Para o especialista em segurança pública, no Brasil todas as vidas importam, menos a vida do homem comum. Motta comenta o caso do segurança assassinado por bandidos no assalto ao Village Mall
Roberto Motta
Alguém sabe o nome do funcionário do Village Mall que foi assassinado há pouco por assaltantes?
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Foto: Miguel Sá |
Sua idade? Quantos filhos
tinha? Seus interesses, planos, sonhos?
Ninguém sabe, claro. Ele não
foi morto na Amazônia e não era ligado a ONGs.
Era um simples trabalhador.
Foi assassinado no Rio.
O mesmo Rio onde as operações
policiais nas favelas estão suspensas desde 2020, por ordem judicial.
Por isso, o velório do
trabalhador não será exibido no horário nobre da TV.
Nenhum comitê será formado
para acompanhar as investigações sobre sua morte. Ninguém vai entoar um canto
fúnebre em sua homenagem, em frente à ONU.
No Brasil todas as vidas
importam, menos a vida do homem comum.
Esse homem agoniza, sozinho, no estacionamento de um shopping. Agonizam junto com ele a liberdade, a democracia, e a fantasia do “estado democrático de direito“.
Título e Texto: Roberto
Motta, Diário do Rio,
26-6-2022
Grande tiroteio no mais luxuoso shopping da Barra da Tijuca deixa dois mortos
Sabe?
Segurança morto no shopping VillageMall deixou de ir ao aniversário do neto para garantir o sustento da família
ResponderExcluirSegurança morto no assalto ao VillageMall deixou de ir ao aniversário de neto para ganhar R$ 180 na noite da tragédia
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