valiosa ainda, foi parar nas mãos de um aventureiro. Agora, as consequências dessa omissão já começam a ser vistas na claridade no fim do túnel.

Mas D. João VI não foi apenas o Rei de Portugal, Brasil e Algarves, um Império que se estendia pelo planeta no século XIX, muito pelo contrário do que quis mostrar errônea e sarcasticamente a atriz travestida de cineasta e idiota Carla Camuratti no besteirol filmado "Carlota Joaquina, princesa do Brazil”, de 1995, em que ridiculariza ao máximo e sem noção do prejuízo que faz com a história, o Rei do Império português.

Talvez se se preocupasse mais com a sua ancestralidade e problemas italianos, tivesse se saído melhor.

Por isso e por outras idiotices os bancos escolares e a mídia aqui no Brasil sempre fizeram uma lavagem cerebral no intelecto da sociedade brasileira, tendo como resultante a péssima formação escolar nos tempos atuais e a péssima fase pelo que passamos no momento com desconhecimento completo do que foi feito pelo e para o Brasil, historicamente correto e amargando depressivamente também  uma derrota histórica para o futuro.

Voltando ao Rei, Imperador titular do Brasil, considerado por muitos estudiosos como o fundador do moderno Estado Brasileiro, além de ter que lidar com ingerências externas da Espanha, da França e da Inglaterra, o que não deve ter sido fácil, ainda assistiu Napoleão Bonaparte e seu formidável exército invadir e submeter vários países da Europa, como a Espanha, fronteira com Portugal e pior, vendo que seu país seria o próximo a ser invadido.

Naquele momento ele prova sem dúvida a sua sagacidade, a sua astúcia, a não omissão e dá uma volta triunfal em Napoleão que o procura até hoje, vindo com a sua corte estabelecer a sede do Império no Brasil.

Há momentos históricos na vida de um Estadista e instituições, em que não se pode tergiversar, porque o futuro da Nação e seu povo estão em jogo. Assim foi em 1964. Infelizmente não há bons exemplos modernos por aqui pela tropicália, e isto ficou perfeitamente claro nos dias atuais.

A transferência ao Brasil da sede do Império português foi altamente benéfica ao nosso país,  vejamos:

Logo após a chegada ao Brasil, D. João VI, desafia abertamente Napoleão e determina a abertura dos portos às nações amigas.

Ao longo de sua estadia no Brasil,  de 1808 até  3 de julho de 1821, D. João VI exerce o seu poder de Rei magnificamente, ordenando a Liberdade Industrial, fundou as escolas médicas de cirurgia na Bahia e no Rio de Janeiro, fundou a academia militar, hoje AMAN, reorganizou e nacionalizou a Marinha Real brasileira, até  então Marinha Imperial portuguesa, fundou o Jardim Botânico,  um dos mais belos e importantes do mundo, fundou o arquivo militar, fundou a biblioteca Real, fundou a academia de Belas Artes, fundou a imprensa Régia, o Brasil deixa de ser colônia  em dezembro de 1815, fundou o banco do Brasil, fundou o ministério das relações exteriores  fundou o ministério da Fazenda, fundou o Museu Nacional.

Nada mal para uma até então colônia que passa a ter status de país soberano nos apenas treze anos de sua estadia no Brasil.

Portanto, nada do que foi incutido como uma verdadeira lavagem cerebral à sociedade brasileira, é verdade, e a história do Brasil precisa ser rediscutida à luz de uma honestidade intelectual, pois, sem dúvida, não  existem parâmetros administrativos nos 134 anos de República, que cheguem aos pés  dos treze anos do reinado de D. João  VI no Brasil.

O segundo reinado com o seu neto, o Imperador D. Pedro II, de 1840 a 1889, foi uma época de grande progresso cultural e de grande significância para o Brasil, com o crescimento e a consolidação  da nação  brasileira como um país  independente  e como importante membro entre as nações  americanas.  Portanto, teve a sua segunda oportunidade em desenvolvimento, com grandes avanços nas áreas econômicas, tecnológicas, com implantação de ferrovias, telegrafia, telefone, e na área social com a abolição da escravatura e desenvolvimento intelectual através de grandes instituições de ensino.

Após 1889 até 2018, ou seja, 129 anos de estagnação, atraso em relação a nações desenvolvidas, o Brasil teria a sua terceira oportunidade a partir de 2018, mas o atraso, a traição e a covardia, não permitiram que isso ocorresse.

Deve ser a síndrome Noir Napoleônica nos céus Bleu, Vert, Jaune du Brésil.

Título e Texto: José Manuel – assombrado com o destino da Nação. Março de 2023

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