José Manuel
Uma das melhores frases que já
li e que admiro pela sua verdade intrínseca, é título de um livro da escritora,
Nancy Price, sendo a base literária para o filme "Sleeping with the enemy",
de 1991, com a famosa atriz Julia Roberts.
Uma estória trivial inerente a
personagens do cotidiano humano, mas que se adapta muito bem a políticos e
governos, é de uma similaridade e inocência que beira as raias do absurdo,
principalmente a um observador atento, que prevê facilmente o desfecho de
situações recorrentes.
Nas décadas de 70, 80 e 90,
viajei muito pelo mundo, principalmente os Estados Unidos, onde tudo de bom
tinha o selo "made in USA", ou, na Europa, o "made in France"
ou o "made in UK", e realmente nos acostumamos com o visual e a
qualidade daqueles produtos com aqueles selos estampados.
No final da década de 70 e
primórdios da de 80, isso reverteu drasticamente com a mudança repentina dos
ditos selos com as novas referências "made in China", "made in
Japan” ou ainda muitos deles, "made in Korea".
Aquilo, aquela mudança repentina,
era o início desastroso de algo chamado de globalização, com milhares de
empresas do mundo ocidental e desenvolvido se transferindo para essas novas
praças comerciais, em busca de lucro fácil, com a mão de obra baratíssima
ocasionada pela pobreza daquelas áreas na Ásia.
Inclusive no Brasil ocorreu
esse fenômeno de transferência de conhecimento e abandono de mão de obra local,
no início da década de 90, ocasionando um sem-número de problemas aqui,
principalmente o desemprego.
Ou seja, os inteligentes do
mundo, criaram empregos para os inimigos e abandonaram os gentios à própria
sorte.
No filme citado, a personagem Laura se casa e se entrega totalmente ao marido sedutor Martin Burney, achando que seria o melhor marido do mundo, para tempos depois descobrir que a violência era a sua principal característica.
Os asiáticos são o marido da
Laura e, dependendo de princípios culturais ou filosofias políticas, podem também
ser violentos ou sem escrúpulos. Assim
foi o Japão nas décadas de 30/40, assim é a China hoje sujeita a um partido
comunista castrador e ditadura feroz, e o povo sujeito na maioria das vezes a
trabalho escravo, por isso mão de obra baratíssima e atraente, uma armadilha
perfeita.
O ocidente transformou essas
culturas, em "Tigres Asiáticos", em detrimento de sua própria área de
influência transformando por exemplo em apenas cinco décadas a China, que hoje
em dia é a segunda potência comercial e militar do planeta.
Na Rússia, milhares de empresas
ocidentais também foram atraídas pelo lucro fácil, pelo papo furado da glasnost
do Gorbachev e os exemplos estão aí para serem vistos pós invasão criminosa, e
genocida da Ucrânia.
A Europa que viveu amedrontada
por décadas pelas mentiras soviéticas, se amantizou placidamente com o Kremlin,
se tornando dependente e subserviente de um país que hoje ela própria considera
terrorista.
Isso chama--se "dormir
com o inimigo“, e por esta irresponsabilidade vão pagar muito caro a futuro.
O Brasil, desde o fim do
regime militar, que tinha acabado com o inimigo, voltou a dormir com vários pós
a chamada redemocratização chegando a dormir com um deles por dezesseis anos
consecutivos e não se autodestruiu por milagre.
Nos casos asiáticos, e a própria
Rússia, é muito fácil de prever o que acontecerá com as próximas décadas conturbadas,
gerando grandes problemas e fome no mundo, quiçá um artefato nuclear pipocando
por aquelas áreas, por que amantes traídos nos seus sonhos ilusórios de poder são
capazes de tudo e mais alguma coisa. A ver!
O Brasil anda flertando de
novo com um amante antigo, e esperemos que as suas noites não se tornem
acompanhadas de novo, pelo inimigo mais do que conhecido.
Esta semana fiquei alarmado ao
ler as respostas, pelo baixo nível intelectual, desconhecimento e torcida
organizada vermelha, num artigo sobre a Ucrânia invadida. Ao que tudo indica,
nomes como
"Holodomor", "Holocausto",
além de desconhecidos, para esses "experts" devem ser apenas nomes de
jogadores do Flamengo ou Corinthians.
Preocupante!
Título e Texto: José Manuel, 15-8-2022
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O Aerus, a Aprus e a Ucrânia
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Pai Nosso, onde estais?
De genocídio a vergonhas diplomáticas.
JM admiro suas convicções. Eu me considero uma mistura de patriota e nacionalista, apesar de ser antissocial mas detesto assistencialismo. Sua lembrança de dormindo com o inimigo é similar de trabalhando com o inimigo. A VARIG foi fundada por um homem que tentava ser igual Robert Owen e sua maravilhosa New Harmony. A coletividade trabalhando para a coletividade. Infelizmente seus empregados destruíram o sonho de Robert Owen e a coletividade. Assim funcionários corruptos fizeram-no com a pioneira. Não há um diretor da VARIG processado até hoje.
ResponderExcluirO Jusbrasil encontrou 2.442 processos de Fundação Ruben Berta nos Diários Oficiais, mas que dirigia era um colégio de funcionários, ou seja, trabalhamos com os inimigos.