Argentino disse que não atendeu a pedido do brasileiro para ajudar em exílio de ex-presidente da Bolívia presa em seu país
O presidente Alberto Fernández concedeu
entrevista a uma emissora da Argentina na noite de quarta-feira 29, em que
comentou o momento das relações com o Brasil. O argentino revelou a recusa de
um pedido feito por Jair Bolsonaro (PL) e ainda reforçou a torcida por Lula
(PT) nas eleições de outubro.
Segundo Fernández, Bolsonaro o
procurou em março, na época da prisão de Jeanine Áñez, ex-presidente da
Bolívia, acusada de golpe em seu país depois da renúncia de Evo Morales. O
argentino disse que o colega brasileiro solicitou ajuda para viabilizar um exílio
da política, condenada neste mês a dez anos de prisão.
“Eu posso contar, porque ele (Bolsonaro)
tornou público. Ele me pediu para interceder junto à Bolívia para que Áñez
fosse exilada para o Brasil”, afirmou Fernández, na entrevista à C5N.
“Eu disse que não poderia
fazer nada disso, lamentavelmente e graças a Deus. Eu não queria fazer nada
disso, acredito que a Bolívia deu um exemplo a todo o mundo, que foi julgar um
golpe com tribunal ordinário, com juízes naturais.”
Com Lula, por América do
Sul à esquerda
Em outro momento da entrevista, Alberto Fernández reiterou o apoio a Lula nas eleições presidenciais brasileiras. Para o argentino, um eventual retorno do petista ao poder ofereceria a chance de unidade ideológica para a América do Sul, em razão de recentes vitórias de partidos de esquerda.
“Pouco a pouco, as coisas vão
se arrumando; Gabriel Boric no Chile, que está fazendo um esforço; o Luis Arce,
na Bolívia; Pedro Castillo, no Peru; Gustavo Petro, na Colômbia; e Lula,
finalmente, que eu pessoalmente desejo que ganhe no Brasil”, disse o presidente
argentino.
“Assim poderemos ter uma
lógica de unidade conceitual na América do Sul muito mais sólida do que a que
tivemos até agora.”
Título e Texto: Redação, Revista Oeste, 30-6-2022, 10h42
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