Telmo Azevedo Fernandes
De resto a situação no país é
a habitual: o gigantesco stock da dívida pública continua a aumentar, a
inflação dispara à custa das políticas do BCE e da União Europeia que António
Costa considera maravilhosas, a TAP continua uma vergonha de serviço e um
espantoso sorvedor de dinheiro dos contribuintes.
Na comunicação social nada de
novo. A RTP, sustentada com rendimentos subtraídos aos portugueses, tem o
desplante de assumir a sua condição de organização de propaganda de narrativas
fanático-tremendistas e nomeia uma editora
de ação climática que não faz jornalismo nem tem vergonha na cara
de subverter o primeiro preceito do código deontológico da
profissão. O Público, que é há muito um pasquim escatológico, continua a
voluntariamente a se entregar às causas
LGBT e da ideologia do género. O Expresso, destacou um rapaz para
escrever um novo manifesto
anti-Chega travestido de notícia e de forma imunda e torcida
sugere que André Ventura promove teorias da conspiração que resultam em
massacres de pessoas.
O desgraçado e ridículo presidente da Associação Empresarial de Portugal [foto] em vez de pedir que o Estado saia da frente dos negócios privados e deixe os empresários trabalhar e arriscar, suplica tão tristemente quanto um janado pela mão protetora do Estado. Diz o homem que o governo deve dar às empresas 26 mil milhões de euros, dinheiro este – para quem não se lembre – que é retirado através de impostos aos contribuintes europeus.
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Luís Miguel Ribeiro |
Entretanto, alheios à penúria do país e gastando o que não é deles, os chefes de banda locais fazem-se passar por gente arejada e moderna. Bacalhau Coelho e Cabrita (“Reis”, de apelido) entenderam-se. O primeiro, presidente da Câmara de Faro, pagou 200.000 euros por uma escultura do segundo, artista. No passado recente, a Câmara de Matosinhos já tinha também adjudicado a Cabrita Reis, mas por valor superior, uma espécie de estendal de roupa para a marginal de Leça de Palmeira, obra que jaz agora enferrujada frente ao oceano para gaudio dos carapaus da costa.
Também em Alijó, uma pequena
terra no Douro, não podia faltar uma exposição com 15 mamarrachos de pessoa com
grande peso artístico: Joana Vasconcelos. Por uns módicos 100.000
euros, organizou-se uma mostra que durou três meses e terminou Domingo
passado. Não sei quantas pessoas terão visitado a exposição, mas se tivesse
sido feita uma vaquinha entre toda a população do município para pagar a conta,
dava só 10€ a cada. O curador desta mostra justificou o
evento como uma insurgência contra uma “realidade comezinha e o fado
predestinado de um país remediado, condicionado do ponto de vista económico.”
O Presidente da República,
sempre atento aquilo que é importante, assinalou ontem o que ele próprio
considerou uma “efeméride”:
o dia internacional do Ioga. Marcelo escreveu um comunicado a propósito da data
“saudando o crescente número de portugueses que aderem a esta prática ancestral
originária da Índia”.
Portugal é um circo e os
palhaços somos nós que assistimos ao espetáculo.
A minha crónica, em
vídeo, aqui:
Título, Texto e Vídeo: Telmo
Azevedo Fernandes, Blasfémias,
22-6-2022
O custo de vida é o custo dos confinamentos (lockdowns)
O que é um festival de música LGBT?
O beijo
Morra Marta, que estamos fartos
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