segunda-feira, 27 de junho de 2022

[Atualidade em xeque] O Aerus, a Aprus e a Ucrânia

José Manuel

Claro que quem ler este título, no mínimo, irá pensar que o cara que escreveu isto chegou à senilidade e começou a trocar as bolas, a viajar numa tal de maionese. Surtou, coitado, de tanto escrever. Nem tanto!

Ainda estou pra lá de normal, apesar do meu motor ser 7.5, mas altamente regulado e flex, ou seja, me adapto ao que vier, e sempre com a regulagem no ponto certo.

Mas, vamos lá tentar explicar o título!

O momento atual com suas tragédias cotidianas, nos mostra similaridades, exatamente onde elas não deveriam existir.

Esta semana ao perguntar a um amigo de muitas jornadas, se ele era sócio da APRUS, recebi como amável resposta, e não poderia ser de outro jeito, visto a nossa amizade, de que ao repassar para seus muitos contatos o passo a passo que lhe enviei, mostrando como era fácil fazer parte da APRUS, ficou sabendo que TODOS os seus contatos do AERUS, não  eram sócios, não  iriam ser e que ele próprio também não era, que preferia esperar  para ver com iriam ficar as coisas.

Bom, claro que ponderei no que poderá suceder a ele de ruim com relação a um acordo na DT, patrocinado pela APRUS caso ele persistir no seu posicionamento, e continuamos amigos.

Logo a seguir, repassei no anonimato, esse pensamento coletivo aos conselheiros da APRUS e seu Presidente, para conhecimento, entender e servir de parâmetro ao pequeno volume de 40% de associados e 60% de não associados, num universo de 10.000 assistidos e beneficiários.

Então, fica claro que são apenas 3.800 ex-funcionários assistidos, que acreditam na APRUS e que estão garantidos num futuro acordo, pois a APRUS apenas representará oficialmente o número vigente de sócios à altura do acontecimento, pois esta será a sua representatividade naquele momento.

Como a APRUS é a única associação diretamente ligada ao AERUS que tem legitimidade para realizar esse acordo de pagamentos vitalícios e, aos que não sabem, o SNA não tem nada a ver com este caso, mas somente com relação à ACP, que apenas trará os atrasados de volta, o que já será algo muito bom, não é muito difícil de perceber que não é uma boa ideia continuar não sendo sócio.

Muito bem, então recebi de um dos Conselheiros, uma resposta fantástica que me remeteu à guerra atual e suas similaridades com todo o nosso processo do fundo de pensão.  Prestem atenção:

“Infelizmente, não entendo se pensar neste objetivo e se colocar como artilharia, ou infantaria, ou comunicações. Qualquer arma será atacada, ferida e exterminada (caso estejam lutando separadamente).  Ou se forma um exército e todos lutamos com estratégia, ou vamos perder a guerra.

O melhor caminho é a luta e, todos lutando independente de cor, religião ou função. Estarmos alguns segregados? nunca!!”

Em 2014, a península da Crimeia, parte do território Ucraniano, foi invadida e anexada pelo invasor. À época, a Ucrânia não foi à luta como hoje vemos, para reverter esse desastre, apenas ficando no status de reclamações retóricas e, todos estão cientes da tragédia genocida que ocorre hoje com 30% de seu território ocupado, tudo começando exatamente apenas com uma pequena invasão.

Em 1991, um Brigadeiro também fez uma invasão em um território que não lhe competia, pois a aviação era civil e não militar e, para agradar um presidente depois impichado e um idiota dono de ônibus metido a empresário do setor aéreo, cancelou arbitrariamente a terceira fonte de custeio do AERUS, tratativas estas acordadas entre a União e as empresas aéreas da época, dando início à inviabiliabilidade do fundo de pensão AERUS.

Na época, assim como sucedeu na Crimeia, nenhum de nós, funcionários, assistidos, nem a VARIG, nem mesmo o AERUS e a própria APRUS, meramente social no início dos anos 90 com administrações apenas voltadas ao lazer dos sócios, não gritaram nem tomaram atitudes e, sequer judicializaram aquela "invasão" arbitrária, totalmente fora de propósito, sendo apenas feito pelo AERUS, muitos anos depois, num erro quase fatal.

E assim começou o "genocídio" em nosso grupo com a morte prematura de mais de dois mil assistidos, sem contar os beneficiários.

Mais tarde, em mais uma atitude invasora, afinal já tinha havido a primeira e por que não uma segunda, em domínios alheios, com total falta de conhecimento e escrúpulos, a agência reguladora de planos de previdência privada, cometeu outra invasão arbitrária sem ao menos consultar os principais interessados. NÓS, OUTROS!

Só que desta vez existia a nova APRUS, não mais apenas social e sob nova e inteligente administração, que colocou o inimigo para recuar, pois perdeu a primeira e irá perder todas as batalhas.

Moral da história:

Como escreveu nosso brilhante Conselheiro, as batalhas, militares ou civis, somente são ganhas, quando seus guerreiros estão unidos em torno de um objetivo comum e com a estratégia certa, determinante ao sucesso. Caso contrário, é morte certa!

Só mais uma coisinha, quando transitado em julgado e a União for informada que o acordo é apenas para 3.800 assistidos, ao invés de 10.000, fecha na hora com a APRUS, tal é a vantagem a ser auferida, com ganho de mais de 50% pelo Estado, e encerrando com sucesso uma contenda, de vinte e alguns anos.

Lembrando sempre que a tutela está garantida totalmente na DT, e será descontada quando da aprovação dos rendimentos vitalícios.

E como ficam os outros 6.200?

Pois é, certamente órfãos da sua seguridade privada novamente.

E ainda, mais uma vez com a imprevisibilidade do retorno!

Não entre em conversa fiada de grupos paralelos, escritórios de advocacia ou bancos de investimento e evite com certeza, choros futuros!

Pense no futuro da sua família, pense APRUS.

Título e Texto: José Manuel – será que fui bem no idioma?

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Pai Nosso, onde estais? 
De genocídio a vergonhas diplomáticas. Humanos sendo humanos 
A estupidez em pleno século XXI 
Cinco meses, a eleição e as redes sociais 
Acordo? Qual acordo kamarada? 

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